Helena chegou em casa com o rosto iluminado, quase correndo escada acima.
Edward estava na sala, lendo jornal, xícara de chá na mão. Quando a viu daquele jeito, largou tudo no sofá.
— Pai! — ela praticamente gritou, abraçando-o forte. — Me convidaram para um concerto solo! Um concerto inteiro, só meu!
Edward abriu um sorriso enorme, aqueles que só pais sabem dar.
— Parabéns, minha filha! — abraçou-a de volta, beijando o topo da cabeça. — Você merece tudo isso que está acontecendo. Saiba que sua mãe ficaria orgulhosa… não, ela está orgulhosa de você.
Helena se afastou um pouco, olhos brilhando.
— Eu hesitei no começo, sabe? Pensei na empresa, na fisioterapia, no cansaço… mas aí me lembrei do que falei pra ela hoje no cemitério. Era o sonho dela pra mim. E é o meu também. Então aceitei. Dois meses. Dá tempo.
Edward segurou o rosto dela com as duas mãos.
— Dois meses é mais do que suficiente para quem tem seu talento. E a empresa? Vai dar conta?
— Vou — respondeu, firme. — Vou organizar