Helena continuou olhando para Alexander, sua paciência se esgotando.
— E então, Alexander, onde está minha pulseira?
— Antes, me prometa que vai me ouvir — ele pediu, sua voz quase suplicante.
— Ainda acha que tem direito de querer barganhar comigo?
— Não é barganha, Helena, mas um pedido. Pelos três anos que passamos juntos.
Ela sorriu incrédula. Não sabia como ainda ficava surpresa.
— Mesmo achando que vai gastar saliva à toa, eu escuto o que tem a dizer. Agora, onde ela está?
Alexander engoliu em seco e apontou com a mão trêmula para a cômoda ao lado.
— Está ali… nos meus pertences. Pode pegar.
Ela foi até a cômoda e abriu a gaveta devagar, encontrou a pequena caixa de veludo azul, abriu e lá estava a pulseira com o pingente de nota musical que sua mãe usou, antes de dar a ela como presente. Helena pegou e a segurou entre os dedos, sentiu o peso leve, o metal encontrando sua pele e por um segundo os olhos marejaram. Não de tristeza, mas de alívio. Era como se a mãe estivesse a