Louise Brown sempre acreditou que manter-se invisível era sua melhor armadura. Discreta, profissional e dedicada, ela aceitou o cargo de secretária na poderosa Bellerose Corporation como uma chance de recomeçar mesmo que estivesse muito abaixo de sua área de quase formação. Mas tudo muda quando um problema pessoal a força a considerar um caminho desesperado: vender sua virgindade em um site clandestino. O que ela não imaginava era que esse site pertencia a ninguém menos que James Bellerose, seu chefe um bilionário enigmático, controlador e dono de um desejo sombrio por tudo o que não pode ter. Especialmente... ela. James sempre teve o mundo aos seus pés, mas nenhuma mulher mexeu com ele como Louise. Recatada, inacessível, virgem... e agora vulnerável. Quando descobre que ela está prestes a se vender para qualquer desconhecido, ele decide que isso jamais vai acontecer. Porque ela já tem um dono. E ele vai fazer qualquer coisa para tê-la. Inclusive... oferecer um acordo irrecusável. Ser sua namorada de mentira diante da família. E sua obsessão em segredo. Mas quanto tempo um acordo pode se manter só profissional... quando o desejo explode a cada olhar?
Leer másCapítulo 1
Louise Brown Desde que entrei na Bellerose, realizei um sonho, sou extremamente grata pela oportunidade. Mesmo estando em um cargo abaixo da minha área de quase formação, sei que é um grande passo ser secretária aqui, me formo em poucos meses em alta moda. Mas, desde que saí da consulta com minha tia Valéria, há três dias, minha cabeça está a ponto de explodir. Preciso de um valor alto e rápido. A visão da minha tia depende disso. E o plano de saúde da empresa simplesmente não cobre… Apagando alguns e-mails, um me chamou atenção de imediato. Entrei no site, mesmo sem acreditar no que estava lendo. Olhei para um lado, depois para o outro. Estava tudo silencioso. Sexta-feira, quase fim de expediente. A maioria já tinha ido embora. Estávamos apenas eu e o senhor Bellerose, mas ele estava na sua sala no fim do corredor. Meu coração batia acelerado enquanto meus olhos corriam pelas palavras na tela. “Pagamos por sua virgindade” A princípio, achei que era mentira, mais um site se span. Uma fraude qualquer. Mas ao navegar pelo site, vi que era real. Era mais comum do que eu imaginava pelo menos no mundo de quem tem muito dinheiro. Meu Deus… isso não pode ser real. Tem gente que realmente faz isso? Aquilo parecia repugnante, eu sei vai contra todos os meus princípios… e, ainda assim, talvez fosse minha única chance... Eu não tenho nada. Só consegui fazer minha faculdade de moda graças ao seguro que recebi com a morte dos meus pais, um valor que minha tia guardou até minha maioridade. Ela lutou para me criar, trabalhando sempre, de sol a sol, limpando as casas, mesmo sendo formada como cheff em uma universidade importante da França. Renunciou à própria vida para que nada me faltasse. Eu não posso deixar ela sem uma chance agora. Não é certo. É humilhante... Mas é a única forma. Talvez, pelo menos, todo esse tempo que me guardei sirva para alguma coisa… Com os dedos trêmulos, preenchi o formulário cadastral. Enviei. Minhas mãos suavam. Meu coração parecia querer escapar do peito. Foi então que o meu celular vibrou com uma mensagem que me gelou por completo: "Parece extremamente concentrada, senhorita Brown. Venha à minha sala agora mesmo." Era ele,Sr. Bellerose, meu estômago revirou. Senti minhas pernas fraquejarem. Ajeitei a saia com pressa, peguei o tablet e caminhei em passos apressados pelo corredor até a porta dele. Bati levemente. — Entre, senhorita Brown — ouvi sua voz grave preencher o ambiente. Assim que cruzei a porta, meu corpo congelou. Ele estava de pé, à frente da sua mesa, com um sorriso quase diabólico nos lábios. Sua beleza era impactante, o olhar impenetrável, e aquele ar de superioridade me deixava fora de mim. Mas era o sorriso que me assustava… não combinava com sua formalidade habitual. Será que… meu Deus… será que ele viu? Será que ele tem acesso ao que é visto nos computadores da empresa? É claro que tem. Burra! Como fui tão estúpida?! Ele se aproximou lentamente, me examinando com os olhos. Senti meu corpo pegar fogo sob aquele olhar. Meu rosto ardia, meu coração batia na garganta, estava quase sufocada pela presença tão próxima dele. Ajustei os óculos, algo que sempre faço quando estou nervosa. — O senhor precisa de algo? — perguntei em um quase sussurro. — Bom… — ele disse, se aproximando ainda mais, devagar, com uma calma quase dolorosa — acho que você precisa de algo senhorita Brown. Conte-me mais… para que precisa de dinheiro? — O quê? Eu… meu Deus… As palavras travaram na garganta. — Tudo que é acessado na empresa, eu tenho acesso, senhorita Brown — disse ele com um meio sorriso. — Mas, nesse caso, é ainda mais fácil… porque sou eu quem comanda o site. Senti as pernas amolecerem. A ficha caiu com o peso de um caminhão. O cadastro… todos os meus dados… eu enviei para ele. Não… não pode ser… Ele… ele é o dono daquilo?! Eu queria sumir. Evaporar. Me dissolver no ar. — Virgindade é algo que muitos estão dispostos a pagar caro para ter. E é extremamente valorizada. Ainda mais a de mulheres assim… jovens… e lindas como você senhorita Brown... Sua voz era baixa, firme, cortante. Eu tremia. Queria responder, mas nada saía. — Senhorita Brown, eu quero respostas. Me conte, estou aguardando. Ele sussurrou perto do meu ouvido, fazendo um arrepio correr pela minha espinha. — Minha tia… ela precisa de uma cirurgia — murmurei, tentando controlar a respiração. — E o plano da empresa… é muito bom, eu sou grata, mas não cobre. É muito recente. Ele me olhou por alguns segundos. Longos. Intimidadores. — Humm… e você está disposta a vender sua virgindade… por ela? — Eu morreria por ela! — respondi com firmeza, sem hesitar. Ele se sentou em sua cadeira, cruzou os dedos sobre a mesa e me observou em silêncio por mais alguns instantes. Eu estava prestes a desabar. — Sente-se — disse ele, finalmente. — Creio que posso te ajudar. E você também poderá me ajudar. Meu peito acelerou ainda mais, com dificuldade como se minhas pernas não respondessem aos meus comandos segui ate a cadeira me sentando com dificuldade, mais uma coisa era certa, estava cruzando uma linha invisível, mas sem volta... — O que o senhor precisa, senhor Bellerose? — Me chame de James. Afinal, isso não tem mais a ver com a empresa. Podemos ser um pouco menos formais. Embora... ainda seja um negócio. — O senhor pode ir direto ao ponto, por favor? Falei quase em meio ao um sussurro. — Eu quero te ajudar. Quanto você precisa? O observei desconfiada, tentando entender aonde ele quer chegar com isso... — Deixa eu explicar — ele continuou. — Notei que está ansiosa. E se chegou ao ponto de entrar nesse site, é porque precisa de dinheiro de verdade. Mas o seu estilo... não é o tipo que chama atenção ali, não de imediato... Respirei fundo esperando ele continuar, tentando manter minha respiração, e minhas lágrimas no lugar. — Então, eu te dou o valor que precisa. E em troca, você me faz um favor. — E... que tipo de favor? Falei segurando a respiração. — Quero que finja ser minha namorada!Capítulo 20James BelleroseQuando me virei e vi Louise, percebi que ela tinha entendido errado o que eu falava com Elijah. Desliguei o telefone sem sequer ouvir sua resposta sobre como Yohana o enganou. Não importava. O que importava agora era fazer Louise me ouvir.— Não fuja. Vamos ao café do hospital e eu vou te explicar tudo.Ela ficou paralisada, os olhos bem abertos, fixos em mim, mas acabou seguindo em direção ao café. Caminhei logo atrás. Ela escolheu uma mesa afastada, isolada, e se sentou. O silêncio dela era cortante, e seus olhos, duros, chegavam a me intimidar. Estendi a mão para a dela, mas ela a puxou de volta rapidamente.— Bom, vou direto ao ponto — comecei, respirando fundo. — Achei que você me conhecia o suficiente para não acreditar em algo assim... mas pelo jeito estava enganado.Ela abriu a boca como se fosse dizer algo, mas desistiu.— Além do site de vendas de virgindade, tenho mais alguns negócios paralelos. Um deles é um bar, com dançarinas eróticas e acompa
Capítulo 19Louise BrownEu não sabia até que ponto podia acreditar na imprensa. Sei o quão sujos eles são, sei bem até demais. Aquilo parecia horrível. Mesmo sabendo o quão misterioso e cruel em alguns aspectos o James pode ser, eu não conseguiria imaginar ele fazendo alguma ex-namorada abortar um filho. E se isso for verdade... estou ao lado de um verdadeiro monstro.— Louise, me deixe explicar, isso não é verdade, por favor, me ouça.— James, como você pode?— Não é assim, é quase tudo mentira.— Quase tudo, James?Não conseguia assimilar mais nada.JamesNesse instante meu celular começou a tocar, o telefone fixo também, além do interfone. O caos ao meu redor só não era maior que o caos da minha mente tentando encontrar as palavras certas para falar para Louise.Ela saiu em um rompante sem me deixar falar.Subiu, se fechou no quarto. Eu bati na porta várias e várias vezes, até que ela saiu com a roupa que chegou ontem e os olhos cheios de lágrimas.— Eu preciso ir, minha tia deve
Capítulo 18James BelleroseAo mesmo tempo que me odeio por estar me humilhando assim, eu sei que ela é a única mulher do mundo que merece isso de mim.Minha mente me tortura. Eu sei que é apenas a porra de um contrato, e também sei que meu inconsciente usou isso como desculpa para que ela ficasse perto de mim. Não posso mais negar…E agora meu peito queima em saber que Yohana e esse bebê podem colocar tudo a perder. Ou talvez eu mesmo, com minhas paranóias.Observo Louise juntando as coisas da mesa para levar lá pra baixo, e imagino milhares de maneiras de como começar a conversa sobre um possível filho, o pior com uma acompanhante. O que ela vai pensar de mim?Mas se for meu filho, eu não tenho pra onde correr. Jamais abandonaria uma criança, jamais.— Vou levar as coisas na cozinha e já volto então.— Não fuja, ok?Ela sorriu, e saiu. E cada vez que ela ficava longe parecia que algo em mim faltava. Seu sorriso tem sido a luz que faltou na minha vida por tanto tempo, e eu nem consig
Capítulo 17Louise BrownPedi um Uber e segui para a cobertura de James, que não era muito longe do hospital. Minha entrada já era liberada, e subi pelo elevador privativo direto até o andar dele. O coração batia acelerado, como se previsse que algo ruim estivesse me esperando.Assim que as portas se abriram, fui recebida por um barulho alto de coisas se quebrando, garrafas caindo, vidro estilhaçando. O eco vinha da sala principal. Meu peito se apertou. O que poderia ter acontecido de tão grave para deixá-lo assim? Antes de entrar, peguei o celular e enviei uma mensagem rápida para dona Anne, avisando que já estava com ele.— James? — chamei com cautela. — O que houve?Ele se virou devagar. Seus olhos, normalmente firmes e cheios de arrogância, estavam escuros, quase sombrios, como se escondessem um abismo dentro deles. Por um instante, tive a impressão de que ele estava prestes a perder o controle, a cometer uma loucura.— O que faz aqui? — perguntou com a voz rouca, como se cada pal
Capítulo 16Anne BelleroseEm meio a grande turbulência que estão meus pensamentos e do medo enorme de que tudo venha à tona, vejo meu James feliz. Há tanto tempo eu não via aquele brilho em seus olhos… E mesmo temendo que ele descubra da pior maneira o que aconteceu há vinte anos, me silenciei.Estava tomando um chá e lendo na biblioteca quando uma das empregadas entrou, avisando que alguém me aguardava na sala. Olhei para o relógio: passava das dez da noite. Quem poderia ser a essa hora?Caminhei até a sala com curiosidade.— Boa noite. Quem é você garota?— Madame, eu sou a ex-namorada do seu filho… e preciso muito que me escute por favor.Ex-namorada? Nunca ouvi falar de nenhuma ex dele.Assim que bati os olhos, compreendi por que James nunca a apresentou: roupas vulgares, mostrando mais do que deveria; postura desleixada, sem a mínima classe. Não me importo com dinheiro, posses ou poder, mas com postura e integridade, e essas qualidades passavam longe daquela garota parada no mei
Capítulo 15James BelleroseO gosto dela… doce, viciante, como o mel mais raro das abelhas da Ilha de Páscoa.Era puro néctar dos deuses. Eu poderia passar toda a eternidade perdido no sabor da sua intimidade.Meu corpo queimava, o membro latejava, exigindo o que eu não podia ter, ela, pelo menos não agora. Dei uma última olhada, seu rosto estava corado, a respiração ofegante, sorri com malícia e recuei. Fui ao banheiro, me aliviar antes que perdesse o controle e a tomasse inteira, correndo o risco de arruinar tudo.Não consegui conter os gemidos enquanto minha mão deslizava em mim, pensando nela, e sabia que ela estava ouvindo.Um banho gelado não bastou para apagar o fogo que me consumia. Ao voltar para o quarto, a encontrei com os olhos assustados, como uma presa frágil diante de um predador faminto.Eu estava apenas com uma toalha na cintura, outra secando meus cabelos. Ela me observava como se esperasse que eu a devorasse a qualquer instante.— Eu não vou te devorar pequena, só q
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