Mundo ficciónIniciar sesiónEm "O CEO que Me Salvou", acompanhamos a trajetória de Sophia Foster, uma jovem brilhante e dedicada, herdeira de uma empresa de tecnologia, que vê sua vida perfeita desmoronar às vésperas do casamento. Traições inesperadas, segredos familiares e alianças quebradas colocam à prova sua força e capacidade de superação. Ao mesmo tempo, Gabriel Smith, um CEO marcado por perdas e conflitos familiares, retorna aos Estados Unidos para enfrentar fantasmas do passado e desafios no presente. A narrativa é marcada por muito drama, emoções intensas e reviravoltas surpreendentes: amizades traídas, interesses ocultos, disputas por poder e herança, além de decisões que podem mudar para sempre o destino dos personagens. Cada capítulo revela novas camadas de segredos e sentimentos, mantendo o leitor envolvido e ansioso para descobrir como Sophia e Gabriel vão transformar dor em força e encontrar um novo caminho para suas vidas. Prepare-se para uma história cheia de suspense, superação e recomeços, onde cada escolha pode mudar tudo.
Leer másLondres, dezembro de 2015
— Vem, Gabriel, o pessoal já está nos aguardando, cara! Agiliza aí, irmão — meu amigo Mike me apressa para nos encontrarmos com nossos amigos em um bar na Covent Garden, em Londres. Resolvi sair de férias com alguns amigos durante o recesso de fim de ano.
— Não enche, Mike, temos a noite toda. Me deixa só retornar à ligação para o meu velho, senão vou ter que ouvir um sermão dele por não dar notícias.
— Falou o filhinho do papai — ele j**a um travesseiro em mim ao dizer isso e se j**a em uma das camas disponíveis em nosso quarto de hotel. — Quando é que você vai parar de dar satisfação ao seu pai por tudo o que faz, Gabriel? Você já tem 22 anos, cara! — pergunta ele, debochando da minha cara.
— Dá um desconto pro meu pai, Mike. Depois do acidente da mamãe, ele se tornou muito protetor. Todo aquele processo de tratamento, internado em hospitais, não foi fácil para nenhum de nós — tento justificar as ações do meu pai.
— Claro, irmão, não tinha pensado por esse lado.
— Avisa ao Alex que já estamos a caminho, pra ele não pegar todas as garotas — peço, rindo, enquanto faço a ligação para o meu velho. — Oi, pai...
— Nossa, Gabriel, não faz isso comigo, meu filho — diz meu pai assim que atende.
— Desculpa, pai. Ficamos passeando quase o dia todo e, quando chegamos, fui descansar um pouco. Acabei esquecendo de te ligar pra dizer que está tudo bem — tento tranquilizá-lo.
— Que bom que estão se divertindo. Só toma cuidado e evita bebidas em excesso. Pega leve, está bem? — aconselha ele com o cuidado de sempre.
— Não se preocupe, pai. Sabe que não costumo beber muito, e quando faço isso é só pra fazer média com os caras — sorrio enquanto falo, olhando para o Mike, que me j**a o travesseiro novamente, e eu desvio dele.
— Tudo bem, filho. Só mais uma coisa — ele faz uma pausa, e já imagino do que se trata. — É sobre a nossa ceia de Natal, Gabriel. Você precisa estar presente dessa vez, por favor, filho.
— Pai, você sabe que isso não vai funcionar — digo, sentindo o mesmo pesar de sempre. — O senhor sabe como fica o clima quando me reúno com vocês. Não quero contrariá-lo, mas é difícil lidar com o Logan e a Abigail.
— Sim, eu sei. Mas pensa com carinho, está bem? — percebo a tristeza em sua voz.
— Não quero que gere expectativas, pai, mas vou pensar sobre isso. Agora vou sair um pouco com meu amigo. Te ligo amanhã ou mando mensagem. Te amo, pai. Fica bem.
— Você também, filho. Eu também te amo. Seja prudente e não beba muito — e encerra a ligação.
Saio do hotel com o Mike e encontramos nossos amigos, muito animados nos bares mais badalados de Londres. Todos éramos universitários em férias, em busca de momentos de distração e descontração. Em certo momento, resolvo ir ao banheiro. No caminho, observo uma garota próxima ao balcão do bar. Ela é linda, parece meio deslocada. Será que está sozinha aqui? Não consigo deixar de olhar para ela. Seus cabelos longos e ruivos, sua pele clara... ela parece um anjo. Me aproximo mais um pouco e fico ainda mais encantado com o que vejo. Ela tem lindos olhos verdes, parecem grandes esmeraldas. Estatura pequena e delicada.
Passo por ela e sigo em direção ao banheiro. Nossos olhos se encontram, e tive a sensação de que tudo ao nosso redor parou. Eu parecia andar em câmera lenta. Consegui chegar até o meu destino e, ao abrir a porta, me deparei com um casal transando ali.
— Sai daqui imbecil! — gritou o homem para mim. — O banheiro está ocupado, não está vendo, idiota?
— Calma aí, cara! Só acho que deveria aproveitar sua namorada em outro lugar. Vê se tranca a porta pra não expô-la tanto assim — digo, enquanto saio e os deixo lá.
Sigo em direção ao bar para ver se meu anjo ainda está lá, e logo vejo um homem importunando-a. Ela parece não gostar da insistência dele, mas o imbecil não se toca. Resolvo me aproximar.
— Que bom que te encontrei, querida! — digo e dou um beijo rápido em sua bochecha.
Ela fica surpresa com minha atitude e me olha assustada. Dou um olhar rápido para o homem que a incomodava e olho para ela novamente, tentando convencê-la de que estou ali para ajudá-la. Ela compreende e dá um sorriso tímido. E que sorriso!
— Ah, pensei que não viria mais. Já estava até querendo ir embora — ela entra na encenação.
— Desculpe, amigo, mas acho que esse lugar está ocupado — me dirijo ao homem, que fica contrariado com minha interferência e sai resmungando.
— Me desculpa por ter chegado assim, tão invasivo, mas percebi que ele estava sendo muito inconveniente e resolvi tentar ajudar — falo, enquanto olho para aqueles olhos que me enfeitiçam.
— Não precisa se desculpar. Eu que tenho que agradecê-lo por me ajudar com aquele homem tão inconveniente — ela fala, também me olhando nos olhos, parecendo hipnotizada.
— Aí, idiota, o que faz aqui com minha namorada? — ouço alguém falando atrás de mim e me viro, dando de cara com o mesmo homem que encontrei no banheiro, agora acompanhado da moça com quem estava.
Olho para os dois e depois para a garota que me arrebatou por alguns instantes. Ela me olha constrangida; a outra garota está com um riso debochado, enquanto ele vai para o lado do meu anjo, me encarando, aguardando minha resposta por estar ali.
— Me desculpa, eu...
— Dá o fora, imbecil — o playboy me corta. — Vai procurar outra, que essa já tem dono. — Ele abraça a ruiva, enquanto ela abaixa a cabeça com aparente constrangimento.
Saio dali com a certeza de que nunca mais vou esquecer aqueles olhos esmeraldas e o rosto daquela garota. Saber que ela namora um babaca que estava traindo-a no banheiro com a outra garota — que possivelmente é amiga dela — me revolta e me deixa ainda mais convencido de que algumas mulheres gostam mesmo é dos mal caráteres.
Sophia Acordei com o som estridente do interfone tocando. Meu celular estava desligado. Não o liguei após chegar em casa. Queria me manter isolada de todos os traidores e me preparar para o confronto iminente. O som insistente me obrigou a levantar. Ainda sonolenta, segui até a cozinha, onde fica o aparelho, e atendi. — Alô... — Bom dia, Srta. Foster! — Gerald, o porteiro, me cumprimentou. — Sua irmã está aqui na portaria. Ela tem vindo nos últimos dois dias à sua procura. Chegou o momento do primeiro encontro com um dos possíveis traidores. Se Maya estivesse envolvida nisso, viria com desculpas idiotas que não me convenceriam. — Bom dia, Gerry — respondi com a voz rouca. — Deixe-a entrar. — Sim, senhorita. Vou avisá-la. Desliguei o interfone e fui ao banheiro. Maya tinha uma chave do meu apartamento. Como minha assistente pessoal, cuidava de diversas coisas, inclusive da manutenção do lar. Após minha higiene matinal, encontrei-a na cozinha, usando minha cafeteira e preparand
Gabriel Acordei antes do sol nascer. O calor suave da lareira ainda impregnava o ambiente, e o peso de Sophia ao meu lado era a única coisa que me mantinha imóvel. O silêncio da cabana era absoluto, quase estratégico. O mundo lá fora não existia. O cheiro de madeira, o som da chuva, o corpo dela junto ao meu — tudo estava sob controle. Pela primeira vez em muito tempo, não senti necessidade de fugir. Ali, com Sophia, havia algo que eu não pretendia perder. Observei-a dormir. O rosto sereno, os traços delicados, a respiração calma. Vulnerável, mas resistente. Eu sabia que aquela mulher havia sido destruída por quem mais confiava, assim como eu. E, naquela noite, nossos abismos se encontraram. Não era apenas desejo. Era uma conexão que eu não permitiria que fosse descartada. Meu celular vibrou. Débora. O passado que insistia em voltar. Saí do quarto em silêncio, não por medo de acordar Sophia, mas porque não queria misturar fantasmas com o que eu estava construindo. Atendi. A voz de
Sophia Acordei envolta em lençóis brancos, sentindo o calor suave da lareira ainda presente no ambiente. Por alguns segundos, não reconheci o lugar. O cheiro de madeira, o silêncio acolhedor, o som distante da chuva batendo no telhado — tudo parecia tão diferente do caos que havia tomado conta da minha vida nos últimos dias. Logo lembrei: estava na cabana de Gabriel, um homem que até pouco tempo atrás era apenas um estranho, mas que se tornou meu porto seguro quando tudo desmoronou. Aquele espaço, isolado do mundo, parecia suspenso no tempo. As paredes guardavam nossos segredos, e o fogo ainda aceso era testemunha da intensidade da noite anterior. Cada chama refletia um pedaço do que eu não sabia que ainda existia em mim: desejo, coragem, vontade de viver. Meu corpo carregava marcas daquela noite. Não apenas as físicas, mas aquelas que se imprimem na alma e mudam a forma como enxergo a mim mesma e o mundo. Ao passar a mão pela pele, senti o toque dele ainda presente. O cuidado com
Sophia O chalé parecia respirar comigo. O estalo da lareira não era apenas som: era como um coração pulsando dentro da casa, acompanhando o ritmo acelerado do meu peito. A chuva batia nas janelas com insistência, e eu sentia que cada gota que escorria pelo vidro carregava um pedaço da minha dor. O cheiro de madeira queimada misturava-se ao perfume de Gabriel, criando uma atmosfera íntima, quase mágica. Era como se o mundo lá fora tivesse desaparecido, restando apenas nós dois e aquele refúgio escondido no meio da tempestade. Quando ele me segurou, percebi que o calor não vinha só das chamas. O sofá de couro, gasto pelo tempo, parecia nos acolher, como se tivesse sido feito para testemunhar encontros como o nosso. O toque dele contra minha pele me lembrava que eu ainda estava viva, mesmo depois de tantas noites em que me senti morta por dentro. Nossos olhares se encontraram, e eu quis falar, hesitar, talvez me proteger. Mas o beijo dele me calou. Quente, profundo, roubando qualquer
Gabriel O silêncio depois daquela promessa parecia pulsar no ar, mais forte que o estalo da lareira ou o som da chuva lá fora. Eu ainda a segurava nos meus braços, sentindo o calor do corpo dela contra o meu, e pela primeira vez em muito tempo não me senti apenas protetor, mas desejado. Nossos olhares se encontraram, e não havia mais espaço para palavras —só para a necessidade urgente de aliviar a dor com prazer. A proximidade se transformou em tensão, e a tensão em desejo. Quando meus dedos deslizaram pela nuca dela e meus lábios tocaram os seus, entendi que aquilo não era só consolo: era fogo, era redenção, era a chance de esquecer, nem que fosse por algumas horas, tudo o que nos machucava. Era como se, naquele instante, todo o peso do passado tivesse se dissipado, dando lugar a uma urgência nova, quase selvagem, de viver o presente. Nossos olhares se encontraram, e não havia mais espaço para palavras Ela ia dizer algo, talvez hesitar, mas interrompi com um beijo quente, profund
Sophia Eu não acreditava que estava ali sozinha numa cabana com um estranho absurdamente lindo e estranhamente familiar. Gabriel! Não me lembro de conhecê-lo, mas ele me parece muito familiar. Estou vivendo o pior momento de minha vida e, do nada, me deparo com esse homem imponente, olhar penetrante, frio e misterioso. Me vi tão vulnerável e segura nos braços dele que não resisti em permiti-lo me pegar nos braços e conduzir até seu carro e, consequentemente, até esse lugar lindo, aconchegante e calmo. E calmaria é tudo o que eu precisava para colocar minha mente no lugar, administrar meus sentimentos e pensar nos próximos passos. Fui traída por meu noivo, mas pior que isso, fui traída por minha família. E isso tornava tudo mais doloroso. Eu estava envolvida nos principais projetos da Foster e preciso pensar em como vou seguir de agora em diante. Mas, por ora, só consigo sentir o peso do cansaço, da humilhação e da solidão. O silêncio da cabana é quase reconfortante. O cheiro de ma





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