Sarah Miller sempre foi uma mulher forte, mesmo que a vida tenha lhe dado poucos motivos para isso. Com cabelos castanhos claros e olhos esverdeados, perdeu a mãe aos cinco anos e, desde então, foi criada pela avó ao lado do meio-irmão mais novo. Aos 19 anos, decidiu seguir sua própria jornada: concluiu os estudos e passou por diversos empregos em lanchonetes, mercados e o que mais aparecesse. Mas Sarah nunca deixou de sonhar alto. Seu maior desejo sempre foi trabalhar como arquiteta na renomada Fisher & Blanc Architecture, uma das maiores empresas de Nova York. E, após inúmeras tentativas, aos 22 anos, ela finalmente conseguiu uma entrevista. O curioso? Mesmo sem quase nenhuma experiência, acabou sendo contratada — como secretária do temido senhor Kevin Watson Fisher. Arrogante, frio e conhecido por tratar todos os funcionários com extrema rigidez, Fisher é tudo o que Sarah despreza em um chefe. E por dois anos, ela o aturou apenas por causa do emprego dos sonhos. Até que tudo muda… por causa de uma inesperada viagem de negócios.
Leer másSarahDesço do táxi e faço o pagamento ao motorista.- Obrigada - digo, e o taxista apenas acena, saindo logo em seguida.Olho para frente, vendo a simples casa da minha avó. Suas paredes em um tom claro já desbotado pelo tempo, uma varanda charmosa com duas cadeiras de madeira e um jardim modesto com algumas flores que ela mesma cultiva com carinho. Tudo tem um ar de paz, aconchego e saudade.- Bom, lá vamos nós - falo, suspirando e indo em direção à casa da minha avó, Miriam.Subo as pequenas escadas da varanda e bato na porta.- Saraaah! - ela aparece, abrindo os braços pra me abraçar.Minha avó mora sozinha, e não se engane, ela se vira muito bem. Meu avô morreu há dez anos, vítima de um ataque cardíaco. Ele era maravilhoso, igual a ela. Desde que saí de casa, minha avó ficou sozinha. Até pedi pra ela morar comigo ou se mudar para um lugar mais perto, mas ela negou. Diz que aqui se sente mais próxima do meu avô e que quer morrer aqui, igual a ele. Acho isso muito fofo e emocionant
Sarah Estava sentada na cama, pijama velho, coque bagunçado e um restinho de dignidade tentando sobreviver. Com o notebook apoiado entre as cobertas, os fones de ouvido enfiados até a alma e eu pronta para começar minha maratona: "Italiano básico em 7 dias". Sete dias. Sete. O homem me mandou para a forca com um leve movimento de sobrancelha e agora eu tô aqui, tentando aprender uma nova língua com uma professora digital que fala como se tivesse engolido um acordeão. - "Buongiorno!" - a mulher do vídeo disse com uma animação que me irritou instantaneamente. - Tá, tá. Buongiorno também, fia. Vai devagar - resmunguei, apertando o botão de voltar três vezes porque já tinha perdido metade da explicação. A lição dizia que era só repetir, imitar, praticar. Fácil. Como se meu cérebro fosse uma esponja e não uma massa gelatinosa em pânico. - Certo, vamos lá. É só repetir, imitar e praticar. Não deve é difícil - falei, me ajeitando na cama com as pernas entrelaçadas. - "Come stai?" - C
Sarah Olho para aquele homem arrogante que estava parado na porta do escritório dele, imponente, com os cabelos castanhos escuros perfeitamente penteados, e a barba muito bem aparada, como se cada fio estivesse no lugar certo. A expressão no rosto dele era impossível de decifrar, neutra, séria, como sempre mas os olhos escuros estavam fixos em mim, intensos, cortantes.Ele usava um terno azul-marinho de três peças que parecia recém-saído da passarela. O tecido era visivelmente caro, ajustado ao corpo com perfeição, como se tivesse sido feito sob medida e, provavelmente, tinha sido.Arrogante? Demais. Feio? Nunca. Nunca na galáxia esse homem é feio.A beleza dele era surreal. Coisa de outro mundo. Mas o que ele tem de lindo, tem de frio e arrogante. E isso é algo que eu não suporto nem um pouco.— Senhorita Miller? — Ele me tira dos meus pensamentos, com as sobrancelhas levemente erguidas e aquele olhar impassível.— sim, senhor. Já estou indo — respondo, com a voz um pouco trêmula.E
Sarah Tento ignorar, mas o barulho insuportável do meu celular continua tocando sem parar. Mexo o braço, tateando até encontrar o celular ao meu lado na cama. Dormi com ele ali mesmo, depois de passar boa parte da noite jogando e assistindo série. — Meu Deus, quem é que tá me ligando a essa hora? — resmungo, pegando o celular ainda sonolenta, os olhos quase sem abrir. — Chicletinha… — escuto a voz da minha amiga Mia do outro lado da linha. — Por que você tá me ligando agora? — resmungo, ainda com a voz arrastada de sono. — Liguei pra avisar que vou me atrasar um tiquinho pra gente se encontrar depois do trabalho… Minha tia me chamou e eu vou ter que dar uma passadinha lá rapidinho. Eu sei, eu sei que você odeia quando eu faço isso — mas juro que é coisa de 20 minutinhos! Não me mata, tá? Te compenso com fofoca, docinho ou um elogio bem exagerado, do jeitinho que você gosta. — Tudo bem… mas precisava me ligar agora? — resmungo, passando a mão no rosto. — Peraí… você ain