Sarah Miller
Tomamos nosso café em um silêncio um tanto desconfortável. Quando terminamos, Kevin pagou a conta com aquela naturalidade de quem faz isso todos os dias e seguimos direto para o carro que já estava nos esperando na entrada do hotel.
Chegamos até um carro preto que parecia extremamente luxuoso desses que eu não faço ideia do nome, mas sei que custam mais do que minha vida inteira. E, para minha surpresa, Kevin me pegou desprevenida: como um verdadeiro cavalheiro (mesmo que eu odeie esse termo antiquado), ele abriu a porta do carro para mim entrar primeiro.
Cristo. O que tá acontecendo com esse ser humano? Já estou ficando preocupada.
Hesitei, surpresa, mas entrei no carro, ajeitando o blazer enquanto me acomodava no banco de couro macio. Kevin deu a volta com calma e entrou em seguida, sentando ao meu lado. O silêncio voltou a reinar por um bom tempo, mas agora dentro de um ambiente ainda mais abafado quase solene.
Passaram-se alguns minutos até Kevin finalmente quebrar o