Mundo de ficçãoIniciar sessãoErro. Humilhação. Chantagem: essa é a nova realidade da Dra. Celine Richard. Após perder o noivo e a carreira em uma única noite de devastação, ela tenta afogar as mágoas, mas acaba tendo um caso de uma noite com um poderoso desconhecido cujo rosto ela não conseguiu decifrar. Mas a lembrança é desnecessária. Logo, ela é chantageada por Doris Ken, cuja saúde ela havia negligenciado, para aceitar um casamento arranjado. Doris a força a aceitar os termos: casar-se com o implacável CEO, Darius Ken, ou perder sua licença médica para sempre. A humilhação suprema? Darius é o mesmo homem frio e arrogante do caso de uma noite. Para garantir sua obediência, Darius não apenas faz de Celine sua esposa; ele a força a assumir o papel duplo de sua Assistente Pessoal e Médica da Firma. Agora, Celine precisa navegar entre a sala de reuniões e o quarto. Ela precisa escolher: lutar para sair dessa situação ou se render à perigosa obsessão do CEO que não a deixa em paz.
Ler maisPONTO DE VISTA DE CELINE:
Cinco minutos. Foi tudo o que levou. Cinco minutos numa tarde de terça-feira para Ethan destruir cinco anos de vida compartilhada, sonhos compartilhados, tudo compartilhado.
“Não é você, amor”, sua voz ecoou covardemente pelo interfone. “Sou eu. Preciso de… espaço. Para colocar as coisas em ordem.”
“Espaço?” Resmunguei, um som áspero e sem humor. Nosso apartamento era pouco maior que um closet. Onde exatamente ele planejava encontrar esse mítico “espaço”?
Então, o e-mail. Uma mensagem fria e impessoal do RH, com o assunto gritando “Reestruturação”. Meu nome, rabiscado entre outros, brilhava como uma tatuagem de incompetência na minha pele.
Depois de incontáveis noites em claro e pesquisas, depois de salvar vidas que outros já haviam desistido, fui reduzida a uma linha numa planilha.
A placa de neon do “The Tasty Mug” piscou como uma estrela moribunda. Era um lugar que eu geralmente evitava, um lugar com cheiro de cerveja velha e irresponsabilidade. Mas esta noite, parecia... certo para mim. Sentei-me num banco de bar bambo, com a cabeça enterrada nos braços apoiados no balcão.
"Tequila. Pura", pedi ao barman.
A dose queimou descendo pela minha garganta, uma distração fria da raiva que me consumia. Tomei outro gole, depois outro, as lembranças do dia inundando minha mente.
Eu havia sido chamada ao escritório, de repente. "Dra. Celine Richard, a senhora tem um minuto?" A voz da Dra. Anya Sharma era calma, mas o jeito como ela não me encarou enquanto apontava para a cadeira em frente à sua mesa me disse que algo estava errado.
Sentei-me, o couro da cadeira rangendo sob o meu peso. "Sim, claro, Dra. Sharma."
Ela cruzou as mãos sobre a mesa, o silêncio se estendendo entre elas por um instante. “Celine, não é fácil dizer isso. Estive revisando seus casos recentes, especificamente a craniotomia das últimas duas semanas.”
Senti um nó se apertar em seu estômago. “Eu entendo, tenho trabalhado na minha técnica. É experimental, eu sei, mas pensei nos benefícios potenciais...”
“Dois desses pacientes tiveram complicações pós-operatórias significativas. Você sabe tão bem quanto eu que nossa prioridade é a segurança do paciente acima de tudo. A margem de erro é zero.” Anya interrompeu, com um tom firme, mas não rude.
“Você foi uma ótima residente, Celine. Você tem uma mente brilhante e uma mão firme. Mas ser neurocirurgiã exige mais do que isso”, disse Anya, ajeitando os óculos.
“É preciso bom senso, uma compreensão profunda de quando avançar com o bisturi e quando recuar. E, nos últimos meses, seu discernimento foi comprometido. A diretoria do hospital expressou sérias preocupações.”
Inclinei-me para a frente, com um olhar desesperado. “Por favor, só mais uma chance. Posso me recuperar. Posso provar que ainda sou a cirurgiã que vocês contrataram.”
A Dra. Sharma balançou a cabeça lentamente, com um olhar de genuíno arrependimento. “A confiança foi quebrada, não só comigo, mas com o hospital e, mais importante, com nossos pacientes. Seu acesso ao centro cirúrgico será revogado no final do dia. O RH entrará em contato para acertar os detalhes.”
Senti as palavras como um golpe físico; só de pensar nisso, uma dor de cabeça invadiu meu cérebro e tomei outro gole de bebida.
Então, uma voz. Suave, reconfortante e profunda, como chocolate amargo e oud, interrompeu meus pensamentos. “Posso me juntar a você?”
Virei-me, com a visão um pouco embaçada. O homem ao meu lado emanava uma aura de confiança tranquila que não combinava com aquele lugar.
Ele era alto, seus cabelos escuros captando a luz tênue, seu maxilar tão anguloso que poderia cortar diamantes.
Seu paletó era impecavelmente ajustado, e o peso do relógio caro brilhando em seu pulso parecia um insulto ao banquinho bambo em que se sentou. Seus olhos, de um tom surpreendente de cinza, pareciam absorver o caos do bar, fixando-se apenas em mim.
"Tudo bem", murmurei.
Ele assentiu e pediu um uísque escocês single malt, o líquido âmbar parecendo ouro líquido ao lado do meu copo barato. Parecia custar mais do que meu aluguel.
Ele não me pressionou para falar, mas me surpreendi ao começar a contar todos os detalhes do meu dia.
Ele ofereceu sorrisos discretos e cúmplices quando fiz um comentário particularmente autopiedoso, seus olhos revelando um toque de... divertimento?
“Sabe”, eu disse, com a voz um pouco embargada, “acho que este é o pior dia da minha vida.”
“Eu diria que acordar em uma vala é pior”, disse ele, com a voz grave e rouca. “Mas imagino que você não tenha passado por isso.”
Dei uma risadinha, um som meio histérico. “Não recentemente, não.”
Um drinque se transformou em vários. A conversa, se é que se pode chamar aquilo de conversa. Tudo o que eu me lembrava era da sensação de ser vista, de não estar completamente sozinha na minha miséria.
“Você gostaria de sair daqui?”, perguntou ele. Hipnotizada pelo olhar penetrante de suas íris cinzentas que pareciam enfeitiçar meus sentidos, assenti.
Então, uma mão sob meu cotovelo, firme e gentil, me guiando. O ar fresco da noite contra minhas bochechas coradas. Uma porta de carro se abrindo. O couro macio dos bancos. E então… nada. A escuridão me engoliu por completo.
A manhã seguinte amanheceu com uma dor latejante na cabeça e uma sensação de cansaço.
A luz do sol penetrava pelas cortinas de seda desconhecidas, os lençóis de seda roçando minha pele enquanto eu me movia. Eu estava em uma cama que parecia uma nuvem, os lençóis incrivelmente macios.
Uma onda de náusea me atingiu, e então a lembrança me acertou como um soco. A voz suave e profunda. Os intensos olhos cinzentos. A sensação de uma mão forte em volta da minha cintura fina.
Os beijos intensos, o rangido da cama, o sufocamento… e os gemidos altos e sensuais. Eu conseguia me lembrar do seu hálito rouco e do aroma de especiarias e oud.
Meu olhar se desviou para minha figura nua sob os lençóis de seda. Uma onda de vergonha, pânico e arrependimento me invadiu.
Apertei os olhos com força, desejando que tudo fosse um sonho. Se ao menos fosse…
NO HOSPITAL DA CIDADE:PONTO DE VISTA DE CELINE"Fiz o que você me pediu e cuidei de você, mesmo tendo sido demitida. Meu trabalho aqui está feito." Respondi, pegando minha bolsa de couro marrom.Meu objetivo era sair discretamente; se fosse pega, poderia estar em grandes apuros."Por que você não fica? Assim posso te apresentar ao meu filho." Sugeriu Doris.O soro pingava ocasionalmente na cânula e estendi a mão para ajustá-lo."Tenho um compromisso importante." Respondi, com a voz suave e calma.Eu havia conseguido informações sobre o paradeiro de James.Precisava entender o que realmente se passava na cabeça dele para acordar, arrumar as malas e simplesmente desaparecer de um relacionamento de cinco anos.Provavelmente, depois disso, eu lhe daria um ou dois socos na cabeça."Você não vê como sua voz soa feminina quando está calma?" Disse Doris, interrompendo meus pensamentos."Isso é um elogio ou um insulto?", perguntei, com as sobrancelhas arqueadas em curiosidade.Doris apenas de
PONTO DE VISTA DE DARIUS:A lembrança daquela noite ainda está vívida em minha mente. Ainda consigo me lembrar de sua pele macia e do toque sedoso dela.Seus cabelos castanho-avermelhados, olhos cor de avelã e rosácea nas bochechas. Seus lábios rosados e carnudos, seus seios macios e..."Senhor, o senhor queria me ver?", disse Dan, interrompendo meus pensamentos.Desde aquela noite, tenho estado tão perdido e absorto em meus pensamentos sobre aquela noite com ela.Ela ocupava minha mente de uma forma extremamente perturbadora."Sim, eu queria. Pedi que você investigasse os antecedentes da mulher com quem saí naquela noite. Espero que tenha encontrado algo."Eu realmente esperava que Dan tivesse descoberto algo sobre ela. Eu estava realmente enlouquecendo por alguém que provavelmente nem se lembra de mim.Sim, é isso... Ela está fingindo que não se importa.É por isso que ela não se deu ao trabalho de me procurar. Bem, azar o dela. Ninguém rejeita DARIUS KEN."Sim, senhor", respondeu
PONTO DE VISTA DE CELINE"...então você pode cancelar este acordo!" Consegui deixá-la nervosa com minhas palavras."Não, querida, veja o lado bom. Você pode ter o que quiser, estará entre a elite e não precisa se preocupar com nada relacionado a finanças." Doris insistiu."E até onde esse tal prestígio e riqueza te levaram?" Colocando a xícara em uma mesa próxima, rebati firmemente suas palavras. "Você é basicamente uma paciente terminal e seus familiares ainda não apareceram. Não acho que dinheiro seja tudo.""Como você espera que eu faça as pazes com meu filho teimoso? Ele tecnicamente matou o tio dele, meu irmão, com as próprias mãos." Ela perguntou na defensiva.Seu rosto empalideceu como o de alguém que viu um fantasma e seus olhos quase saltaram das órbitas de horror, como se estivesse revivendo toda a cena.Com movimentos suaves, alisei os lençóis de algodão e ajeitei os travesseiros e o cobertor de Doris."Escute, criança...""Faça as pazes com seu filho ou nosso acordo está d
PONTO DE VISTA DE CELINE:De repente, me dei conta. Aquela mulher à minha frente era uma mente brilhante.Lembrei-me de um artigo que li sobre ela ter se tornado milionária aos 19 anos sem o apoio financeiro da família.Mesmo assim, eu não me deixaria intimidar nem recuaria sem dizer umas boas verdades."E por que você me processaria? Você não sabe nada sobre mim e eu nunca a desafiei antes. Meu histórico é imaculado", respondi, imperturbável diante de seu olhar frio."Confiante, é?", comentou Doris, caindo na gargalhada."Você é claramente mais burra do que eu pensava. Quase me matou ontem por causa da sua falta de concentração. E hoje? Acompanhou aqueles três médicos para me reanimar, mesmo tendo sido demitida. Como você chamaria isso?", disse ela em tom de deboche."Doutora Celine, você não conseguirá emprego em nenhum hospital se essa informação vazar. Xeque-mate."Fiquei atônita e sem palavras. Eu tinha perdido feio.****"Como posso me casar com alguém que mal conheço? Quer dize
PONTO DE VISTA DE CELINE:"Ahhhh," gritei, um som rouco carregado de vergonha e fúria."Que humilhação! Como pude ser tão barata... tão descuidada, com um homem que eu nem conhecia?" Não consegui conter o choro, batendo com a palma da mão na cômoda de mogno.Eu me entreguei a um completo desconhecido.Andando de um lado para o outro, assustada e furiosa, tentei pensar no que fazer. Por que ele foi embora sem se despedir? E se ele tivesse algum problema de saúde? Ou pior, fosse um playboy irresponsável."Que idiota! Depois de se aproveitar de mim? Por que eu fui tão burra?", me perguntei, desmoronando completamente, com lágrimas escorrendo pelo meu rosto.O toque do meu celular no criado-mudo interrompeu meu colapso mental. Corri até ele, mas franzi a testa ao ver o número no identificador de chamadas."O que houve, Christian?" Perguntei, tentando controlar minha voz para parecer o mais calma possível."A paciente rica que você operou já acordou e exige vê-la imediatamente!" disse Chri
PONTO DE VISTA DE CELINE:Cinco minutos. Foi tudo o que levou. Cinco minutos numa tarde de terça-feira para Ethan destruir cinco anos de vida compartilhada, sonhos compartilhados, tudo compartilhado.“Não é você, amor”, sua voz ecoou covardemente pelo interfone. “Sou eu. Preciso de… espaço. Para colocar as coisas em ordem.”“Espaço?” Resmunguei, um som áspero e sem humor. Nosso apartamento era pouco maior que um closet. Onde exatamente ele planejava encontrar esse mítico “espaço”?Então, o e-mail. Uma mensagem fria e impessoal do RH, com o assunto gritando “Reestruturação”. Meu nome, rabiscado entre outros, brilhava como uma tatuagem de incompetência na minha pele.Depois de incontáveis noites em claro e pesquisas, depois de salvar vidas que outros já haviam desistido, fui reduzida a uma linha numa planilha.A placa de neon do “The Tasty Mug” piscou como uma estrela moribunda. Era um lugar que eu geralmente evitava, um lugar com cheiro de cerveja velha e irresponsabilidade. Mas esta





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