Mundo ficciónIniciar sesiónSelene achava que tinha encontrado o amor, até ser vendida pelo próprio namorado em uma noite que jamais esqueceria. Drogada, deixada em um quarto escuro, ela acreditou que seria o fim. Mas o homem que entrou por aquela porta... não era quem ela esperava. Adon Felix, o futuro Don de uma das famílias mais temidas da cidade, entrou naquele quarto por acaso, e encontrou algo que nunca pensou que poderia querer como sua propriedade, dominante, perverso e sem meio termo, ele viu em Selene algo que o atraiu mesmo que ele traduza como atração que acabara pós cama. Ela foi vendida para um. Arrematada por outro. E agora, pertence a um homem que trata as mulheres apenas como um objeto de diversão..
Leer másComum manhã, comum vida, e comum Selena.
Assim como todos os dias, Selene, a moça de estatura media, se vestia de forma simples, era quase a mesma roupa todos os dias, uma bermuda, outras vezes, um macacão e uma camisa por cima. aquele era tipo de dia em que o mundo seguia seu curso como se nada jamais mudaria, ou pelo menos era o que ela acreditava.O despertador tocou às seis, o cheiro de café começou a preencher o pequeno apartamento e, como sempre, ela foi a primeira a acordar. As amigas ainda dormiam em seus quartos e quase nunca acordavam cedo, normalmente era só ela que trabalhava tão cedo, mesmo que fosse algo de sua escolha, enquanto Selene se movia silenciosa, com gestos medidos, como quem segue um ritual diário.
Preparou o café, separou os doces caseiros que passou a noite preparando que venderia na rua antes de seu principal trabalho e amarrou o cabelo em um coque apressado.
Antes de sair, como fazia todas as manhãs, ela abriu a gaveta da cômoda e fitou o anel que guardava ali.
Não era luxo nem apego, apenas um gesto automático, quase supersticioso de algo que te relembrava a um acontecimento do passado. O brilho metálico parecia desafiá-la a a questionando se ela tinha tomado a decisão certa naquele dia.. Suspirou. Fechou a gaveta.A vibração do celular quebrou o silêncio.
Uma mensagem curta piscava na tela.“Bom dia, meu amor! Sai aí fora. Preciso falar com você.” Era de Mathias seu namorado.Um sorriso distraído curvou os lábios dela. Selene pulou da cama, conferiu o reflexo no espelho e saiu apressada, acreditando que ele talvez tivesse uma surpresa ou, quem sabe, boas notícias sobre o assunto que ela já esperava a mais de um ano dele.
Do outro lado da rua, um carro preto a esperava, janelas fumês refletindo o sol fraco da manhã.
Ela franziu o cenho. Mathias não costumava dirigir aquele tipo de carro, então não pensou que fosse ele, só continuou olhando ao redor o procurando.De dentro, um homem a observava, olhar frio, avaliando cada movimento dela como quem analisa uma peça rara.
— É aquela — murmurou Mathias no banco do carona, sem hesitar.O homem no banco de trás arqueou uma sobrancelha.
— Tem certeza?Mathias assentiu, nervoso, mas decidido.
— Certeza. É exatamente o que o chefe quer, apesar de ter 22 anos, por ter sido criada no orfanato de freiras, Selene é casta, estava até pensando em se freira a um tempo atrás e eu fiz ela mudar de ideia quando eu a pedi em namoro, mas nunca consegui encostar nela.Do banco de trás, o homem sorriu de canto, um sorriso que nunca alcançou os olhos.
— O chefe vai gostar. Ela tem um corpo bonito, e sendo virgem ela sera seu novo brinquedinho por alguns dias.— Certeza que ele vai gostar dela.
— e você é mesmo um malandro, vendendo a própria namorada. — o homem riu com deboche.
— Não se preocupe com isso. Há muitas outras como ela, você sabe… — Mathias falou baixo. — O chefe já está de olho há anos naquele orfanato e, agora que está caindo aos pedaços, ele vai conseguir quantas virgens quiser dali, basta negociar com o desespero da madre, e ele terá um abastecimento vitalício. Mas, enquanto isso… Selene será o alvo perfeito para as depravações dele. Só que eu quero a outra parte do meu dinheiro antes, já que ele vai “brincar” com a minha namorada.
— Bom — disse o homem, passando uma caixa por cima do banco. — Com isso não precisa se preocupar; assim que ela estiver na boate, você pode receber o que quer. Vista-a com essas roupas, e com o salto também.
— Pode deixar. Hoje mesmo ela estará nas mãos do chefe.
— estou surpreso, com uma mulher dessa e você se segurou por quase dois anos?
— Bom... ela é um pouco difícil, mas eu não sou do tipo de força mulheres, e ela quer só depois do casamento, não dá para mim, não penso em me casar com ela, não com as amigas lindas que ela tem, quero me divertir muito, se é que entende.
Selene deu um passo à frente, tentando enxergar através do vidro escuro quando Mathias abaixou o vidro e saiu do carro enquanto o homem se mantinha escondido.
— Mathias? — chamou, confusa.Ele abriu a porta, disfarçando o nervosismo com um sorriso.
— Como você está?— Bem... mas o que você esta fazendo? De quem é esse carro?
— Eu comprei, fui promovido e achei que seria um bom presente, para nos dois, o que acha?
Ela hesitou. O coração apertou, mas não soube dizer por quê.
— Bem bonito e parece bem caro mesmo.
— Sim, sim, mas isso não será mais problema para mim e nem para você, porque eu vou cuidar de você, mas não vim aqui só te mostrar o carro, vim te fazer um pedido.
— Um pedido? Ela ficou ansiosa, mas, ao mesmo tempo, não acreditava que era o que ela queria.
Ela olhou o homem, tentar encontrar alguns confirmados. Porém, havia algo diferente no olhar dele, algo que não combinava com o homem que ela conhecia. Uma ideia surgiu na sua mante, será pedido de casamento?Cap. 23— Mas e aquele homem? Quem era?Selene fingiu não ouvir, mexendo no cabelo e forçando um sorriso.— Eu tô morta de cansada… acho que vou tomar um banho.— Nem vem — cortou Mima, a voz firme. — Eu tô vendo que tem coisa aí. Um cara daquele tamanho, com um carro que parece de filme, te deixa em casa, e você quer que eu acredite que é “ninguém”?Selene suspirou fundo. Queria escapar, mas sabia que Mima não ia deixar. Katleia permanecia quieta, observando tudo com o cenho franzido, enquanto Gildete apenas revirava os olhos, balançando o pé coberto por uma bota de couro.— Ele só me deu uma carona — respondeu Selene, por fim, tentando soar casual. — Foi só isso.— Uma carona? — Mima arqueou as sobrancelhas. — Tá bom, mas qual o nome dele?Selene hesitou. Ficou alguns segundos em silêncio, o suficiente para Katleia erguer o olhar em alerta.— Adon… — respondeu enfim, com um fio de voz. — O nome dele é Adon. Mas é só um conhecido. Eu… devo um favor pra ele, só isso.Mima franziu a te
Cap. 22— Talvez — respondeu Axel, o tom misto de preocupação e alívio. — Mas não mexe nele. Nem pensa em acordá-lo. É a primeira vez em muito tempo que ele dorme assim.O trajeto seguiu tranquilo. Axel reduziu a velocidade, tomando cuidado nas curvas. Quando chegaram à rua de Selene, ele estacionou devagar.— Vai pra casa — disse, abrindo a porta para ela.Selene hesitou, olhando Adon dormindo.— Ele… vai ficar bem?— Melhor do que nunca — respondeu Axel. — Apenas saia e vá, já está entregue em segurança.Ela assentiu, desceu e entrou em casa em silêncio.Assim que a porta se fechou, Axel olhou de novo para o irmão. Adon não se mexera um centímetro. Respirava pesado, profundo — o corpo, finalmente, em descanso.Selene mal teve tempo de respirar quando chegou em casa. Assim que abriu a porta, percebeu o silêncio incômodo que pairava na pequena sala. Três pares de olhos se voltaram para ela quase ao mesmo tempo.No sofá, Gildete — uma das meninas mais velhas que havia se mudado com ela
Cap. 21— Falando nisso… amanhã eu começaria a trabalhar na empresa dele — começou Rose, mas ele a interrompeu, puxando-a para longe de Selene.— O que está fazendo? — perguntou ela, confusa.— Apenas não fale quem eu sou perto de estranhos — respondeu ele, a voz firme, fria, sem espaço para discussão.Ela engoliu em seco, os olhos arregalados.— Eu disse que ia começar a trabalhar na sua empresa… — arriscou, ainda nervosa, encarando Selene, mas agora Selene não podia mais ouvir. — Ela não sabe que você é do grupo Félix? Não sabe que você é o presidente? Ou… que você também é da máfia?— Não é da sua conta — disse ele, seco. — Agora, vá para casa.Rose apenas assentiu, sem protestar, e se retirou.Sua atenção voltou inteiramente para Selene, que agora o encarava de canto de olho, curiosa e desconfiada.— Continue comendo — ordenou, com a mesma firmeza de sempre, deixando implícito que, por enquanto, não haveria mais interrupções.Ela obedeceu, recostando-se na cadeira, ainda desconfia
Cap.20— Naquele dia em que você me salvou na frente do orfanato, eu percebi que você não era a mesma pessoa que me comprou, porque Mathias ligou para o meu comprador e ele estava reclamando que não recebeu a mercadoria. Se fosse você, não teria por que estar discutindo com ele sobre isso.— Menina esperta.— Mas por que mentiu?— Não importa. Eu te salvei, não estou recebendo o justo? — perguntei, e ela bufou irritada.— Eu não deveria ter assinado esse contrato, mas... o que você é?— Eu disse, faço uns serviços por aí para ganhar uns trocados, nada diferente do que você faz.— Parece que não ganha tanto, já que está almoçando às custas do seu amigo. — Ela me alfinetou de novo, mas confesso que era divertido.— De fato... o dinheiro é bem pouco, então ele me empresta até as roupas e os relógios caros.— Sabia! Você deve ser como eu, mas é fingido, eu não tenho vergonha do que eu sou.— isso porque você não tem amigos ricos para te privilegiar.— bom... é melhor ser digno, tudo bem a
Cap.19Ponto de vista de Adon felix— Ela parecia menor do que eu esperava nesse espaço enquanto se encolhia, desejando sumir. Mas havia uma presença ali que não se podia ignorar.Sentada à mesa, com os olhos percorrendo o cardápio, havia nela uma mistura de inocência e determinação que me fez estudá-la com cuidado. Ela realmente parecia o tipo certo para o que eu queria. E já estava decidido, firmado — seja quem for, ela está nas minhas mãos.Cada gesto, cada movimento, cada suspiro era um detalhe que eu absorvia silenciosamente. Não sei por que gosto de observar essa coisinha suja, mas... nesse momento, ela tem mais significado do que imagina. Por isso a trouxe a este lugar.Ela não faz ideia do tanto de gente importante e poderosa que há aqui. Todos me conhecem muito bem — desde os garçons até cada frequentador. Afinal... eu sou o dono deste restaurante. Mas ela está perdida o suficiente para não perceber nadinha. Não percebe o jogo em que está sendo enfiada até o pescoço. Logo alg
Cap.18Adon endireitou-se com um movimento lento e cortante. Pela primeira vez, houve um passo ameaçador no tom.— Você tem um minuto — informou, calmo. — Assina, ou eu arranco tudo que estiver dentro da sua casa. E, claro, vou reduzir o tempo de pagamento cada vez que reclamar.Selene sentiu o mundo girar. O envelope tremia nas mãos de Adon por um instante — ou foi só a impressão dela. O barulho de um carro distante pareceu mais alto que o normal. Ela fechou os olhos, buscando qualquer fio de coragem.— Tudo bem. Eu assino.Adon sorriu, mas não havia bondade no sorriso. Apenas o brilho cortante de quem venceu mais um lance.Ele puxou a caneta do bolso e a ofereceu com a mesma neutralidade de quem entrega um martelo a um carpinteiro.— Pode. — disse ele, contido.Selene olhou para a caneta nas mãos dele, depois para o papel. Hesitou por um segundo e, num impulso tímido e quase infantil, pediu:— Me empresta as costas? Só pra eu me apoiar e assinar…Axel, que observava ao volante com o
Último capítulo