Proposta irresistível

Proposta irresistível PT

Romance
Última atualização: 2025-06-13
Kim  Atualizado agora
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Resumo
Índice

Ela precisa salvar a casa da família. Ele quer provar que tudo tem um preço — inclusive ela. Laura Mendes sempre foi resiliente. Após perder a mãe e ser traída pelas dívidas deixadas pelo pai, tudo o que lhe resta é um estágio em uma das maiores empresas do país — sua única chance de manter o teto sobre a cabeça da avó e do irmão mais novo. O problema? O CEO. Arthur Ferraz, jovem, bilionário e conhecido por sua arrogância, aversão a laços emocionais e um olhar que paralisa qualquer um. Tudo nele grita perigo — e desejo. O que Laura não esperava era ser chamada em sua sala para receber uma proposta que não tem nada a ver com trabalho... e tudo a ver com rendição. Um contrato. Um prazo. Uma condição: fingir ser sua noiva por razões que ele não revela. Em troca, o suficiente para quitar as dívidas e proteger sua família. Mas em um mundo onde o amor é uma fraqueza e o poder dita as regras, quem sairá ileso de um acordo que nunca deveria envolver sentimentos?

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Capítulo 1

A Primeira Proposta

A tela do celular piscava com notificações bancárias que Laura não tinha coragem de abrir. Sentada na recepção fria de uma agência, ela respirou fundo pela terceira vez em dois minutos, tentando manter a compostura. Do outro lado do vidro, a gerente conversava com um casal sorridente. Eles saíram abraçados. Laura sabia que sua conversa teria um desfecho bem diferente.

— Senhorita Mendes — a voz chamou com cordialidade ensaiada. — Pode entrar.

Ela ajeitou a blusa simples e o cabelo preso de forma improvisada, caminhando até a sala com o peso do mundo nos ombros.

— Infelizmente, seu perfil não é compatível com a linha de crédito solicitada — disse a gerente após os primeiros segundos.

Laura não ficou surpresa. Mesmo com o histórico limpo, não havia como convencer o sistema de que ela pagaria uma dívida que não era sua. Seu pai, antes de morrer, havia deixado uma herança nada nobre: contas atrasadas, boletos vencidos, um imóvel hipotecado e um vazio impossível de calcular.

Saiu da agência com um nó na garganta e a sensação de que o tempo estava contra ela. A casa onde morava com a avó e o irmão mais novo estava em nome do falecido — e as cobranças não paravam de chegar.

Não posso perder essa casa.

Era tudo o que tinham.

---

Na manhã seguinte, Laura chegou à imponente sede do Grupo Ferraz, o arranha-céu que cortava o céu de São Paulo com sua estrutura de vidro e aço. Seu primeiro dia como estagiária. O lugar onde, talvez, ela conseguiria recomeçar.

Entrou no elevador com outras pessoas bem vestidas, todas de crachá dourado. O dela era prateado, o que a identificava como "estagiária visitante". E isso bastava para alguns olhares atravessados.

Ao chegar ao andar designado, foi recebida por Beatriz, uma assistente sorridente demais para a tensão do ambiente.

— Você é a nova estagiária da controladoria, certo? Laura Mendes?

— Sim.

— Ótimo. Só aguarde um instante aqui. O diretor pediu que entregássemos os novos relatórios direto ao CEO. Acho que houve uma mudança na agenda... — Beatriz folheou pastas e, sem muita cerimônia, entregou um envelope a Laura. — Pode levar isso até a sala dele. Última porta do corredor.

— A do Arthur Ferraz?

Beatriz assentiu com um sorriso nervoso. — Sim. Não respira errado e você sai viva.

Laura achou que era brincadeira. Até chegar à tal porta.

---

A sala era enorme, imponente, envolta por janelas que davam vista para a cidade inteira. Ele estava de pé, de costas, olhando os prédios, com as mãos no bolso do terno perfeitamente alinhado.

Arthur Ferraz.

Famoso nas manchetes, temido pelos sócios, idolatrado pelas revistas de negócios. Alto, ombros largos, cabelo escuro perfeitamente penteado e uma presença que poderia silenciar qualquer ambiente.

— Entre — ele disse sem olhar para trás. — Fecharam a nova projeção?

Laura hesitou. — Eu... sou só a estagiária. Me pediram para entregar esse envelope.

Ele se virou lentamente, os olhos cinzentos encontrando os dela com uma frieza calculada.

— Estagiária da controladoria?

— Sim.

— Qual seu nome?

— Laura Mendes.

Ele a analisou por um segundo longo demais, como se estivesse estudando uma peça rara.

— Por acaso tem alguma experiência com administração de crises?

— Crises? — Ela franziu o cenho.

— Situações em que tudo parece desmoronar e ainda assim alguém precisa manter a pose. Já passou por algo assim?

Laura engoliu em seco, lembrando-se das cartas de cobrança empilhadas em casa, da avó chorando no quarto e do irmão perguntando se seriam despejados.

— Sim — respondeu com firmeza.

Arthur apoiou-se na mesa, os braços cruzados.

— Estou lidando com uma situação... delicada. Preciso de alguém ao meu lado que pareça confiável, sem estar envolvida com nenhuma das panelinhas daqui dentro.

Ela ficou em silêncio, sem entender aonde aquilo levaria.

— E o que exatamente o senhor quer de mim?

Ele se aproximou um passo. Laura sentiu a tensão entre os dois se tornar palpável.

— Preciso de uma noiva.

— Desculpe?

— Falsa, claro. Temporária. Um contrato de fachada. Dois meses. Aparições públicas. Alguns eventos importantes. E você volta para sua vida, com a sua dívida quitada.

Laura ficou em choque.

— O senhor está me oferecendo dinheiro... para fingir um relacionamento?

— Estou oferecendo uma solução. Eu ganho o que preciso. E você, o que tanto tenta manter. A casa, certo?

Ela recuou um passo, o rosto queimando.

— Isso é ilegal. Imoral. Absurdo.

Arthur deu um meio sorriso, o primeiro traço de humanidade em seu rosto.

— Tudo depende da perspectiva. Você acha absurdo alguém pagar por lealdade. Eu acho absurdo alguém deixar a família perder o único bem por orgulho.

Ela mordeu o lábio, dividida entre a raiva e o desespero.

— Por que eu?

— Porque você tem olhar firme. Porque não tremeu quando me viu. E porque precisa mais do que está disposta a admitir.

Laura encarou-o, desafiadora.

— E o que o senhor ganha com isso?

Arthur desviou o olhar por um breve segundo — quase imperceptível — antes de voltar a encará-la.

— Uma herança. Mas só se provar que posso manter um compromisso... Está tudo aqui. — Ele deslizou um contrato fino até a beirada da mesa. — Leia. E me dê uma resposta até amanhã.

Ela segurou o papel, mas não leu.

— Não estou à venda.

Arthur se aproximou mais um passo, seu tom firme, quase provocativo.

— Todo mundo tem um preço, Laura. Alguns só demoram mais para descobrir qual é o seu.

Ela saiu da sala sem dizer nada.

Mas seu coração... batia forte demais para ignorar.

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