O silêncio na sala de reuniões de emergência da Ferraz & Co. era cortante. Arthur mantinha os olhos fixos no celular de Laura, projetando a mensagem ameaçadora no telão para os membros da diretoria de segurança e jurídico.
— A origem foi mascarada com um servidor proxy russo — disse Daniel, o chefe da TI. — Mas conseguimos rastrear um segundo IP que foi usado para acessar um dos nossos e-mails internos: um notebook corporativo ainda não devolvido por Cláudia Martins.
Arthur respirou fundo, o maxilar rígido.
— Quero uma investigação silenciosa. Sem alarmes, sem pânico. Isso não é só um problema interno. É pessoal. — E seus olhos recaíram sobre Laura.
Ela manteve o rosto firme, embora por dentro tudo estivesse em ebulição. Desde que recebera aquela mensagem, algo nela havia mudado. Não era só o medo. Era a certeza de que aquele jogo de poder havia ultrapassado a barreira profissional. E agora, atingia diretamente quem ela era — e o que queria.
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Horas depois, Laura se encolheu em um c