Laura hesitou diante do espelho, observando a imagem refletida. Usava um vestido preto de alças finas que abraçava sua cintura com elegância sutil. Não havia exageros — apenas a medida exata entre sofisticação e confiança.
Sabia que aquele jantar com Arthur não era só um convite casual. Era um divisor. Um ponto de inflexão entre o que era profissional e o que ameaçava se tornar pessoal.
Ela respirou fundo e desceu.
O carro já a esperava. E, como sempre, Arthur Ferraz também.
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O restaurante escolhido por ele era discreto, com iluminação baixa e mesas reservadas. O tipo de lugar em que ninguém olharia duas vezes para um CEO e sua estagiária, mas todos saberiam que havia algo não dito entre os olhares trocados.
Arthur se levantou ao vê-la se aproximar. Usava blazer escuro e camisa branca com os dois primeiros botões abertos. Seus olhos percorreram Laura de cima a baixo com um misto de surpresa e aprovação.
— Se fosse uma competição de autocontrole, eu acabaria de perder — disse ele, o