Dante um homem completamente sombrio, com origens de máfia Russa, de onde seu pai era, e ligações com a máfia Italiana de seu avô, mas com sofisticação calculista da máfia americana, entra na vida da jovem por um acidente. Unirian uma simples pianista que deu no duro para conseguir chegar onde chegou, foi surpreendida com a entrada brusca de Dante em sua vida, mudando suas expectativas de como deve começar o amor. Um mafioso sem escrúpulos se apaixona por uma mulher rebelde. Cheio de conflitos interno, desafios e, claro, tensão emocional. Ele, com seu mundo violento e pragmático, se deparará com uma mulher que desafia as normas, com uma personalidade forte e atitude irreverente. O mafioso sem escrúpulos é alguém acostumado a controlar tudo ao seu redor, incluindo as pessoas. Quando ele encontra uma mulher rebelde, alguém que não se deixa dominar ou intimidar, isso cria um conflito entre os dois. Ela é a única pessoa capaz de desestabilizá-lo emocionalmente e, por isso, acaba se tornando um desafio. Esse tipo de pessoa, que não se submete facilmente e tem sua própria personalidade algo que o mafioso não está acostumado a lidar.
Leer más— Eu tenho um conserto hoje, não posso me dar ao luxo de simplesmente não ir— falou Unirian para sua mãe.
— Sinto muito, hoje tens uma consulta marcada no ginecologista, não podes simplesmente não ir, aquilo me custou uma fortuna, ouvi dizer que o Dr.Gael é o melhor médico ginecologista — disse, subindo as escadas com um cesto de roupas acabada de ser passada. — Mas mãe…— resmungou. —Nada de mas nem meio mas— Kate desceu com as chaves do carro na mão— vamos para não nos atrasarmos. Unirian murmurou algo que a sua mãe não ouviu. — O que que disse? — Que tenho sorte de ter uma mãe como a senhora— mentiu. — Ótimo. As duas entraram no carro. Unirian olhava a cidade linda de New York. Seus pés balançavam freneticamente. — A consulta vai ser rápida, tu namoras, precisas fazer essas consultas. — Namoro? Mãe por isso a senhora marcou essa consulta? Não aconteceu nada entre mim e o Nick, eu juro. — Tudo bem! Mas mesmo que nada tenha acontecido, precisamos ver se está tudo certo com você, sua saúde íntima é importante. Unirian revirou os olhos, achando aquilo tudo uma parvoíce. No hospital, uma mulher loira de óculos escuro, passou por ela e a mãe enquanto esperavam pela sua vez. “Que mulher linda, deve ser esposa de um grande empresário”pensou a jovem, olhando a mulher que parecia desfilar em seus saltos muito caro. — Unirian James — falou a enfermeira! — é a sua vez, por favor siga o corredor e entre na segunda sala à esquerda. — Obrigada— respondeu. Aquele hospital era confuso, tinham várias salas e portas parecidas. Sua mãe ficou na sala de espera, ela não podia entrar, pois Unirian já era maior de idade. — És tu? — perguntou um enfermeiro, de óculos de grau, que parecia um nerd. Ela olhou para os lados, achando que estivesse falando com alguém atrás dela. Quando não viu ninguém, respondeu — sim, acho que sim— falou meio confusa com a situação. — Vamos, a sala é por aqui, o Dr.Jack está esperando pela senhora— falou, andando pelo corredor. Uniriam via a sala que ela tinha que entrar se afastar. — Espera? É mesmo o caminho certo? — perguntou confusa. — Sim! É esta sala aqui. Por favor— indicou para que ela entrasse. Unirian seguiu com desconfiança. Mas ao encontrar o médico junto a maca, sua desconfiança não perdurou. — Por favor, vamos ser rápidos, tire a roupa e deita-se aqui— falou o homem de meia idade, impaciente. — Aqui senhora! — a enfermeira deu-lhe uma bata descartável para que ela vestisse. Unirian foi para trás do biombo e trocou-se. Após deitar na maca, o médico começou o procedimento. Uma hora depois Unirian já estava vestida, o médico nada disse, apenas saiu deixando ela lá, junto da enfermeira que a acompanhou até a saída. Kate viu a filha sair e se levantou. — Podemos ir? — perguntou. — Sim! — O que médico disse. Ela achou estranho, porque diferente das demais consultas, a única coisa que ele disse foi, “tira a roupa, e deita-te”. — Disse que estava tudo normal, não tem problema nenhum— mentiu, não querendo prolongar a conversa— Tenho duas horas para me preparar, a senhora vai? Não vai? — Eu nunca perderia meu amor, agora vamos para casa, tenho que estar a altura de ver minha filha no grande auditório PAC NYC. — Vai ser incrível— falou ela, contente com sua grande estreia no mundo musical. — Eu sei que sim, vais ser uma grande pianista— Ela e sua mãe entraram no carro. Pela trajetória, o rosto do grande empresário Dante Marchesi apareceu, era uma entrevista onde ele falava sobre a sua empresa. Ela olhou para ele, mas de relance, não prestando muita atenção. — Não acha ele lindo? Ter um homem desse na minha vida, eu me acharia a mulher mais sortuda do mundo. — Depois do que o papai fez com a senhora ainda vê esperança no amor? — perguntou. Olhando para o celular enquanto trocava mensagens com seu namorado Nick. — Seu pai foi um traste, mas não quer dizer que todos os homens sejam— falou a mãe, prestando atenção na estrada. Unirian revirou os olhos. — A senhora é muito… — Otimista? Positivo?… — Exagerada, otimista até demais. Lembra-te que na lei da física, positivo demais explode, bum — ela fez um gesto com as mãos na cabeça. Sua mãe achou graça. — Já tens 22anos, e desde que teu pai nos deixou, nunca tive outro homem na minha vida, estou precisando desestressar. — Que nojo mãe, espera quando eu sair de casa, fica mais fácil pra ambas. As duas riam e se divertiram, Unirian e Kate, tinham enfrentado o mundo por cima delas antes de Mariano seu pai, foi pego pela polícia como traficante de droga e chefe de uma pequena fracção. No auditório PAC NYC, tudo estava lotado. Nos bastidores, Unirian estava nervosa, nunca tinha tocado para tanta gente. — Unirian — chamou Nick seu namorado. O homem de 1.78, de cabelos loiros, vestindo um terno, apareceu, seus olhos azuis e sorriso encantador a fizeram sorrir também. O cheiro do seu perfume era intenso, mas não exagerado. — Oi! Finalmente alguém que conheço apareceu— falou ela, suas mãos estavam trêmulas. Ele sorriu ao ver ela nervosa. — Qual é a graça? Estou vendo meu mundo colapsar aqui mesmo, e se eu tocar a nota errada? Todo mundo vai rir de mim. — Não entra em pânico, vai ficar tudo bem, vais ver— falou ele, abraçando sua namorada. — Tens certeza? — perguntou, dentro do abraço. — Tenho, você trabalhou duro por isso, vai correr tudo as mil maravilhas. Nick deu um beijo suave, ela se sentiu mais calma, era o momento de entrar no palco. As luzes se apagaram e os holofotes seguiam ela até se sentar, no centro do palco. Ela começou a tocar, as suaves notas do piano encheram a sala com um melodia harmoniosa e vibrante de Ëtude Op. 25 NO. 11. Dante Marchesi era um dos espectadores. Ele gostava de música clássica, o som do piano o deixava mais calmo depois de um confronto. — Senhor! Ele está aqui— falou um de seus homens, Ricci, que o acompanhou durante o seu império da Máfia Italiana. — Deixa-o entrar— falou, sua voz parecia como a de um rugido de leão. Acentuada e imponente como sua presença. Seus cabelos pretos arrumados todo para trás, seu terno bem passado e a uma gravata impecável. Seu perfume masculino peculiar o fazia destacar-se entre tanto, seus olhos pretos olhavam fixamente para a pessoa que tocava no centro. Timóteo, era um de seus fornecedores, mas ele queria muito mais que alguns trocados que recebia de Dante. — Senhor Marchesi — falou ele, se sentando ao lado de Dante. Que não olhou para ele, parecia atento na melodia do piano e em quem tocava. — Ouvi dizer que já não vai trabalhar para mim, é verdade isso? — perguntou, ainda com o olhar fixo na pianista. — Espero que não leve isso para o pessoal, percebi que posso expandir o meu nome, tal como o senhor fez com o seu. Dante Suspirou. Estava entendendo do que se tratava. — Parece que está insatisfeito com o que ganha trabalhando para mim. — Confesso que sim… — Desde quando? — perguntou ele o interrompendo. — Desde quando o quê? — Timóteo parecia confuso. — Desde quando tem me traído? — Dante finalmente olhou para ele, que parecia perplexo. O homem nada disse, mas sabia que estava encrencado. Fez um sinal e vários pontos vermelhos apareceram no peito de Dante. Dante reparou e olhou para ele. — Não vais por esse caminho—falou ele.Ele engoliu em seco, sentindo o peso daquela pergunta. Era como se o passado e o futuro se encontrassem ali, naquela pequena figura que carregava toda a esperança e dor que ele julgava enterradas. Villano, com a voz rouca, perguntou: — O que você disse? A menina o observava, meio desconfiada, meio buscando algo no olhar dele. — Meu Avô diz, que não se responde pergunta com outra pergunta. Villano engoliu em seco, um sorriso cansado tentando despontar no canto da boca. Villano ficou sem palavras, o nó na garganta apertando cada vez mais. Olhou para aquela menina que, apesar da pouca idade, carregava um brilho nos olhos que o desarmava. — Evil… — ele repetiu, como se experimentasse o nome pela primeira vez. — Eu… não sei o que dizer. Ela sorriu de leve, como se esperasse essa reação. — Não precisa dizer nada, pai. Eu sei que as coisas foram complicadas, que você tentou e errou, mas eu quero entender. Quero que me conte tudo. Villano engoliu o nó na garganta e, p
As mortes seguiram. Sistemáticas. Precisavam parecer acasos para o mundo, mas os que conheciam o submundo sabiam: era ele.Villano não deixava rastros digitais. Não usava os próprios homens. Ele usava os homens dos próprios inimigos— manipulados, subornados, ameaçados com provas secretas, arrastados até cometerem o inevitável.Juízes, generais, banqueiros.Um a um caíam.— Um primeiro-ministro foi achado sem os olhos, em seu próprio gabinete trancado. — Uma presidente, atropelada ao sair de uma reunião secreta, dias depois de rejeitar uma investigação sobre a morte de Ura. — Um agente da CIA, enforcado com sua própria gravata, deixou uma carta confessando crimes que jamais foram públicos.O terror se espalhava, mas Villano nunca apareceu. Enquanto isso, nas sombras, ele assistia tudo. Apenas uma parede de sua casa, coberta com nomes riscados em vermelho — cada um, um culpado.No fundo do peito, ainda latejava a ausência de Ura. E o peso de um túmulo… que ele nem sabia que
Villano segurava Ura nos braços, o sangue escorrendo por entre seus dedos, manchando a roupa dele, o chão, tudo.— Fica comigo... por favor, Ura… não faz isso comigo...— a voz dele era apenas um sussurro rouco, quebrado.Com mãos trêmulas, puxou o celular do bolso e discou. — EMERGÊNCIA! Rua Aurland, chalé 17… grávida, ferida gravemente! Está perdendo muito sangue! — gritou, fora de si.Tremia. O rosto dele pressionado ao dela, tentando aquecê-la, como se o amor pudesse mantê-la viva.— Socorro! Pelo amor de Deus, ela tá grávida! Me ajuda!As sirenes ainda estavam distantes. Mas Villano já estava de joelhos no inferno. E tudo que importava — estava escorrendo por entre seus braços.As sirenes rasgavam o silêncio da floresta quando a ambulância finalmente chegou. Paramédicos invadiram o chalé. Villano, coberto de sangue, não queria soltá-la.— Nós cuidamos dela agora, senhor.— disse um deles, firme mas com respeito. Ele soltou devagar, como se arrancassem parte dele. Foi puxa
Villano encarou Ura por longos segundos. O silêncio entre eles dizia tudo o que as palavras não conseguiam.Então, ela largou o fecho do casaco e deu um passo hesitante. Depois outro. Até que ficou diante dele.Os olhos dela estavam marejados, e o lábio inferior tremia. Mas quando Villano ergueu os braços, mesmo sem entender, mesmo desconfiado, ela se lançou contra o peito dele.O abraço foi apertado. Longo. Cheio de dor, saudade e tudo que ficou pelo caminho.Villano fechou os olhos. Inspirou fundo o cheiro dela — ainda presente, mesmo sutil. O coração acelerado, o corpo tenso. Algo estava errado.Ele sentia. Mas não conseguiu se afastar.— Você voltou…— sussurrou ele, num sopro abafado contra os cabelos dela.Ura apenas assentiu contra seu peito, as lágrimas escorrendo silenciosas.— Eu não conseguia mais ficar longe.— ela respondeu.Villano a apertou mais. Como se pudesse protegê-la do mundo inteiro. Como se aquele momento fosse tudo que restava.E ali, no
Seu punho fechou com força. O sangue escorrendo pela palma.— Villano foi criado com tudo. Mas eu… eu sobrevivi com o que sobrou.Se aproximou do vidro blindado que dava para o quarto onde Ura dormia.— Você acha que ele te ama, Ura?— sussurrou, quase com raiva contida — Ele nem sabe o que é cuidar de alguém sem destruir tudo. Ele vai te arrastar pro inferno com ele. E esse filho... esse filho devia ter sido meu.Kevin respirou fundo. Pegou o comprimido branco do bolso interno — o mesmo que usava para conter seus impulsos. Mas não tomou. Pela primeira vez… deixou a raiva fermentar. Porque se Villano estava vindo… talvez fosse hora de resolver tudo. De filho para filho. Marchesi contra Marchesi.00:21 — Moscou — Residência Marchesi.Villano chegou sem aviso. Como sempre.Portas se abriram. Guardas recuaram. Dante, sentado diante da lareira, erguia um cálice de vinho quando viu o filho entrar com os olhos carregados de algo diferente: não fúria. Não raiva. Algo mais denso.
Rússia — Propriedade Marchesi.A notícia chegou como uma avalanche contida em palavras curtas. Villano apareceu na ONU. Desafiou o mundo. E saiu ileso.Unirian, sentada diante do piano antigo, congelou os dedos sobre as teclas ao ouvir o relatório. Dante, em pé diante da lareira, segurava um charuto apagado, sem conseguir acendê-lo.Silêncio.— Ele… apareceu na ONU?— a voz de Unirian era um sussurro incrédulo.— E não foi só isso.— completou Petrov, ao lado — Ele ameaçou todos os países. E ninguém ousou reagir.Dante soltou o ar lentamente. Jogou o charuto na lareira.— Ele não só sobreviveu ao que eu criei. Ele… superou.Unirian levou a mão à boca, emocionada.— Villano... o nosso menino.— Não é mais menino.— Dante respondeu, sério, mas com um toque de orgulho amargo nos olhos — Ele virou o homem que todos temem. Até eu.Ela se levantou devagar, a voz embargada.— Mas isso significa que ele está destruído por dentro. Se ele chegou a esse ponto… é porque está quebrado.Dante
Último capítulo