Jay estava bem ao seu lado quando ela acordou.
— Onde estou — perguntou ela a amiga, se sentando na cama. — No hospital, você desmaiou, de certeza que deve ser desnutrição, você está mal amiga, consigo ver seus ossos da costela. — Olha quem fala… se bem me lembro eu sempre fui magra. Nesse momento o médico entrou! Era um jovem de jaleco, usava óculos de grau era bem jeitoso. — Senhorita James? — perguntou o médico. — Sim! — respondeu ela. — É ela mesma, de certeza que está com desnutrição, não é Doutor— disse a Jay, esperando ter razão. O médico olhou para as duas e abandou a cabeça, Afirmando. — Vês, eu sabia, você precisa de alimentar direito. — A senhora precisa mesmo se alimentar direito, assim o bebê consegue desenvolver, vou fazer uma lista de alimentos que a senhora pode ingerir para uma gestação saudável, ainda bem que veio cedo assim conseguimos diagnosticar cedo e tratar a gestação e desnutrição. Elas olharam uma para outra, estavam confusa mas acharam graça. As duas riram tanto que o médico achou que disse alguma piada. — Eu disse alguma besteira? — perguntou ele. — O senhor é muito engraçado, mas acho que se enganou, não tem nenhuma grávida aqui— falou a Unirian. — Sim, talvez enganou-se, Unirian não pode estar grávida. Ele olhou outra vez, mas dessa vez tirando e colocando outra vez os óculos. — Não! É mesmo a senhora, está grávida de 4 semanas — falou ele. — 4 semanas? — perguntou Jay. — Doutor acho que não está percebendo, eu não posso estar grávida, a não ser que um Espírito Santo tal como fez com Maria tenha deixado um bebê aqui dentro, eu não posso— sua voz parecia já estar brava. — Vamos repetir os exames, talvez devesse ter sido um erro mesmo— falou o médico antes de sair. Os enfermeiros vieram e fizeram a recolha do sangue. Unirian e Jay esperaram por mais uma hora antes do médico voltar. — Então! Viu que estava errado? Eu sabia que tinham trocado os exames— falou a Unirian, convencida que estava certa. — Sim! Sobre isso… — ele suspirou— a senhora está mesmo grávida. Jay que estava com água na boca engasgou-se. Ela tossiu, Unirian deu palmadas nas duas costas. — Isso… isso é impo… impossível— recuperou ela finalmente a voz— ela é virgem! És não és?— olhou para Unirian confusa. — É claro que eu sou— Unirian levantou e recebeu o relatório das mãos do médico. Ela leu atentamente e seus olhos espantados não acreditando que liam. Irritada, ela olhou para o médico. — Como isso pode acontecer? Eu nunca estive com nenhum homem— falou exaltada. Tanto Liza quanto Unirian andavam de um lado para o outro em salas diferentes— Como? — perguntaram uníssono. Unirian saiu irritada e foi até a recepcionista. — Quero saber o que há comigo, preciso falar com o médico que me atendeu, eu só vim fazer uma consulta de ginecologia como posso estar grávida— gritou ela. Todos olharam para ela que nem reparou nos olhares, Jay foi atrás dela para tentar acalmar a amiga que estava muito irritada. — Unirian, fica calma, nós vamos resolver a situação, não precisa gritar isso aos quatro vento— sussurrou a amiga. Só então ela percebeu que todos estavam olhando para ela. O Doutor Jack e o enfermeiro sairam da sala quando Unirian viu eles. — Vocês! — apontou ela para o dois— vão me explicar agora mesmo o que raio fizeram comigo naquela sala— falou. Os dois olharam um para o outro. Atrás deles apareceu Liza. — É ela? —Perguntou a mulher loira, parecia calma diferente de quando estava na sala. — Sim! É essa mulher— falou o enfermeiro. Liza andou até Unirian que ficou imóvel olhando para figura que vinha até ela. — podemos conversar? É que você está com o filho no ventre— falou calmamente. A jovem apenas ficou paralisada olhando para ela, e desviou o olhar para os dois homens atrás dela. Ricci, colou homens a vigiarem Unirian, pois ele ficou com pena por tudo o que estava acontecendo com ela e se caso ela se lembrasse de alguma coisa sobre Dante, tinham que informar ele imediatamente. E era isso que eles estavam fazendo. A ver e a ouvir tudo. Quando decidiram ligar para ele. — Chefe, acho melhor o senhor vir cá da uma olhada na jovem que nos mandou vigiar— falou homem. Que estava disfarçado de paciente. — O que foi? Ela lembrou de alguma coisa sobre o Dante?— perguntou. — Não! Parece que ela está grávida— falou o homem. — E o que isso tem a ver conosco— perguntou, ocupado com seus afazeres. — Ela está acusando o médico e o enfermeiro de serem os culpado e… — E…? — E a senhora Liza, acabada de dizer que ela está carregando o filho dela. Ricci larga a caneta e fica surpreso com o que acaba de ouvir. — O que você disse? — perguntou ele, achando que não ouviu bem. — Eu acho que os dois idiotas fizeram uma inseminação artificial na pessoa errada— falou ele.Ricci pensou logo de quem seria esse filho, e rezava para que não fosse de quem estava pensando. — Não deixem ninguém sair, eu estou chegando. — sim Senhor— falou ele. Ricci desligou o telemóvel e pegou as chaves do carro. Sabia que Dante não deixaria Unirian viver, muito menos a criança. Ele tem um terror por família, detesta mais que todas as coisas. Pois nunca teve bons exemplos. No consultório, Liza olhava para Unirian que estava um caos por dentro, Jay estava esperando por ela na porta. — Preciso que você interrompa essa gravidez— falou ela, indo direto ao assunto. — O quê? — perguntou ela— você ficou louca? — Eu sei, posso pagar uma quantia bem alta, e tudo vai ficar por minha conta. — A senhora enlouqueceu? Eu não vou fazer um aborto, eu nem… eu juro que vou processar vocês. — Espera! Isso não pode sair daqui de jeito nenhum, o pai dessa criança não pode saber que ele existe, se não nós as duas estamos feitas. — Não quero saber, que vocês pensassem antes de
Unirian estava a entrar em pânico, andava de um lado para outro, chorava horrores, tinha apenas 22 anos, como tudo isso podia estar a acontecer tão rápido dessa forma. Em desespero, ela entrou no quarto da mãe. Fazia semanas que não entrava lá, sentiu aquele cheiro e suas lágrimas se intensificaram. Pegou os comprimidos que eram da mãe e tomou todos eles, esperando que assim o bebê e não só, fossem embora. Meia hora depois, o efeito já estava presente nela, sua visão estava nublada, seus passos não eram fixos. Ela tentava pedir ajuda, mas ninguém estava em casa, pois tinha se arrependido, mas já era tarde, ela rolou de escada a baixo. Ricci e mais dois homens chegaram na casa, olharam pela janela mais não conseguiam ver o que estava dentro. — Abram a porta! Se ela não estiver melhor, assim vamos pegar ela de surpresa e leva-lá. Minutos depois a porta já estava aberta, eles entraram sorrateiramente, mas tudo estava silêncio. Até que um dos homens tropeça em algo no chão. —
Rosto inocente, de olhos verdes e Loira, era o brinquedo perfeito para Dante Marchesi. Viu ela jogando a comida no chão, tentando abrir a porta com a faca e o garfo, mas depois de partir ela percebeu que era de plástico. — Merda— murmurou. Ela não tinha nada que pudesse pedir ajuda, a janela ficava muito longe do chão. Não podia correr o risco de se machucar, afinal já não era só ela. — Sei lá como te chamas — Dante não sei o quê, se estiveres a ouvir, preciso que me soltes, a tua mulher cometeu um erro, eu não quero esse filho muito menos a ti— gritou ela, esperando alguma resposta dele— Eu só quero voltar para casa e continuar a viver o Luto da minha mãe, me tira dessa quarto, eu posso continuar com a gravidez em minha casa, prometo que não volto a fazer nada contra mim, me tira daqui. Dante caminhou ao quarto, os dois homens que estavam na porta de vigia, abriram para que ele pudesse entrar. Ela se afastou ao ver a porta abrir. O mesmo homem de Suéter do hospital aparece
Unirian se soltou da mão dele. Os dois estavam parados na porta larga de vidro que dava acesso ao jardim, os empregados podiam sentir o clima pesado entre os dois. — Quem você pensa que é para me enterrar viva? Já não basta simplesmente ter me sequestrado um mês depois da morte da minha mãe — falou exalta. Todos os que ouviam ficaram surpresos. Ninguém grita com Dante Marchesi. As empregadas começaram a sussurrar alguma coisa. “Ela é doída?” “Parece não ter medo pela vida ” Ele olhou para eles que entenderam que precisam se retirar. Agarrou ela pelo braço e a puxou para si. — Estás a passar dos limites pianista— falou entre os dentes. Ela se soltou e se aproximou ainda mais. — Quero ver o que vai fazer— falou ela. Ela saiu pela porta que estava entreaberta. Ela caminhou até a saída que ficava 20 metros do portão principal da propriedade. — Onde você pensa que vai? — gritou ele. — Vou para casa, e ninguém vai me impedir— falou ela. — Volta aqui agora— Dante estav
— Isso não tem graça nenhuma— falou ela, levantou e olhou para Dante que arqueou as sobrancelhas para ela— Quero ir embora, você não ganha nada em me manter aqui. — Porquê quer tanto ir embora? Ninguém está lá fora à sua espera — falou ele. Unirian ficou calada, desviou o olhar irônico dele. — Nós vamos nos casar daqui 2 dias! — falou outra vez. Unirian engoliu seco. — E se eu não aceitar? Como disse! Ninguém está esperando por mim lá fora, estou sozinha tal como tu, rodeada de pessoas loucas— falou, encostando seu rosto bem próximo ao dele. — Ninguém mesmo? Exceto o idiota do seu namorado que te traiu e tem te traído ainda, sério que não tens mais ninguém para perder? — perguntou. — Do que estás a falar? — Melhor e única amiga ou melhor Jasmim Jason— falou, mostrando um vídeo dela a ser filmada em tempo real. — O que pensa que está fazendo? — perguntou assustada. — Agora assim, gosto mais de ti desse jeito pianista— falou ela. — Se você tocar nela, acabo c
Todos ficaram espantados, fazendo burburinho. Dante olhou para ela com as sobrancelhas arqueadas. Então ela terminou a sua frase. — Não… não me vejo sem esse homem na minha vida inteira— falou ela. — Então vamos declarar isso como um sim— falou o padre. Achando que ela fosse mesmo dizer não. Petrov e Ricci estavam rindo escondido de Dante, se antes ele tinha tudo sob controle, essa mulher o faria arrancar os cabelos. — eu vos declaro Marido e Mulher, pode beijar a noiva— falou o padre. Unirian tinha se esquecido dessa parte, seu sorriso de deboche logo se desfez. E o de Dante surgiu. — Nem pense nisso— sussurrou ela. — Sua amiga vai morrer aqui mesmo— retrucou ainda sussurrando. Dante a puxou para bem perto de sim, segurou em sua nuca, e uniu seus lábios em um beijo suave. Ambos sentiram um arrepio intenso, o coração de Unirian acelerou, e de Dante também. “Esse beijo, acho que não foi uma boa ideia” pensou ele. O beijo demorou mais que o esperado. Q
No decorrer da festa, os olhos de Dante não paravam de seguir sua esposa, que não roubou somente a sua atenção, mas de outros também. “Como se atrevem a olhar para o que é meu? Perderam a noção do perigo” murmurou. — O que tanto falas aí? — Ricci chegou perto dele. — Unirian está chamando mais atenção do que deveria— sussurrou — acho que é do vestido. — Não, não é— riu — Unirian é linda, e todos podem ver isso. — Têm olhos muito aguçados. — Estás com ciúmes de uma mulher que conheces há 15 dias? — Eu a conheci no dia da explosão, falando nisso, descobriu quem está com os Morales? — Não, eles estão se escondendo muito bem, a vista de todos, os Morales são os responsáveis, e quem sabe não quer falar. —Tudo bem, amanhã falamos disso hoje é o meu casamento— deu duas palmadas nas costas de Ricci. O amigo achou estranho, Dante nunca foi de deixar as coisas para depois, ele sempre foi um homem bastante imediatista quando se tratava de vingança contra seus inimigos e vendo el
Dante olhou para ela e mesmo com a mãos machucada, apertou em seu pescoço. — Está falando mais do que deveria, esqueceu as regras. Ele não apertou o suficiente, pois ela ainda conseguia falar. — O mestre se esqueceu de nós desde que aquela mulher entrou. Posso voltar a fazê-lo sentir prazer?— Janice passou a mão em suas pernas. Ele não gostou, em vez de arrepios, sentiu nojo. — Ricci — gritou ele. — Sim senhor— respondeu, sentindo a voz irritada do seu companheiro. — Traga— sua voz estava bem acentuada. Ele entendeu o recado. Jacira começou a entrar em pânico. — mestre, por favor não faça isso, eu imploro, prometo não voltar a tocar-lhe. — Tarde demais. Ricci trouxe um machado, parecia bem afiado, ela olhou para o objeto e sentiu medo, muito medo. — Mestre. Eu imploro, tenha piedade. — Eu não sou Deus. Dante cortou a mão que ela o tocará na perna. A mulher gritou, Unirian de cima ouviu e se assuntou. — Tirem ela daqui e mandem limpar tudo isso. — Está b