Villano encarou Ura por longos segundos.
O silêncio entre eles dizia tudo o que as palavras não conseguiam.
Então, ela largou o fecho do casaco e deu um passo hesitante.
Depois outro.
Até que ficou diante dele.
Os olhos dela estavam marejados, e o lábio inferior tremia.
Mas quando Villano ergueu os braços, mesmo sem entender, mesmo desconfiado,
ela se lançou contra o peito dele.
O abraço foi apertado.
Longo.
Cheio de dor, saudade e tudo que ficou pelo caminho.
Villano fechou os olhos.
Inspirou fundo o cheiro dela — ainda presente, mesmo sutil.
O coração acelerado, o corpo tenso.
Algo estava errado.
Ele sentia.
Mas não conseguiu se afastar.
— Você voltou…— sussurrou ele, num sopro abafado contra os cabelos dela.
Ura apenas assentiu contra seu peito, as lágrimas escorrendo silenciosas.
— Eu não conseguia mais ficar longe.— ela respondeu.
Villano a apertou mais.
Como se pudesse protegê-la do mundo inteiro.
Como se aquele momento fosse tudo que restava.
E ali, no