As mortes seguiram. Sistemáticas. Precisavam parecer acasos para o mundo, mas os que conheciam o submundo sabiam: era ele.
Villano não deixava rastros digitais.
Não usava os próprios homens.
Ele usava os homens dos próprios inimigos— manipulados, subornados, ameaçados com provas secretas, arrastados até cometerem o inevitável.
Juízes, generais, banqueiros.
Um a um caíam.
— Um primeiro-ministro foi achado sem os olhos, em seu próprio gabinete trancado.
— Uma presidente, atropelada ao sair de uma reunião secreta, dias depois de rejeitar uma investigação sobre a morte de Ura.
— Um agente da CIA, enforcado com sua própria gravata, deixou uma carta confessando crimes que jamais foram públicos.
O terror se espalhava, mas Villano nunca apareceu.
Enquanto isso, nas sombras, ele assistia tudo.
Apenas uma parede de sua casa, coberta com nomes riscados em vermelho —
cada um, um culpado.
No fundo do peito, ainda latejava a ausência de Ura. E o peso de um túmulo… que ele nem sabia que