Rosto inocente, de olhos verdes e Loira, era o brinquedo perfeito para Dante Marchesi. Viu ela jogando a comida no chão, tentando abrir a porta com a faca e o garfo, mas depois de partir ela percebeu que era de plástico. — Merda— murmurou. Ela não tinha nada que pudesse pedir ajuda, a janela ficava muito longe do chão. Não podia correr o risco de se machucar, afinal já não era só ela. — Sei lá como te chamas — Dante não sei o quê, se estiveres a ouvir, preciso que me soltes, a tua mulher cometeu um erro, eu não quero esse filho muito menos a ti— gritou ela, esperando alguma resposta dele— Eu só quero voltar para casa e continuar a viver o Luto da minha mãe, me tira dessa quarto, eu posso continuar com a gravidez em minha casa, prometo que não volto a fazer nada contra mim, me tira daqui. Dante caminhou ao quarto, os dois homens que estavam na porta de vigia, abriram para que ele pudesse entrar. Ela se afastou ao ver a porta abrir. O mesmo homem de Suéter do hospital aparece
Unirian se soltou da mão dele. Os dois estavam parados na porta larga de vidro que dava acesso ao jardim, os empregados podiam sentir o clima pesado entre os dois. — Quem você pensa que é para me enterrar viva? Já não basta simplesmente ter me sequestrado um mês depois da morte da minha mãe — falou exalta. Todos os que ouviam ficaram surpresos. Ninguém grita com Dante Marchesi. As empregadas começaram a sussurrar alguma coisa. “Ela é doída?” “Parece não ter medo pela vida ” Ele olhou para eles que entenderam que precisam se retirar. Agarrou ela pelo braço e a puxou para si. — Estás a passar dos limites pianista— falou entre os dentes. Ela se soltou e se aproximou ainda mais. — Quero ver o que vai fazer— falou ela. Ela saiu pela porta que estava entreaberta. Ela caminhou até a saída que ficava 20 metros do portão principal da propriedade. — Onde você pensa que vai? — gritou ele. — Vou para casa, e ninguém vai me impedir— falou ela. — Volta aqui agora— Dante estav
— Isso não tem graça nenhuma— falou ela, levantou e olhou para Dante que arqueou as sobrancelhas para ela— Quero ir embora, você não ganha nada em me manter aqui. — Porquê quer tanto ir embora? Ninguém está lá fora à sua espera — falou ele. Unirian ficou calada, desviou o olhar irônico dele. — Nós vamos nos casar daqui 2 dias! — falou outra vez. Unirian engoliu seco. — E se eu não aceitar? Como disse! Ninguém está esperando por mim lá fora, estou sozinha tal como tu, rodeada de pessoas loucas— falou, encostando seu rosto bem próximo ao dele. — Ninguém mesmo? Exceto o idiota do seu namorado que te traiu e tem te traído ainda, sério que não tens mais ninguém para perder? — perguntou. — Do que estás a falar? — Melhor e única amiga ou melhor Jasmim Jason— falou, mostrando um vídeo dela a ser filmada em tempo real. — O que pensa que está fazendo? — perguntou assustada. — Agora assim, gosto mais de ti desse jeito pianista— falou ela. — Se você tocar nela, acabo c
Todos ficaram espantados, fazendo burburinho. Dante olhou para ela com as sobrancelhas arqueadas. Então ela terminou a sua frase. — Não… não me vejo sem esse homem na minha vida inteira— falou ela. — Então vamos declarar isso como um sim— falou o padre. Achando que ela fosse mesmo dizer não. Petrov e Ricci estavam rindo escondido de Dante, se antes ele tinha tudo sob controle, essa mulher o faria arrancar os cabelos. — eu vos declaro Marido e Mulher, pode beijar a noiva— falou o padre. Unirian tinha se esquecido dessa parte, seu sorriso de deboche logo se desfez. E o de Dante surgiu. — Nem pense nisso— sussurrou ela. — Sua amiga vai morrer aqui mesmo— retrucou ainda sussurrando. Dante a puxou para bem perto de sim, segurou em sua nuca, e uniu seus lábios em um beijo suave. Ambos sentiram um arrepio intenso, o coração de Unirian acelerou, e de Dante também. “Esse beijo, acho que não foi uma boa ideia” pensou ele. O beijo demorou mais que o esperado. Q
No decorrer da festa, os olhos de Dante não paravam de seguir sua esposa, que não roubou somente a sua atenção, mas de outros também. “Como se atrevem a olhar para o que é meu? Perderam a noção do perigo” murmurou. — O que tanto falas aí? — Ricci chegou perto dele. — Unirian está chamando mais atenção do que deveria— sussurrou — acho que é do vestido. — Não, não é— riu — Unirian é linda, e todos podem ver isso. — Têm olhos muito aguçados. — Estás com ciúmes de uma mulher que conheces há 15 dias? — Eu a conheci no dia da explosão, falando nisso, descobriu quem está com os Morales? — Não, eles estão se escondendo muito bem, a vista de todos, os Morales são os responsáveis, e quem sabe não quer falar. —Tudo bem, amanhã falamos disso hoje é o meu casamento— deu duas palmadas nas costas de Ricci. O amigo achou estranho, Dante nunca foi de deixar as coisas para depois, ele sempre foi um homem bastante imediatista quando se tratava de vingança contra seus inimigos e vendo el
Dante olhou para ela e mesmo com a mãos machucada, apertou em seu pescoço. — Está falando mais do que deveria, esqueceu as regras. Ele não apertou o suficiente, pois ela ainda conseguia falar. — O mestre se esqueceu de nós desde que aquela mulher entrou. Posso voltar a fazê-lo sentir prazer?— Janice passou a mão em suas pernas. Ele não gostou, em vez de arrepios, sentiu nojo. — Ricci — gritou ele. — Sim senhor— respondeu, sentindo a voz irritada do seu companheiro. — Traga— sua voz estava bem acentuada. Ele entendeu o recado. Jacira começou a entrar em pânico. — mestre, por favor não faça isso, eu imploro, prometo não voltar a tocar-lhe. — Tarde demais. Ricci trouxe um machado, parecia bem afiado, ela olhou para o objeto e sentiu medo, muito medo. — Mestre. Eu imploro, tenha piedade. — Eu não sou Deus. Dante cortou a mão que ela o tocará na perna. A mulher gritou, Unirian de cima ouviu e se assuntou. — Tirem ela daqui e mandem limpar tudo isso. — Está b
— Dominic, que surpresa— falou admirado—precisávamos falar sobre algumas situações que têm acontecido, o que fazes aqui? — perguntou Vasiliev, seu aliado e amigo. — E porquê não sei de nada? Andam conspirando contra mim? — perguntou suspeitando. — Não! — Vasiliev revirou os olhos, achando a atitude do parceiro exagerada— está com problemas no casamento? Ele bufou. — Porquê ninguém me chamou— se sentou em seu lugar, com o nome ao bordo da cabeceira. — Faz alguns dias que você se casou, porquê te chamaríamos para uma reunião onde tu és o assunto principal! — respondeu Morozov, também um de seus companheiros e aliados. — Meu amigo, eu não acredito que você realmente se casou— Sokolov, seu amigo de infância filho de um amigo de seu pai estava surpreso, pois conhecia muito bem o amigo para acreditar que realmente se casou. — Precisei fazer isso. — É A pianista? — perguntou Sokolov. Dante nada respondeu. Apenas olhou para seu amigo que entendeu que não queria falar sobre el
— Quero que meu pai deixe de bater na minha mãe. Ele ficou calado, observando seu rosto, seus cílios longos e seu cabelo molhado. Lhe ensinou como funciona. Unirian era esperta e aprende rápido o que não foi difícil para ele ensinar. — E lembra-te que a arma tem força, precisas de manter-te firme para não seres impulsionada por ela. — Entendi. — Queres mesmo matar o teu pai? — Não, só quero que ele pare, ou vá preso. Senão minha mãe vai morrer nas mãos dele. Unirian viu que a chuva já estava passando, pegou o seu guarda-chuva e sua mocinha cor de rosa. — Nem perguntei o seu nome— falou ela. — Eu sou o D— falou. — D? De Don ou Dominic? Como no filme velozes e furiosos? Ele sorriu, ela tinha acertado em cheio. — Isso mesmo— falou. — Espero que te recuperes logo Dominic — falou ela enquanto corria. Só depois ele percebeu que ela tinha chegado perto demais, “uma mulher tocou em mim” pensou. Depois de a perder de vista, um carro apareceu para pegar