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No Dia Em Que Ele Me Deixou, Deixe-o Para Sempre

No Dia Em Que Ele Me Deixou, Deixe-o Para SemprePT

Cuento corto · Cuentos Cortos
Lilia  Completo
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Resumen
Índice

Faz três anos que eu coloquei algo na bebida do Daniel Falkner, o figurão de Belcaster. Depois daquela noite de loucura, ele não me puniu. Em vez disso, ele me segurou pela cintura e me penetrou até minhas pernas fraquejarem, me chamando de "princesa" repetidamente. Mas, justo quando eu estava prestes a confessar, Serena Jarman — a mulher por quem ele nunca deixou de se importar — voltou. Por causa dela, ele me deixou ser atropelada, fez com que eu veja o colar da mamãe ser deixado para um estranho e até me joga na prisão com as próprias mãos. Quando já estava despedaçada e embarcando em um voo para Velport para me casar com outro homem, Daniel estava destruindo Belcaster inteira apenas para me encontrar.

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Capítulo 1

Capítulo 1

Para os de fora, eu era a herdeira ousada e luminosa dos Seymours. Daniel Falkner era o grande nome de Belcaster — disciplinado, reservado, quase ascético.

Noite após noite, ele me segurava pela cintura e me penetrava até minhas pernas fraquejarem, me chamando de "princesa" repetidamente.

Ele não sabia que eu me casaria com outro homem em apenas duas semanas.

O lençol ainda estava úmido. Enquanto eu tentava recuperar o fôlego, Daniel já se levantava, vestindo-se.

Virei de lado e o observei abotoar a camisa.

— Você não vai ficar esta noite?

— Tenho uma reunião no escritório. Seja boazinha — disse ele, sem olhar para trás.

Lá estava de novo.

Sentei-me. O lençol escorregou do meu corpo.

As mãos dele pararam por um instante, depois continuaram no nó da gravata.

— Daniel.

— Sim?

— Nada.

Ele se virou, roçou um beijo na minha testa e murmurou:

— Estou indo.

Quando a porta se fechou, peguei o celular e disquei um número que sabia de cor.

— Pai, eu vou aceitar o casamento arranjado. Vou me casar com o herdeiro moribundo dos Gaskell em Velport, em duas semanas. Mas tenho uma condição.

A voz dele se animou na hora:

— Ótimo! Diga qual é. Seja o que for, eu concordo!

— Falaremos pessoalmente.

Depois que desliguei, o tablet de Daniel acendeu na mesa de cabeceira, mostrando uma nova mensagem de Serena Jarman:

"Danny, obrigada por ter ido comigo ao hospital hoje. O médico disse que estou melhorando. É tudo graças aos seus cuidados. Vamos ver um filme amanhã, como nos velhos tempos."

Um emoji de beijo encerrou a mensagem.

Fiquei olhando para o texto, com os dedos tremendo. Daniel nunca tinha ido comigo ao hospital, nem mesmo quando quebrei uma costela no treino de equitação.

Vesti-me às pressas e saí, seguindo o carro dele. Ele parou em frente a um dos melhores restaurantes da cidade.

De longe, observei-o caminhar até Serena, em seu vestido branco. Ela parecia mais frágil do que nas fotos.

Ele levantou a mão para ajeitar o cabelo dela, tão gentil que parecia que ela poderia se partir ao toque. Eu só tinha visto essa ternura no rosto dele na cama.

Três anos atrás, papai tinha me entregue a Daniel. Bastou um olhar para aquele rosto austero e bonito para que meus joelhos me traíssem.

Papai lhe dissera:

— Freya precisa aprender as regras da família. Ela é rebelde demais. Só você pode colocá-la nos trilhos.

Eu tinha acabado de voltar do internato. — Rebelde, indomável, incapaz de ceder. Muitos homens haviam tentado me domar. Achei que Daniel seria apenas mais um, mas planejei domá-lo primeiro.

Na primeira vez que nos encontramos, fiz questão de aparecer no escritório dele com uma micro saia.

Daniel estava atrás da mesa, sem sequer levantar os olhos.

— Feche as pernas, Freya.

— Por quê?

— Porque agora, você parece alguém a quem os Seymours se esqueceram de ensinar boas maneiras.

Levantei a barra da saia ainda mais.

— E agora?

Os olhos dele — frios, por trás dos óculos de aro dourado — finalmente se ergueram para mim.

— Saia.

Passei meses lançando contra ele todas as provocações que pude imaginar. Deslizava bilhetes entre seus papéis, sabotava projetos que ele montava e até coloquei laxante no uísque dele.

Ele apenas restaurava a ordem, calmo como sempre, e dizia naquele tom de professor:

— Freya, você é inteligente. Use essa mente para algo melhor.

Uma noite, coloquei algo na bebida de Daniel, querendo vê-lo sem controle. Não esperava que o efeito surgisse antes que eu conseguisse sair.

Ele segurou meus pulsos, respirando com dificuldade.

— O que você colocou na minha bebida?

Sustentei o olhar dele.

— Você já adivinhou. Quer testar?

Aquela noite mudou tudo.

Quando amanheceu, Daniel já estava vestido. Eu me preparei para ouvir um sermão, para ser mandada de volta ao meu pai.

— Daniel, eu...

— Princesa. — Ele roçou minha bochecha. — Isso fica entre nós.

Aquela única palavra me desarmou.

Mantivemos essa estranha relação pelos dois anos seguintes. Durante o dia, ele era o CEO frio e distante. À noite, ele sussurrou "princesa" no meu ouvido e me deixou com as pernas bambas.

Eu acreditava que Daniel me amava, até o meu aniversário naquele ano.

Passei horas me arrumando, vesti meu melhor vestido e reservei o restaurante onde tivemos nosso primeiro encontro. Queria dizer que o amava, que ficaria ao lado dele, custasse o que custasse.

Mas ele nunca apareceu. Esperei três horas, sozinha, até que até os garçons começaram a me olhar com pena.

No dia seguinte, a internet explodiu com fotos de Daniel no aeroporto, recebendo outra mulher. Serena se apoiava em seu braço, e os dois pareciam um casal perfeito.

Descobri então que ele havia esquecido meu aniversário porque estava ocupado buscando outra mulher. Ri amargamente e me embriaguei até perder os sentidos.

Quis perguntar o que eu era para ele. Uma amante? Um objeto? Mas não tive coragem. Eu era solitária demais, viciada demais no calor dele, com medo demais de que, se dissesse isso em voz alta, ele fosse embora.

Naquela noite, encontrei as fotos de Serena no escritório dele e quebrei todos os porta-retratos.

Daniel chegou em casa e viu tudo destruído, mas não franziu sequer a testa.

Mandou as empregadas limparem tudo e cuidarem de mim, depois, passou reto.

Foi aí que entendi, com toda clareza:

Daniel era o herdeiro dos Falkner. — Distante, composto, intocável. Sua calma não era paciência; era orgulho demais para discutir comigo.

Depois disso, ele ainda me chamava de "princesa" na cama, como se nada tivesse mudado, mas eu já havia esfriado por dentro.

No restaurante, Daniel segurava a porta para Serena. Conversavam com leveza, como velhos amigos.

Desviei o olhar e dirigi até a casa dos Seymour.

Na sala, papai e minha madrasta, Rowena Blanchard, assistiam TV. Ele desligou o aparelho assim que me viu entrar.

— Então? Diga suas condições. O que quer em troca para aceitar o arranjo? — Perguntou.

Afundei-me no sofá.

— Quero cortar todos os laços com você.

Papai congelou.

— O que você disse?

Os olhos de Rowena brilharam.

— Vou me casar com o herdeiro moribundo dos Gaskell. Mas, em troca, acabou. Não sou mais uma Seymour. Pode trazer sua amante e sua filha bastarda de volta, se quiser.

— No dia em que você armou aquele acidente e matou mamãe, deixou de ser meu pai.

O rosto dele escureceu.

— Já disse que foi um acidente!

Encarei-o e soltei uma risada sem humor.

— Acidente ou não, mamãe morreu tentando te flagrar com a Rowena, bem ali na estrada. Então pare de fingir ser o pai amoroso.

— Você passou cinco meses tramando para me vender aos Gaskells só para que sua amante pudesse entrar e sua filha ilegítima usasse o nome dos Seymours. Não é esse o acordo?

Papai se levantou de um salto.

— Quer cortar laços? Ótimo! A partir de amanhã, você não é mais minha filha!

— Fechado.

Virei-me para subir as escadas.

— E certifique-se de que os Gaskells saibam. A noiva deles não será mais a herdeira Seymour. Será apenas uma órfã. Vamos ver se ainda vão pagar o preço que você pediu.

No meu quarto, fechei a porta e deixei a atuação cair. Encolhida na cama, deixei as lágrimas caírem… pequenas, frágeis, como as de um animal ferido.

Daniel sequer saberia? Para deixá-lo de vez, cortei o último fio que me prendia ao mundo.

Na manhã seguinte, acordei com o som de coisas sendo movidas lá embaixo. Levantei-me e fui até o topo da escada. Aos pés dela, estava uma figura que eu conhecia bem.

Serena.

Meu sangue gelou.

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