Fiquei em silêncio diante do interrogatório de Daniel. Ele estava de pé ao lado da cama, esperando uma resposta, mas eu apenas encarava o teto.Então o telefone tocou.A voz trêmula de Serena veio pela linha:— Danny, minha mão está doendo tanto…A expressão de Daniel amoleceu na hora.— Já estou indo.Ele desligou, olhou pra mim e disse:— Pense bem no que você fez.E, como tantas outras vezes, virou as costas e foi embora me deixando sozinha, outra vez, por causa de Serena. Fiquei no quarto do hospital, mergulhada no silêncio. Cerca de uma hora depois, a porta se abriu. Serena entrou, a mão direita toda enfaixada, mas com um ar leve e satisfeito.— Freya, como você está se sentindo? — Perguntou. Ela tinha um falso tom de preocupação. Virei o rosto em direção a ela, mas não respondi. Ela puxou uma cadeira e sentou ao meu lado, um sorriso doce nos lábios.— Freya, quero te contar uma história.— Não quero ouvir.— Mas a história é sobre você — disse, com um brilho malic
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