— Você esqueceu do resgate no coquetel no iate há dez anos?
Perguntou Xavier.
Freya ficou imóvel.
Num instante, foi transportada de volta ao passado… Estava encostada no parapeito do convés, sentindo a brisa, quando ouviu um splash. Um garotinho havia caído no mar. Antes que alguém reagisse, ela já havia pulado.
A água era gelada como uma forte brisa de inverno. Freya nadou com força até a figura que se debatia e, depois de engolir vários goles de água salgada, conseguiu arrastá-lo até a margem.
Encharcada, ajoelhou-se para prestar os primeiros socorros.
— Você está bem?
O menino tossiu algumas vezes, expelindo água. Quando abriu os olhos, ainda havia gotinhas presas em seus cílios. Freya tirou o casaco e o envolveu no garoto trêmulo.
— Garotinho, tenha mais cuidado da próxima vez. Não saia correndo para o convés.
O menino segurou a barra do casaco dela, os olhos brilhando como estrelas.
…
Freya voltou a si, olhando para Xavier, incrédula.
— Aquele pirralho que caiu no