No vigésimo sétimo dia de seu cativeiro, Freya aprendeu a ceder. Parou de lutar, desistiu da greve de fome e até lhe oferecia um pequeno sorriso de vez em quando.
Daniel, a princípio, desconfiou, mas aos poucos começou a acreditar que ela havia aceitado o próprio destino.
Naquela manhã, ele estava de pé ao lado da cama, ajustando a gravata.
— O que você quer no café da manhã?
Encostada no encosto da cama, os longos cabelos caindo pelos ombros, Freya respondeu com calma:
— O que você fizer.
Os dedos dele pararam no ar. Uma centelha de surpresa brilhou em seus olhos antes de ele sorrir.
— Certo.
Virou-se e seguiu em direção à cozinha, os ombros finalmente relaxados. Freya observou sua silhueta desaparecer pela porta, então jogou as cobertas para trás e tirou debaixo do colchão um pequeno computador do tamanho da palma da mão. Ela o havia roubado do escritório de Daniel na semana anterior.
Seus dedos deslizaram velozes pelo teclado, linhas de código passando num borrão. Em sil