Os negócios do Grupo Falkner afastaram Daniel da ilha por alguns dias.
Na terceira noite após sua partida, Freya ficou diante das janelas panorâmicas, observando o último traço de sol sumir no horizonte.
Uma empregada entrou silenciosa, trazendo um copo de leite.
— Sra. Falkner, por favor, tente beber um pouco.
Freya não se moveu. Apenas perguntou:
— Quando ele volta?
— O Sr. Falkner disse que voltará assim que terminar os assuntos da empresa.
O copo voou contra a parede, se espatifando. O leite escorreu pelo chão.
Freya soltou uma risada amarga.
— Eu não sou "Sra. Falkner". Saia.
Apavorada, a empregada recuou. Freya se abaixou e pegou o caco mais afiado.
…
Enquanto isso, Daniel estava à cabeceira da mesa de reuniões do Grupo Falkner.
Ouvia os relatórios da equipe, o polegar deslizando distraído pelo vidro do celular. Na tela, havia uma imagem de segurança recebida na noite anterior: Freya na praia, olhando o mar. Sua silhueta parecia tão frágil que o vento poderia levá