Janete é uma mulher destemida, conhecida por sua personalidade difícil e por buscar as aventuras mais perigosas. Ela não se deixa prender por convenções e está sempre em busca do próximo desafio. Quando sua amiga a convida para ir a um baile no morro do Tijuca, Janete reluta, mas a promessa de emoção acaba sendo irresistível.No entanto, o que era para ser apenas uma noite de diversão se transforma em um jogo de sedução e perigo quando ela conhece Pantera, um homem enigmático e cheio de mistério. Ele é o tipo de homem que Janete nunca imaginou se envolver: intrigante, sedutor e com um poder que parece ter o controle de tudo ao seu redor.A atração entre eles é instantânea, e Janete se vê mergulhada em uma noite repleta de tensão, riscos e desejos intensos. Mas Pantera tem seus próprios segredos e, ao se envolver com ele, Janete precisa enfrentar não apenas seus próprios limites, mas também as consequências de se jogar em um mundo onde o perigo e a paixão andam lado a lado.Será que Janete conseguirá controlar essa paixão avassaladora ou se perderá em um jogo que pode mudar sua vida para sempre?
Ler maisPantera Narrando Acordei com o toque do celular, mas antes de atender já sabia que era ela. Minha morena. Janete tem esse dom de ocupar minha mente até no sono. Peguei o fone, vi a mensagem dela, dei aquele sorriso de canto e pensei: "é ela mesmo, parça… é ela."Levantei da cama, dei uma passada na pia pra lavar o rosto, depois fui pra quebrada ver como tavam as contas da boca. Ninguém sobe nem desce sem eu saber, e hoje era dia de resolver umas tretas pendentes com uns vacilão que tavam querendo fazer graça onde não pode.— Ô Pivete, traz aquele caderno lá — falei pro menor que tava na entrada da laje.Peguei a contabilidade, revisei tudo, vi que tava tendo um rombo ali que não era normal. Respirei fundo, deixei a raiva vir só até a garganta.— Já saquei quem tá metendo a mão. Mais tarde vou trocar ideia com esse mané.Mas antes disso, tinha algo melhor pra fazer: ver minha morena. Passei no mercadinho, comprei uns docinho que ela gosta, e segui pro apê dela.Cheguei na portaria, já
Janete Narrando Quando a Nath me ligou, eu já sabia que vinha bomba — mas dessa vez, foi uma bomba boa. Assim que atendi e vi o sorriso dela, já entendi tudo.— TÁ NOIVA! — gritei antes mesmo dela abrir a boca.Ela só riu, aquela risada dela de quem tá feliz de verdade. E quando me mostrou a aliança, menina... fiquei até emocionada. Não era só o anel bonito, era o brilho no olho dela. Era o jeito que ela falava do Blackout... aquele cara mudou por ela. E olha que eu duvidei, viu? Mas ele virou outro homem por causa dessa mulher.Depois que desliguei, fiquei ali sentada na cama, só pensando. A Nath merecia isso. Depois de tanta dor, tanta luta, ela merecia um amor assim, de verdade, inteiro, sem medo. Fiquei lembrando da gente mais nova, sonhando com esses contos de fada, rindo das novelas... E agora, ela tava vivendo o dela.Peguei o celular de novo e abri o bloco de notas.Lista da madrinha Nath: vestido, maquiagem, cabelo, presente top, discurso emocionante (sem chorar feio!)Ri so
Nath Narrando Eu ainda tava deitada, com a cabeça no peito dele, sentindo a respiração do Blackout desacelerar aos poucos. O quarto tava em silêncio, só o som do ar-condicionado e nossos corações batendo forte. A luz vermelha deixava tudo mais intenso, mais vivo.Fechei os olhos por uns segundos, tentando guardar aquela sensação. Me sentia segura, completa… amada de um jeito que eu nunca tinha sentido antes. Ele passou a mão no meu cabelo devagar, como se quisesse me manter ali pra sempre.— Cê sabe que eu te amo, né? — ele falou baixinho, quase num sussurro.Meu coração deu um pulo. Eu sabia. Eu sentia. Mas ouvir da boca dele me desmontou. Levantei o rosto e encarei aqueles olhos escuros que sempre me liam por dentro.— Sei… e eu também te amo. Mais do que achei que fosse possível amar alguém um dia — respondi com a voz meio embargada.Beijei ele devagar, com carinho, com tudo que eu sentia. Depois me aconcheguei de novo no peito dele, sorrindo sozinha.Aquela noite não era só sobre
Blackout Narrando Acordei com o coração batendo diferente, tá ligado? A Nath tem sido meu porto, minha brisa no meio desse corre louco. E hoje… hoje eu decidi: vou pedir ela em casamento. Já era, mano. Essa mulher me ganhou.Levantei cedo, botei a peça mais alinhada que tinha no guarda-roupa, dei aquele tapa no visu e parti pro shopping. Entrei na joalheria com a responsa na alma.— Quero as alianças mais braba que cês tiver, patrão. É pedido de casamento, tá ligado?A atendente sorriu, me mostrou umas opções, e quando bati o olho num par de ouro branco com uns detalhes finos, eu soube que era aquilo. A cara da Nath. Fechei a compra, já saí com as alianças no bolso e o sorriso travado de nervoso.Depois fui direto pro restaurante que ela sempre fala que tem vontade de conhecer — chique, luz baixa, música ao vivo, aquele climinha de filme, tá ligado? Reservei uma mesa top, com vista pra cidade.— Quero tudo no grau. Jantar especial, luz de vela, vinho… hoje é noite de fazer história.
Pantera narrando Mano… eu tava ali deitado, ainda sentindo o perfume da Janete grudado em mim, e só conseguia pensar numa fita: como é que essa mulher virou meu mundo assim, sem nem pedir licença?Ela tem um jeito que bagunça minha mente, cê tá ligado? É brava, não abaixa a cabeça pra ninguém, mas comigo… com nós, é diferente. Quando ela se entrega, é tipo tempestade e calmaria no mesmo instante. Eu fico doido.Depois do fogo que a gente fez queimar no apê, ela deitou no meu peito e ficou em silêncio por uns minutos. Só o som da respiração dela já me deixava em paz. Passei a mão no cabelo dela devagar e falei:— Tu sabe que eu vou cuidar de tu, né, morena? Custe o que custar.Ela levantou o rosto, olhou no fundo dos meus olhos e sorriu daquele jeito que me desmonta.— E eu vou tá contigo, Pantera. Do seu lado… sempre.Mano… aquilo ali bateu mais forte que qualquer rajada. Porque nesse mundo de guerra e traição, encontrar alguém que fecha contigo de verdade vale mais que ouro.Eu sou
Janete narrando Eu tava no escritório, tentando colocar a cabeça no lugar. A papelada na minha frente parecia dançar, e por mais que eu tentasse focar, minha mente insistia em voltar pro Pantera. Algo dentro de mim dizia que aquele dia não seria como os outros.De repente, meu celular vibrou. Era uma mensagem dele: “Tô indo te ver. Precisava olhar nos teus olhos depois de tudo.”Meu coração deu um salto. Eu sabia que alguma coisa tinha acontecido. Ele não era de mandar esse tipo de mensagem do nada. Respirei fundo, me levantei da cadeira e fui até o espelho do banheiro. Me encarei. O cabelo tava meio bagunçado, a maquiagem já meio borrada. Dei um jeitinho ali mesmo, só pra não parecer que passei a tarde toda me remoendo por dentro.Minutos depois, ouvi o barulho da moto lá fora. Ele sempre chegava com aquela presença... inconfundível. O tipo de homem que carrega a rua inteira com ele quando pisa em qualquer lugar.Abri a porta e lá estava ele. Suado, olhar intenso, aquele jeito dele
Pantera Narrando Acordei com o toque do rádio chiando na mesa. O bagulho já veio direto: — Movimentação estranha na parte baixa do morro. Nem tomei café, nem botei camisa. Só enfiei o radinho no bolso, calcei o chinelo e desci.O sol nem tinha subido direito, mas a quebrada já tava no gás. Molecada encostada, olho virado, todo mundo querendo saber se era treta. E eu, bolado. Porque se tem uma parada que eu não suporto, é traíra querendo subir na miúda.— Fica esperto, que hoje o dia vai ser longo — eu falei pro Blackout quando ele apareceu no beco com cara de sono.— Que foi, Pantera? — ele perguntou coçando o olho.— Tão querendo testar minha paciência, irmão. E eu não sou muito de dar segunda chance, não...Na moral? Quando eu vejo os moleque querendo se criar, querendo ser Pantera, eu só dou risada. Porque ser Pantera é sangue nos olhos, visão de águia e mente fria. Não é pra qualquer um. Hoje, alguém vai aprender isso na marra.Cheguei lá no alto do morro com o coração batendo
Nath narrando Acordei com o celular apitando notificação atrás de notificação. Grupo da firma, Instagram, WhatsApp… mas só fui abrir de verdade quando vi o nome da Janete ali. Ela tinha me mandado uma foto do crachá novo com a palavra "COORDENADORA" bem grandona. Eu gritei sozinha no quarto.— EU SABIA, PORRA!Levantei, ainda com o pijama velho e o cabelo todo bagunçado, e fui direto pra cozinha fazer um café pra comemorar como se fosse pra mim. Mas era pra ela, porque ver a Janete vencendo é como se eu também vencesse junto, tá ligado?Enquanto passava o café, fiquei pensando em tudo que a gente viveu juntas. De quando ela quase desistiu de tudo até agora, se tornando uma mulher foda, decidida, que sabe o que quer. E o melhor: sem deixar de ser ela mesma. A Janete não precisou se moldar pra caber em lugar nenhum — foi o mundo que teve que abrir espaço pra ela.Mandei um áudio:— Eu tô MUITO orgulhosa de você, mulher. Tipo… de verdade. Se você duvidar, eu te dou um tapa só pra você l
Janete narrando Quando ele falou daquele jeito, olhando nos meus olhos como se nada mais existisse, meu coração disparou. Pantera... ele tem esse jeito bruto, de quem carrega o mundo nas costas, mas quando fala comigo, parece que é só o homem, não o chefe da boca.Eu respirei fundo, tentando manter a pose, mas por dentro eu tava derretendo. Ele falou de futuro, de construir algo comigo, e por mais que eu tente ser racional, dizer que o morro é perigoso, que a gente vive num campo minado... a verdade é que eu quero. Eu quero sim.Olhei pra ele, firme, e disse que topava. Que a gente ia junto, no que desse e viesse. E naquele momento, juro, eu senti que tudo podia dar certo. Que mesmo no meio do caos, dava pra florescer alguma coisa bonita. E se for com ele... eu encaro o mundo.Pantera sorriu daquele jeito torto dele, meio marrento, meio encantador, e só de ver aquele sorriso, minhas certezas se firmaram. Eu já passei por tanta coisa, já enfrentei medo, dor, traição… mas agora, com el