Janete Narrando
Acordei com aquele cheirinho de café invadindo o quarto, e já sabia... era coisa do Pantera. Ele fazia umas surpresas que, olha, mexiam comigo. Me espreguicei devagar, ainda sentindo no corpo a noite passada, e quando abri os olhos, lá estava ele: sorriso torto, bandeja na mão, e aquele olhar de quem planeja coisa boa.
— Bom dia, minha rainha — ele disse, pousando a bandeja no colo da cama.
— Você tá mimando demais essa mulher aqui, hein... — falei rindo, pegando o copo de suco.
Ele sentou do meu lado, me deu um beijo na testa e falou daquele jeitão dele:
— Cê merece o mundo, Janete... mas por enquanto vai ficando com o café mesmo.
A gente riu junto, e aí ele me contou do baile surpresa pro Blackout e a Nath. Eu fiquei toda empolgada, porque sabia o quanto aquilo significava pra ele — e pra mim também. Tamo virando uma família ali, no meio do caos, dos corres, do morro e da vida doida.
— E eu vou tá do seu lado pra tudo, Pantera. Cê sabe disso, né?
Ele assentiu, olhan