Pantera narrando
Eu não sou de fazer jogo longo, mas com a Janete, cê vê, a parada é diferente. Ela me provocou, me testou, e eu dei um passinho atrás. Mas não porque eu tava recuando, não. Só tava vendo até onde ela queria me levar. Ela é daquele tipo que gosta de deixar o cara se perdendo, achando que tá no controle. Mas quem me conhece, sabe que eu sou o tipo de homem que gosta de deixar a mina pensar que é ela quem tá dominando.
Fui na minha, como sempre faço. Dei a resposta seca, sem pressa, sem afobação. Isso era o que ela queria. Ela tava me sentindo. E eu, claro, tava curtindo cada segundo.
Olhei ela mais uma vez, com aquele sorriso meio torto, e saí da visão dela. Certeza que ia rolar de eu voltar depois, mas eu não ia chegar lá correndo, não. Tava tudo no meu tempo. Se ela queria continuar com a marra dela, que continuasse. A verdade é que, no final, quem manda no jogo sou eu.
Mas, no fundo, eu sabia. Ela tava me querendo. E ela também sabia disso. Só tava fazendo a linha d