Entre Ódio e Desejo – de Karen Pinheiro Uma noite de máscaras mudou tudo. Agora, entre ódio e desejo, eles estão presos em um jogo perigoso que pode arruiná-los… ou uni-los para sempre. Tessa é uma neurocientista brilhante, focada em sua carreira e determinada a conquistar reconhecimento em um meio dominado por homens. Demian é um jovem CEO bilionário, acostumado a controlar tudo e todos ao seu redor. Dois mundos que jamais deveriam se cruzar… até que uma noite arrebatadora em um baile de máscaras os une sem nomes, sem promessas, apenas desejo. Anos depois, o reencontro é inevitável. O choque de personalidades é explosivo: ela o acha arrogante e insuportável; ele a considera fria e presunçosa. Mas por trás das provocações, há uma química impossível de ignorar. Entre beijos roubados, discussões acaloradas e segredos que podem mudar tudo, Tessa e Demian vão descobrir que entre o ódio e o amor existe apenas uma linha tênue — e atravessá-la pode custar muito mais do que estão dispostos a perder. 💋 Um romance intenso, cheio de desejo, rivalidade e paixão proibida. Perfeito para quem ama histórias de inimigos que não conseguem resistir um ao outro.
Ler maisO gosto dela ainda estava nos meus lábios quando a porta bateu atrás dela. Era quase nada, um roçar breve, uma promessa interrompida, mas suficiente para incendiar cada nervo do meu corpo. Eu nunca havia sentido tanta raiva e desejo ao mesmo tempo. Raiva por ter sido interrompido. Desejo porque, pela primeira vez em anos, estive prestes a atravessar uma linha que sempre jurei manter intacta.E então, em vez de ter o prazer de finalmente provar aquele beijo, tive que encarar o fantasma do meu passado.Minha ex, Monique, estava parada no meio da sala, com aquele sorriso de posse que eu sempre odiei. Ela falava em casamento, em acordos, em promessas velhas como poeira. Eu não ouvi metade. Tudo o que minha mente repetia era a imagem de Tessa me olhando como se eu tivesse acabado de trair uma confiança que nunca existiu, mas que, de alguma forma, era a mais real que já senti.— Você não deveria estar aqui, Monique. — disse com frieza, tentando manter o controle.Ela riu, como sempre fazia
O mundo pareceu desmoronar em questão de segundos. Um instante antes, eu estava presa entre o balcão de mármore e o corpo de Demian, sentindo a respiração dele misturar-se à minha, o calor do beijo que quase se consumou queimando na pele. No instante seguinte, a porta abriu e aquela mulher surgiu, com o sorriso vitorioso de quem reivindica algo que eu jamais teria coragem de pedir.— Voltei. Agora podemos finalmente casar, como havíamos concordado.As palavras dela ainda ecoavam nos meus ouvidos quando meu corpo reagiu por mim. Recuar foi instinto. Pegar minha bolsa foi necessidade. E sair daquela casa, urgência.— Tessa… — a voz dele soou atrás de mim, baixa, quase um pedido.Não olhei para trás. Se eu o encarasse, perderia as poucas forças que ainda me mantinham erguida. Cruzei o corredor com passos firmes, mas por dentro tudo estava quebrado. Segui em direção ao estacionamento da mansão, cada batida dos meus saltos reverberando como se fosse um martelo dentro do meu peito.A chave
Festas nunca foram o meu lugar preferido. Pessoas demais, conversas banais, risadas que soam ocas depois de alguns minutos. Mas quando Sophie me pediu ajuda para organizar a surpresa de Liam, percebi a oportunidade escondida: Tessa.Sabia que ela não conseguiria escapar de Sophie. E se ela entrasse na minha casa, cercada por paredes que pertenciam a mim, não haveria fuga possível.No dia da festa, fiquei satisfeito em ver que meu palpite estava certo. Ela chegou pontual, como sempre, linda de tirar o folego, carregando caixas e planilhas mentais, pronta para transformar qualquer bagunça em ordem. Gosto de como ela tenta controlar o ambiente, como se pudesse manter todos os monstros longe apenas alinhando copos de cristal.— Você realmente leva a sério esse negócio de alinhar copos — disse, aproximando-me, só para ver aquele músculo da mandíbula dela endurecer.— Se vamos fazer, que seja direito. — Nem se deu ao trabalho de me encarar.Ela não percebia que essa frieza só me alimentava.
Meu celular vibrou no fundo da bolsa. Eu estava no meio de uma pilha de anotações, tentando dar forma a um relatório que precisava entregar até a manhã seguinte, quando o nome da Sophie piscou na tela. Suspirei, já prevendo alguma tempestade social que ela esperava que eu resolvesse.— Oi, Soph. — atendi, apoiando o queixo na mão. — Tudo bem? Em que posso ajuda-la?A risada dela atravessou a linha, leve demais para o peso que eu carregava.— Sempre direta. Mas prometo que é por uma boa causa. Preciso da sua ajuda.— Minha ajuda acadêmica ou pessoal? — perguntei, já sabendo a resposta.— Pessoal. Liam faz aniversário essa semana e eu quero organizar uma festa surpresa. Nada grandioso, só para os mais próximos. E amiga, se sabe que ele merece.Afastei a caneta dos papéis, ela tinha razão, se alguém merecia demonstrações de afeto, esse era Liam, e Sophie amava fazer as demonstrações mais clichês que conhecia.— E onde eu entro nessa história?— Quero que você me ajude com os detalhes. Or
Era fácil irritar Tessa Grant. Bastava um sorriso de canto, uma provocação bem colocada e pronto, ela se armava como se estivesse prestes a ir para uma guerra. Mas o que me intrigava não era a sua raiva. Era o que havia por trás dela. Havia uma profundeza em seus olhos que me fazia perder o folego. Na cafeteria, quando segurei o braço dela, senti de novo. Aquele arrepio involuntário, a respiração presa, os olhos escuros faiscando em desafio. E, por um instante, eu tive certeza: já havia sentido aquilo antes.O problema era onde.Deitei no sofá do meu escritório naquela noite, sem sono, um copo de uísque na mão. Fechei os olhos e a lembrança veio. O baile beneficente, as máscaras, a música abafada ao longe. Uma mulher que surgiu como miragem tão linda que não parecia real. Não lembro como começamos a dançar, não lembro o que falamos. Só lembro da urgência. Do beijo. Da entrega. E do vazio que ficou quando acordei sozinho, com lençóis amassados e nenhuma pista de que
O problema de Demian Kim não era apenas a sua arrogância. Era o efeito que ele tinha em mim. Odiava admitir isso até em pensamentos, mas meu corpo insistia em trair minha razão sempre que ele estava por perto.Naquela noite, depois do coquetel, tentei ignorar. Me tranquei no meu apartamento, coloquei música clássica, abri um arquivo de pesquisa para revisar. Mas não adiantou, não conseguia me concentrar em nada, a não ser na presença de Demian. O perfume dele ainda estava impregnado na minha pele, como se tivesse ficado colado em mim. E com ele, a lembrança que eu queria esquecer: o baile de máscaras. A noite que simplesmente eu me entreguei a um completo desconhecido, nem seu nome eu havia perguntado. Porém, aquela noite tinha sido tão inexplicavelmente maravilhosa como também imprudente. Fechei os olhos e vi de novo. O jardim escondido, as luzes douradas refletindo nas pétalas úmidas, o calor de mãos que seguravam as minhas como se fossem únicas no mundo. O beijo urg
Último capítulo