Júlia Ricci é uma jovem e recém-formada arquiteta que ama o que faz. Contudo, a moça é mãe solteira e a sua vida gira em torno do seu único filho, Alex Ricci. Um garotinho de apenas sete anos que precisa com urgência de um transplante de coração. Entretanto, Júlia jamais poderá arcar com os custos de uma cirurgia desse padrão. Mas ela o ama desesperadamente e desistir do seu filho nunca será uma opção. David Bennett é o CEO e sócio majoritário da Bennett Designer S/A. Um CEO jovem, poderoso, arrogante e prepotente, que devido a um passado conturbado e doloroso ele não confia nas mulheres, mas principalmente no amor e não importa o tipo de amor. Ele simplesmente não acredita nesse sentimento. Entretanto, a sua nova funcionária chama a sua atenção por sua beleza e jovialidade e ele não hesitará em fazer-lhe uma PROPOSTA INDECENTE.
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Júlia
— Nossa, está tudo muito lindo, Júlia! — Melissa, minha melhor amiga de infância diz, abrindo um sorriso para linda e colorida decoração de um aniversário infantil.
Sorrio também.
— Você acha que ele vai gostar? — pergunto, sentindo-me ansiosa pela chegada de Alex.
E pensar que nem tudo era simples e feliz assim na minha vida. Lembro-me do dia que me apaixonei à primeira vista pelo jovem e lindo Adrian, e pensei que esse seria o começo para uma felicidade plena e sem fim. E eu sei que teria sido exatamente assim se não fosse um maldito acidente que o tirou precocemente de mim. Depois, em meio a dor da sua perda, descobri que Adrian havia deixado um presente valioso para mim. Eu estava arrasada, mas estava grávida também. Perdida em uma linha temporal entre a felicidade de esperar um bebê e a tristeza de perder meu grande amor. Então descobri que pelo meu filho eu teria que sobreviver a essa tempestade. Por um tempo me vi sozinha e desesperada, mas tive que me recompor. Portanto, dediquei-me a terminar minha faculdade de arquitetura e migrei de empresa em empresa em busca do melhor para o meu pequeno Alex, que crescia dentro da minha barriga em forma de amor e de carinho. E após o seu nascimento, tive o apoio de alguns amigos. Melissa e Paco sempre foram o meu braço forte, já que sou sozinha nesse mundo.
— Está brincando? Ele vai amar essa linda surpresa! — Melissa fala com uma animação extravagante, me despertando dos meus pensamentos. E ela tem razão. Essa é a primeira festa de aniversário de verdade que faço para Alex. E céus, tudo está exatamente do jeito que ele descreveu nos seus sonhos infantis.
Sorrio satisfeita.
O fato de me formar em arquitetura – um incentivo do meu falecido marido, me abriu outros caminhos e me devolveu a dignidade. E atualmente estou trabalhando para a Bennett Designer S/A. Uma das maiores empresas de designer e arquitetura desse país e do mundo. E essa oportunidade me rendeu esse momento mágico com o meu primeiro salário. Hoje Alex está fazendo sete anos e realizar o seu sonho de criança é mais do que uma satisfação para mim.
— Eles chegaram! — Elizabeth, uma vizinha avisa com uma empolgação contida, escondendo-se atrás de uma cortina. E logos nos animamos a fazer o mesmo, escondendo-nos atrás de alguns móveis.
— A mamãe não chegou ainda? — Escuto o meu filho resmungar para o seu padrinho, que também é nosso vizinho e grande amigo ainda no hall da nossa casa.
— Você sabe que ainda é cedo, não é?
— Não importa. É o meu aniversário, Paco. — Ele retruca com um certo tom de cobrança, me fazendo sorrir.
— Relaxa, garotão! Logo você vai poder abraçá-la e ela vai te paparicar como sempre faz. Agora, que tal uma partida de videogame? — Ele sugere, o atraindo para a sala.
— Yes! — E o garoto vibra, aceitando sem pensar duas vezes e logo escuto os seus passos apressados para dentro do cômodo.
Então eu penso, é agora!
— Surpresa!!!
Todos gritamos em uníssono, surgindo repentinamente de trás dos nossos esconderijos, com sons de assobios, palmas e cornetas, preenchendo os olhos escuros do meu garoto de espanto. Confesso que é mágico ver o seu sorriso cheio de surpresa se abrir nos seus lábios. E o brilho nos seus olhos parecem irradiar por todos os cantos dessa sala. Alex festeja com alegria ao perceber todos os balões coloridos ornados com fitas e uma mesa farta cheia de doces e salgados, além de um bolo com o tema do seu herói favorito.
— Mamãe! — Meu filho grita feliz da vida e confesso que esse é o meu melhor prêmio. Vê-lo correr para os meus braços, enquanto esbanja o mais lindo sorriso do mundo. E céus, eu o beijo infinitas vezes, aspirando o seu cheiro gostoso, sem conseguir largá-lo um só segundo. E é como se o meu coração fosse explodir de tanto amor.
— Parabéns, meu filho! — sussurro, ampliando o meu sorriso. Não demora e estamos cantamos parabéns para você. E minutos depois, Alex abre seus presentes com extrema alegria. E após devorar uma fatia generosa do seu bolo predileto, ele me envolve com seus braços carinhosos em um abraço apertado que eu amo tanto.
— Mãe, eu posso ir brincar com eles agora?
Não tem como dizer não. A final é o dia dele.
— Claro, filhão. Vai lá!
Passo um temo o observando com orgulho, enquanto ele se afasta e pega a sua bola para brincar no jardim com os seus coleguinhas de escola. E Deus, eu simplesmente não consigo desviar os meus olhos de cima dele.
— Você é mesmo uma mãe espetacular. — Paco sibila, encostando-se na mureta da varanda bem do meu lado.
— E você é um grande amigo. — O olho rapidamente, voltando a assistir a brincadeira das crianças. — E eu nunca poderei agradecê-lo o suficiente por tudo que faz por ele.
— E nem precisa. Eu amo esse garoto como se ele fosse meu. — Essa sua declaração me faz olhar nos seus olhos. Paco fica sério e suas retinas parecem querer perfurar as minhas.
— Mas, o que houve? — A indagação preocupada de Mel me faz desviar os meus olhos de cima do meu amigo para olhar na outra direção. — Alex?! — Ela o chama com preocupação, enquanto o fito parado no meio do jardim. Alex parece que não consegue respirar direito e o meu coração para bruscamente.
— Alex?! — O chamo completamente apavorada e corro ao seu encontro no mesmo instante que ele cai sem forças no chão. — Alex?! — Me desespero, ajoelhando-me do seu lado, quando sinto o quão ele está gelado e amolecido. — Filho, fala comigo, por favor! — peço, mas ele não reage.
— O que aconteceu? — Paco pergunta para as crianças, que parecem assustadas.
— Eu não sei. — Uma delas responde.
— Estávamos brincando de pique-esconde e de repente ele parou e… ele caiu.
— Vamos levá-lo para o hospital agora! — Meu amigo o segura repentino nos seus braços e sai com pressa do quintal.
— Eu vou pegar a minha bolsa! — aviso um tanto exasperada e segundos depois, estou no banco traseiro do seu carro cuidando do meu filho, que parece fraco agora.
O destino não pode ser cruel comigo outra vez.
Penso, mas acredito que isso é mais uma prece. Eu não posso perder mais alguém próximo a mim. Por Deus, eu não suportaria a ideia de viver sem ele.
Alex— Que tipo de pergunta é essa? — Tranquilamente cruzo as minhas pernas e volto a bebericar o meu café.— O Senhor me garantiu que eu não o veria nessa casa. Que sairia antes que eu acordasse e que retornaria após ter me recolhido…— Qual é o problema, Elena? — inquiro e fico de pé, e ousadamente dou alguns passos para perto dela. Elena não se mexe. Ela continua com a sua postura inclinada e apoiada no tampo. — Por que quer me manter distante?— O que?O seu nervosismo é palpável. Portanto, ouso chegar mais perto dela. O seu perfume imediatamente invade as minhas narinas. A fragrância suave e adocicada faz a minha cabeça dá um giro rápido e lembranças de momentos felizes me absorve. Fecho os meus olhos. E os meus dedos tremem de ansiedade de tocá-la. Contudo, não faço.— A caso tem medo de descobrir que ainda me ama? — O som sai baixo demais.Porque eu sei que ainda a amo. Seguro as palavras na ponta da minha língua.Elena
AlexUma semana depois…A voz de Dean Lewis grita dentro dos meus ouvidos, enquanto acelero os meus passos em uma estrada estreita de barro. Os meus pulmões reclamam e meu coração bate acelerado dentro dos meus ouvidos. Minha respiração extremamente pesada, comprime meus pulmões. Mas eu não paro. Não consigo parar, porque a minha cabeça está girando em mil pensamentos. Uma semana casados, evitando encontrá-las nos corredores daquela casa. Tentando cumprir a minha promessa, mas porra, por que isso é tão difícil?Penso em nós dois. Nos nossos sentimentos. Nos nossos momentos e me pergunto; por quê? Por que eu fui tão pretencioso com o destino? Como pude pensar que teria as duas coisas ao mesmo tempo? Eu escolhi o poder, não o amor. Escolhi ser gigante, mas é ela quem é inalcançável.— Vem, borboletinha! Vem, borboletinha! — Um grito baixo e infantil me faz parar a minha corrida até a entrada da casa e novamente sou atraído para o outro lado do jardim.A menina. Penso, olhando-a concentr
Elena… Uma mulher do seu passado que insiste em continuar entre vocês.Já faz quatro anos. Não é possível que Alex Ricci tenha pensado em mim por todo esse tempo. Não, tolinha. Isso é impossível. Com certeza teve outros amores. Outras mulheres em sua cama. Não eu.— Senhora, Ricci? Por aqui por favor! — Desperto quando uma recepcionista me chama e automaticamente a sigo para dentro de um corredor com revestimento amadeirado em suas paredes. — O senhor Capelli irá recebê-la agora.— Obrigada! — Ela abre uma porta escura e logo encontro a face sorridente do advogado da família Ricci.— É bom vê-la, Senhora Ricci!— Elena. Me chame apenas de Elena — peço, acomodando-me na cadeira que ele puxa para me sentar. — Por que me chamou aqui, Doutor Capelli?— Preciso que conheça uma das empresas Ricci, onde você atuará como CEO em poucos dias.Me engasgo no mesmo instante.— Como é que é?— A sua filha é herdeira cem por cento de todo o legado Ricci, Elena. Alguém precisa tomar conta dessas emp
Elena— Hum! — solto um gemido baixo e apreciativo, sentindo o suave calor do sol que invade o meu quarto e ao abrir uma brecha de olhos, encontro um céu azul, de um dia claro. Suspiro alto, porém, arrastado e virando-me na cama para encontrá-lo: o vestido de noiva jogado no chão como um fardo que eu nunca pedi para carregar e ao lado, os saltos altos, largados de qualquer jeito. Imediatamente ergo a minha mão esquerda e miro na aliança, que não se acanha em exibir todo o seu brilho em contato com a luz do dia.Estou casada.Esse pensamento me atravessou como um punhal. Uma respiração profunda logo escapa dos meus lábios. Pesada, Difícil.— Ain! — Solto um gemido frustrado e encaro o teto.Um ano. Apenas um ano e tudo terá terminado. Mas, enquanto isso, o que eu faço com…— Aurora! — Sento-me no meio da cama em um rompante e com uma pressa angustiante, me arrasto para fora da cama, visto um sobretudo de ceda e saio apressada do meu quarto, direto para o quarto da minha filha.Estanco
Alex… Olha, você não precisa se “afastar” realmente. … O que eu estou tentando te dizer é, esteja sempre lá, mas sem estar, entendeu?… Deixe que Elena te veja o tempo todo, a cada momento, mas não se aproxime. … Deixe que ela faça isso.As palavras de Simon quebram o maldito silêncio dentro do carro, enquanto foco no trânsito calmo. Do meu lado, no banco do carona tem uma Elena silenciosa, sempre com o seu olhar fixo na janela e eu sei que ela está perdida em seus próprios pensamentos. Minutos depois, paro na frente da mansão Ricci e enquanto o veículo corre pela longa passarela de concreto, fito a sua estrutura antiga.Fito os ramos de hera alastrando-se pelas paredes rústicas, contornando as janelas largas de madeira e vidro. E quando estaciono o veículo, me forço a encarar o seu olhar rígido, mas Elena não se mexe e pela respiração levemente pesada, julgo que ela adormeceu. Ansioso, viro-me para olhá-la com mais atenção.Tão linda!… Sou sua, Alex. Elena sussurrou sofregament
ElenaEu devia desistir dessa loucura! Penso em um misto de angústia e desespero, fitando o vestido branco de um glamour incomparável, abraçando o meu corpo. A sua saia inflada se arrasta preguiçosamente pelo chão quando dou dois passos para mais perto do exuberante reflexo da noiva. A coroa exibe o brilho extremo das minúsculas pedras que a cravejam. E um véu fino se deita sobre a minha cabeça, escorrega pelas minhas cortas e encontra o piso lustroso, expandindo-se pelo cômodo.… O meu maior erro foi soltar a sua mão quando você mais precisou de mim.Meus olhos se enchem de lágrimas ao me lembrar das suas palavras.— Isso é uma grande loucura! — digo para a linda noiva em pé na minha frente. — O que você vai fazer depois disso? Como vai escondê-la dele?Agitada, largo o buquê em cima da cama, me livro dos sapatos e levo uma mão para a coroa, a fim de me livrar dela.— Mas o que você está fazendo?Anita adentra o quarto de repente e me impede de continuar. — Você está tão linda! E por
Último capítulo