O que acontece depois do felizes para sempre? Henrique e Nicole tinham um relacionamento dos sonhos, se conheciam a vida toda e estiveram juntos a maior parte desse tempo. Mais depois de uma gravidez não planejada e de risco, um parto prematuro e um bebe com problemas de saúde, o relacionamento está abalado. Rodrigo, irmão de Henrique, e Nanda, a melhor amiga da Nicole, não suportam mais verem os amigos sofrendo e resolvem intervir. Será que vale apena se esforçar para salvar um relacionamentos que está por um fio?
Leer más"Espero sempre ter alguém especial como você" - Especial como você - CPM 22
— Chamamos vocês aqui hoje porquê..., porquê..., — Nanda hesitou um pouco antes de dizer num fôlego só — Vocês dois estão sendo idiotas demais! Nós não suportamos mais ver vocês jogando o relacionamento fora quando tá obvio o quanto vocês ainda se amam!Nessa hora meu cunhado, geralmente brincalhão, levanta e demonstrando total apoio a minha amiga (o que é uma surpresa, pois, em geral, esses dois não se suportam), diz:
— Nós criamos um esquema pra ensinar a vocês como ser um casal de novo!
======== Henrique e eu, nos conhecemos desde sempre. Nossas famílias são amigas, então crescemos juntos e acho que sempre fomos apaixonados um pelo outro. Começamos a namorar aos 15 anos e nos casamos com 22. Sempre fomos os melhores amigos no mundo todo. Éramos companheiros, parceiros em tudo, até que fiquei grávida. Deixa eu tentar me explicar melhor, afinal, não quero passar uma ideia errada. Minha gravidez não foi planejada, mas foi muito bem-vinda, infelizmente, no meio da gestação, descobrimos que eu estava com a pressão muito alta e precisaria de cuidados. Daí foi uma dificuldade após a outra: pré-eclâmpsia, parto prematuro, bebê na UTI... No fim, nosso relacionamento sofreu muito e eu… bem nem sei mais dizer como estou.========
— É isso mesmo! Hoje no escritório do advogado ele deu um papel pra vocês, nós lemos e como concordamos com o que ele escreveu não poderíamos ficar sentados observando vocês se destruírem por dentro. Então é o seguinte, vocês...
— Vão voltar a namorar! — Disse o Rodrigo, mal segurando sua animação.
Olho para o Henrique, e noto que ele também está me encarando. Acabamos de vir do escritório do advogado, passamos a tarde falando sobre divórcio e esses dois vem falar sobre voltar a namorar. Só podem ter perdido a cabeça!
— Mas pra tornar as coisas mais interessantes, criamos algumas regras. E para vocês não dizerem que nós não somos razoáveis, propomos que vocês participem desse experimento por pelo menos 15 dias, mas queremos total envolvimento, que vocês se dediquem de verdade, e nós vamos ajudar vocês em tudo, principalmente com a Clarinha e se depois desse período, vocês ainda não se sentirem conectados de novo, a gente dá total apoio ao divórcio. Então, o que vocês acham? — Perguntou minha amiga entusiasmada.
— Será que isso não vai acabar machucando ainda mais a gente? — Perguntei meio receosa.
— Vocês estão felizes com as coisas do jeito que estão? — Me perguntou o Rodrigo.
— Não! — Henrique e eu respondemos ao mesmo tempo.
Olhei pro meu marido, meu namorado de infância e melhor amigo e senti uma pontada de esperança, afinal depois de tanta história que a gente viveu, tanto amor que a gente sentiu, será que não valia o esforço?
Como que lendo os meus pensamentos, Henrique falou devagar, me encarando firmemente:
— O que a gente tem a perder? — Olhou então pra Nanda e perguntou:
— Quais são as regras do jogo?
“… é tantoSe ao menos você soubesseTe quero tanto.” — Tanto — Skank. Nanda, que ainda parece atordoada com o que eu disse, abre a porta de casa e nos conduz até a cozinha. Ainda em silêncio, ela coloca uma chaleira com água para ferver e começa a preparar um café, de repente, ela parece decidir que o café não é forte o bastante, desliga o fogo e pega uma garrafa de whisky. Ela coloca dois dedos do líquido no copo e toma de uma vez. Faz uma careta engraçada e olha para mim. — Pronto, agora acredito que estou preparada para conversar. — Tudo começou naquela festa, anos atrás. Até aquele dia, eu sempre te vi como a amiguinha do meu irmãozinho e da namoradinha dele. Era tudo no diminutivo mesmo. Para mim todos vocês eram crianças, e eu, sendo 5 anos mais velho, era muito adulto, entende? Terminei a escola, fiz o vestibular e até comecei a faculdade, mas me dei conta de que não era bem aquilo que eu queria para o meu futuro, na v
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"Como que eu vou dizer pra ela?Que eu gosto do seu cheiroDa cor do seu cabeloQue ela faz minha pupila dilatar." - Pupila - Anavitória (Part. Vitor Kley) Termino de ler o poema e me perco no enorme sorriso que a minha princesinha exibe. Tem horas que ela parece entender tão bem o que acontece a sua volta, que eu até, e esqueço que ela ainda não tem nem seis meses. Fecho o livro e quando levanto os olhos, encontro o olhar da Nanda preso em mim. — Faz tempo que você chegou? — Pergunto. — Cheguei no começo do poema. Ela parece gostar de te ouvir ler. — Parece né? Acho que esse vai ser o nosso lance. O Henrique canta pra ela, e eu leio. — Essa menina vai ficar muito mal acostumada, serenata e poemas, coitado do cara que tentar alcançar esse padrão. — Mal acostumada não, ela vai ser seletiva. Vai saber desde cedo o que merece e não vai aceitar menos que isso. — Nisso você tem razão.
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