A secretária do chefe

A secretária do chefe PT

Romance
Última atualização: 2025-07-28
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Índice

Agatha sempre viveu sob o controle rígido do pai, seguindo regras severas ao lado da irmã mais velha. Em busca de liberdade, cede ao convite da irmã para sair e, após beber demais, acaba ao lado de um desconhecido na mesma condição. Ao acordar, foge apavorada. Pouco tempo depois, descobre que está grávida. Ao contar ao pai, é expulsa de casa e deixada à própria sorte, enquanto sua irmã sorri cruelmente, sussurrando em seu ouvido uma despedida amarga: — "Boa sorte com sua nova vida... espero que encontre o pai do seu bebê... um pobre e miserável assim como você." Determinada a criar o filho sozinha, Agatha enfrenta tempos difíceis, trabalhando em empregos simples, mas mantendo-se firme por amor à filha, Flor Bela. Durante anos ela luta para sobreviver, encontrando empregos modestos, depois, ao perder o emprego, vê sua estabilidade ruim mais uma vez. Em meio à busca por trabalho, conhece Alexander, um empresário rígido que lhe oferece uma vaga como secretária. Ela aceita a oportunidade sem imaginar que seu novo chefe é Vitor, o filho de Alexander — um homem temido por sua frieza e fama de dispensar secretárias. Depois de um tempo, o impacto é avassalador quando ela reconhece Vitor como o homem daquela noite do passado, sem que ele tenha ideia da conexão entre eles. A partir desse reencontro inesperado, Agatha precisa encarar os fantasmas que tentou enterrar: o segredo da paternidade de Flor Bela, o risco de perder o emprego e a ameaça constante do passado se repetir. O destino os une novamente, agora em circunstâncias ainda mais complexas, forçando-a a lidar com verdades dolorosas, sentimentos confusos e a possibilidade de um futuro que ela nunca imaginou — tudo isso enquanto tenta proteger o que mais ama: sua filha.

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Capítulo 1

Cap. 1 O começo de tudo

Agatha, uma bela moça de 18 anos, nascida e crescida no Bronx, um dos bairros mais humildes e desafiadores dos Estados Unidos. Cresceu entre ruas agitadas, vielas estreitas e prédios de tijolos envelhecidos, onde os sons da sirene e das risadas se misturavam ao aroma das comidas de rua.

Desde pequena, aprendeu a sobreviver em um mundo em que a esperança era um luxo.

Sempre foi uma jovem responsável e obediente à sua família, mas a rigidez e severidade das regras impostas por seu pai sufocavam sua liberdade como grades invisíveis ao redor de sua alma.

Seu pai Arthur, um homem de 48 anos, era figura imponente, possuía cabelos negros sempre bem alinhados, olhos azul-escuros, que refletiam seu alto controle sobre tudo e todos. Seu semblante era sempre sério e intimidador, raramente sorria, acompanhado por uma postura imponente e autoritária. De temperamento arrogante e mal-humorado, ele acreditava que sua maneira de comandar a família era a única correta.

Agatha, no entanto, era dona de uma beleza serena, sem exageros. Seu sorriso delicado e sua voz doce e melódica transmitiam bondade e sinceridade. Com uma estatura esbelta e pele tão clara quanto porcelana, sua aparência refletia tanto força quanto brandura. Seus olhos azul-claros eram profundos como um oceano tranquilo, irradiando amor e confiança, e seus longos cabelos negros como a noite, brilhantes como seda, acentuavam sua gentileza.

Sua maior paixão era socializar. Fazer amigos, conversar e ouvir histórias, isso alimentava sua alma. Mas, trancada naquele mundo de proibições, suas oportunidades de convivência eram mínimas, como se estivesse presa dentro da própria casa.

Da janela do seu quarto, observava os jovens e crianças brincando nas ruas e ouvindo músicas imaginando como seria o sabor da mesma liberdade. Muitas vezes, questionava-se se havia cometido algum erro na infância para merecer um confinamento tão rigoroso. No entanto, seu coração, imenso e carregado de esperança, nunca se permitiu desistir da ideia de um dia mudar de vida.

Ao contrário de Agatha, sua irmã mais velha, Raquel, de 21 anos, tão diferente quanto dia e noite, nunca se preocupou em agradar, tampouco obedecer ao pai. Possuía um coração endurecido pelo egoísmo e amargura.

Seus olhos negros como a meia-noite e um olhar que jamais suavizava, escondiam segredos e rancores. Enquanto seus cabelos longos e sedosos pareciam espelhar sua frieza. Embora sua beleza fosse inegável, havia nela um ar de superioridade amarga. Suas atitudes eram regidas por um ego profundo e rancores não resolvidos. Vivia em disputa com a irmã, não apenas pelo afeto dos pais, mas sim pela atenção que Agatha atraía naturalmente.

Na faculdade, mesmo enfrentando dificuldades financeiras Agatha havia conquistado uma bolsa de estudos, pois carregava em seu coração o sonho de se tornar uma advogada. Seu amor e sua gentileza pelos colegas e professores faziam com que todos se aproximassem dela. Ao contrário de Raquel, que também teve a oportunidade de engressar na universidade, mas com a falta de dedicação, acabou abandonando seus estudos, e envolvia-se com amizades questionáveis e festas excessivas.

Certa noite Agatha sugeriu, a ideia de procurar um emprego como empregada doméstica para ajudar a família. Porém, ao expor sua ideia ao pai, foi imediatamente rejeitada.

— Pai, eu quero procurar um trabalho — disse Agatha com determinação.

Arthur franziu as sobrancelhas, soltando uma risada fria.

— De onde você tirou essa ideia absurda? Falta algo para você, menina? — indagou, sua voz grave ressoando pela sala.

O tom severo de Arthur fez o coração da jovem gelar. Engolindo o medo, ela insistiu:

— Pai, as dívidas estão se acumulando... Nossa situação está muito difícil. Eu quero ajudar.

Mas Arthur nem sequer cogitou a possibilidade.

— O seu dever é estudar e nada mais. Esqueça essa ideia — afirmou ele, encerrando a conversa.

Apesar de não gostar da resposta, Agatha não teve escolha. Sempre obediente, abandonou seu plano e seguiu conforme as ordens do pai.

Dois longos anos se passaram, e agora, aos 20 anos, Agatha sentia-se sufocada pelo controle excessivo da família. Contudo, notara algo estranho no comportamento de Raquel, como se sua irmã escondesse algo. Certo dia, ao vê-la parada na janela, Raquel aproximou-se devagar, um sorriso artificial moldando seu rosto.

— Minha querida irmã — disse Raquel, sua voz suave como seda falsa.

— Sim, irmã? — respondeu Agatha, seus olhos refletindo tristeza.

Raquel fitou a irmã com um olhar penetrante.

— Essa noite haverá uma grande e inesquecível festa na casa de um amigo. Você quer ir comigo? Vai ser divertido.

Agatha hesitou, mas respondeu com convicção:

— Você conhece as regras da família... Não é permitido ir a festas. — O nosso pai ficaria furioso.

Raquel ergueu as sobrancelhas, a irritação evidente em seu rosto.

— Vejo que você está cansada dessas regras idiotas... Não gostaria de quebrá-las por uma única noite? — Ela fez uma pausa, olhando profundamente nos olhos da irmã. — O pai não descobriria se sairmos as escondidas.

Os olhos de Agatha se encheram de lágrimas. Mesmo que sua liberdade fosse limitada, ainda assim não queria desobedecer.

— Eu jamais quebraria as regras... Não vale a pena.

Raquel disfarçou sua irritação com um sorriso.

— Tudo bem, irmã... se essa é sua decisão definitiva... Só não se arrependa depois.

E então, afastou-se com expressão sombria.

Por longos minutos, Agatha permaneceu ali, refletindo. Angustiada, retirou-se para o seu quarto com passos lentos e suaves,onde finalmente desabou em lágrimas. A dor emocional apertava seu peito, fazendo-a sentir-se cada vez mais perdida.

Horas depois, acordou, seus olhos pesados de tanto chorar. Levantou-se devagar e encarou seu reflexo no espelho. Observou sua própria imagem por um tempo e, em voz baixa, murmurou:

— Quem sou eu? Essa é mesmo minha família? Será que um dia encontrarei a verdadeira felicidade?

Não havia respostas. Apenas uma sensação de vazio e confusão.

Mas então, as palavras de Raquel ecoaram em sua mente. Agatha tocou os próprios cabelos e, num impulso repentino, tomou sua decisão.

Sem pensar duas vezes, dirigiu-se ao quarto da irmã.

— Irmã — chamou Agatha, a voz firme.

Raquel, já se preparando para dormir, ergueu os olhos.

— Sim, querida? O que houve?

— Você ainda quer se divertir esta noite?

Raquel sorriu, um brilho de triunfo em seu olhar.

— Você aceitou meu convite? Por que não me disse antes?

— Porque estou cansada dessa vida infeliz... Quero sair, me divertir e ter minha liberdade.

Raquel mal conseguiu esconder sua satisfação.

— Ótimo, então a festa nos espera.

— Mas com uma condição — ressaltou Agatha. — Nada de bebidas alcoólicas.

Raquel fingiu concordar.

— Se é assim que deseja aproveitar a noite, tudo bem.

Naquela noite estrelada, cada ponto cintilante no céu parecia observar as irmãs com uma curiosidade silenciosa, como se os astros pressentissem que algo além do comum estava por vir. O ar carregava o perfume sutil do jasmim que crescia no jardim abandonado ao lado da casa, e a cidade, mesmo inquieta, parecia conter a respiração por um instante.

No quarto iluminado apenas pela luz âmbar do abajur, Agatha deslizava os dedos pelos cabides com indecisão, até escolher um vestido azul-claro, quase etéreo, que se moldava ao seu corpo como uma segunda pele. Seus cabelos longos, agora ondulados com delicadeza, desciam pelas costas como um manto de seda escura. Aplicou uma camada leve de rímel, hesitou ao observar o brilho tímido de seus próprios olhos no espelho — havia medo, sim, mas também uma faísca de coragem.

Raquel, por sua vez, exalava confiança. Vestia um modelo preto sofisticado, com decote sutil e detalhes em renda nas mangas. Ela usava um batom vermelho intenso que contrastava com sua pele pálida e dava um ar de mistério aos seus traços marcantes. Seu perfume era mais forte — algo floral com notas de fumaça — que parecia anunciar sua presença antes mesmo de ela entrar em um cômodo.

O espelho, grande e um tanto empoeirado no canto do quarto, refletia não apenas a beleza das duas, mas a diferença gritante entre elas: Agatha parecia uma princesa prestes a fugir do castelo, enquanto Raquel lembrava uma heroína trágica de filme noir — ousada, perigosa e decidida.

Desceram em silêncio. A madeira antiga das escadas rangia suavemente sob seus passos contidos. Na sala de estar, o relógio de pêndulo marcava 22h17 quando a maçaneta girou. A porta principal se abriu lentamente, sem um rangido sequer — talvez por cumplicidade ou costume. O vento noturno acariciou os rostos das duas enquanto atravessavam o portão enferrujado, e os sons abafados da rua noturna começaram a preencher seus ouvidos: o motor de um carro distante, risadas ecoando de algum bar, o latido solitário de um cachorro ao longe.

Caminharam pela calçada como duas sombras decididas. Agatha sentia o coração bater contra as costelas como se anunciasse sua culpa. Ainda assim, com cada passo, uma parte sua despertava — aquela que sempre quis existir além das paredes da casa.

Na esquina, um carro preto com vidros escurecidos as aguardava. Raquel sorriu maliciosamente e abriu a porta traseira com familiaridade, indicando que a noite apenas começava.

Ali, naquele exato instante, a linha entre inocência e descoberta foi silenciosamente cruzada, iniciando uma jornada que mudaria suas vidas para sempre.

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Cicatrizes de vidro
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Café e conflito
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