Ele Quer Me Matar... Mas Também Me Ama

Ele Quer Me Matar... Mas Também Me Ama PT

Romance
Última actualización: 2025-10-27
Rosana Lyra  Completo
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Resumen
Índice

"Ele é meu maior inimigo… mas também o único homem que me faz sentir viva." Layla sempre acreditou no amor perfeito ao lado de Bart, o homem educado, atencioso e apaixonado que todas invejam. Do outro lado, está Kaleo: bilionário magnata, cruel, dono de um humor tão sombrio quanto seus segredos. Ele tem todos os motivos do mundo para odiar Layla, mas também é incapaz de resistir a ela. Entre planos de matá-la e noites em que o desejo fala mais alto, Kaleo é o vilão que não consegue cumprir sua vingança. Preso entre o amor que o destrói e o ódio que o move, ele se torna sua perdição. E Layla? Ela se vê dividida entre o toque proibido do homem que jura odiá-la e o sorriso de quem jura amá-la. Será que o vilão pode ser o verdadeiro amor? Ou será apenas o fim?

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Capítulo 1

Capítulo 1 – O Magnata do Caos

Kaleo

As pessoas costumam dizer que o poder é solitário. Eu discordo.

Poder é divertido. Poder é ter o mundo aos seus pés, assistindo os outros se humilharem por um pedaço de atenção, enquanto eu decido quem merece respirar mais um dia dentro do meu império.

Sou Kaleo Donovan. Quarenta e três anos, embora ninguém nunca acerte minha idade, dizem que minha aparência beira os trinta. Talvez seja a genética, talvez seja a arrogância.

Talvez seja o fato de eu não me importar com nada além de resultados. Dono de uma rede de tecnologia, imóveis e investimentos internacionais, sou o tipo de homem que não pede. Ordena.

E se alguém ousa me desafiar… eu destruo.

É engraçado. A cada manhã, quando piso no topo da minha torre de vidro, os arranha-céus de Nova York parecem pequenos demais.

Como se o mundo inteiro fosse uma maquete criada apenas para eu brincar de Deus. E, de certa forma, é isso mesmo que sou, um deus para uns, um demônio para outros.

— Está com essa cara de quem planeja outra catástrofe, Kaleo?

A voz de Mag invade meus pensamentos. Minha avó. O único ser humano nesse planeta capaz de me chamar pelo nome sem tremer. Mag é uma idosa de língua afiada e olhos azuis quase tão intensos quanto os meus.

Criou-me sozinha depois que a vida tratou de arrancar tudo o que tínhamos. E mesmo agora, aos setenta e poucos anos, ainda se diverte me provocando como se eu fosse um adolescente.

— Catástrofes não se planejam, Mag. — respondo, servindo-me de uísque às dez da manhã — Elas simplesmente acontecem quando eu me aborreço.

Ela arqueia a sobrancelha, pousando o olhar crítico em mim.

— E qual foi o motivo dessa vez? Alguma empresa que ousou não vender para o senhor Kaleo Donovan? Algum ministro que se recusou a dobrar os joelhos?

Rio baixo. É por isso que a amo. Porque não me teme.

— Dessa vez, Mag… é mais pessoal.

Seus olhos estreitam.

— É sobre ela, não é?

Não preciso responder. Ela já sabe. Sempre soube.

Layla.

O nome arde na minha mente como uma maldição antiga. A mulher que eu deveria odiar com todas as minhas forças. A mulher que me roubou Adrian.

Meu irmão mais novo. O único que acreditava na bondade da humanidade, o único que me lembrava que ainda havia algo além da frieza do dinheiro.

Adrian morreu em uma noite que nunca saiu da minha memória, tentando proteger Layla do verme que ela chamava de namorado. Ele perdeu a vida… e ela continuou vivendo.

— “Tudo começou naquela noite em que Adrian morreu por causa dela.” — penso em silêncio, sentindo o gosto metálico da raiva subir pela garganta.

Mag suspira, como se pudesse ler meus pensamentos.

— Kaleo, quantos anos vão ter que passar para você aceitar que a morte dele não foi culpa dela?

— Não me peça para perdoar, Mag. — Viro o copo de uísque de uma vez — Perdoar não está no meu vocabulário.

Ela balança a cabeça, decepcionada, mas não insiste. Nunca insiste. Eu, por outro lado, insisto em me manter preso a essa maldição chamada Layla.

Quantas vezes já planejei o fim dela? Mais do que consigo contar. Veneno em taças de vinho, sabotagem de carros, incêndios planejados… sempre perfeito no papel. Mas na prática, algo acontece. Sempre acontece. Minhas mãos congelam, meus planos se sabotam sozinhos, e ela escapa.

Não sei se é azar, destino… ou apenas a prova de que sou o pior vilão que já existiu.

Porque a verdade, a maldita verdade, é que eu quero vê-la morrer e viver ao mesmo tempo. Quero destruí-la. Quero possuí-la. Quero arrancar lágrimas dos olhos âmbar que me encaram com aquela insolência debochada.

Layla é minha obsessão.

Minha maldição.

Minha perdição.

E, no entanto, cada vez que ela sorri, sinto como se fosse Adrian me olhando de volta. Como se amar e odiar fossem a mesma coisa.

Mag se levanta, cansada da minha obsessão.

— Se continuar assim, vai acabar destruindo a si mesmo, Kaleo. Não precisa dela para se torturar. Você já é especialista nisso.

— Não, vó. — Sorrio, frio — Eu preciso dela. Preciso ver Layla sofrer, para que Adrian possa descansar.

Mas a voz dentro de mim, aquela que não cala, sussurra o contrário:

— “Não é vingança que você quer. É ela. Sempre foi ela.”

E é isso que me paralisa.

Não adianta eu me enganar. Eu posso planejar mil mortes. Mas, quando chega a hora, meu corpo recusa.

Porque Layla não é apenas a mulher que odeio. Ela é a única que, de algum jeito perverso, eu amo.

Mag sai do escritório resmungando alguma bênção torta para santos que não acreditam em mim. Eu fico com a cidade sob meus pés e a lembrança de Adrian cravada no peito. Um homem como eu não espera o destino agir, eu o empurro pela escada.

Pego o telefone, ligo para Élio, meu diretor de operações, e verdugo de confiança.

— Preciso de um convite para hoje, às sete da noite. Coquetel da ONG Terra & Vida.

— “A da Layla?” — ele pergunta, como quem pisa em cacos.

— A da Layla. — repito, paciente como ferro em brasa — E um acesso ao backstage. Silencioso.

— “Entendido. Quer que providenciem o…?”

— Não. — Sorrio sem dentes — Hoje eu só quero ver.

Desligo antes que a voz de Mag volte nos corredores feito fantasma. Vinte minutos depois, recebo no tablet o dossiê do evento, mapa do salão, horários, patrocinadores, rotas de fuga. Tudo o que preciso para vencer uma guerra que nunca admito que é contra mim mesmo.

Às seis e cinquenta, meu carro desliza até a marquise do hotel. Vidros escuros, terno impecável, cabelos presos atrás com desleixo calculado. Metade do lugar me odeia, a outra metade quer ser eu. Ambas as metades recuam quando eu passo.

E então eu a vejo.

Layla cruza o saguão com um vestido simples, verde escuro, que parece ter sido costurado no próprio corpo. O cabelo preto cai como noite até a cintura. Os olhos âmbar vasculham listas, falam com voluntários, sorriem para crianças. Eu quero punir essa mulher por me tentar assim.

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Capítulo 1 – O Magnata do Caos
Capítulo 2 - Do Que Sou Feito
Capítulo 3 – A Santa Debochada
Capítulo 4 – Vitrines e Veneno
Capítulo 5 – Entre Dois Mundos
Capítulo 6 - O Mundo Que Criei
Capítulo 7 – A Maldição do Desejo
Capítulo 8 - O Que Não Posso Ter
Capítulo 9 – O Jogo do Predador
Capítulo 10 - Dois Teimosos, Dois Titãs
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