Douglas Benson tem 30 anos, e é Vice-diretor de uma grande Empresa do ramo Tecnológico. É pai solteiro de três crianças, cujo uma delas ainda é um bebê. Ele é um homem bem-sucedido e muito ocupado, por se dedicar tanto no trabalho com o cargo importante que possui, Douglas se vê desesperadamente à procura de uma nova babá para os filhos, já que a última se demitiu após receber uma irrecusável oportunidade de emprego em outra cidade. Melanie Paxton é uma jovem de 23 anos formada em Gastronomia e sem muita experiência no CV. E após se demitir do emprego de garçonete onde passou longos meses trabalhando recebendo cantadas baratas e ofertas indecentes, se encontra numa situação bem crítica, Melanie foi expulsa de casa pela própria mãe, e por isso recorreu à melhor amiga pedindo para que a acolhesse em sua casa, com dívidas até o pescoço e louca para conseguir um emprego e sair logo da casa da amiga, acabou entrando num site de Agência de empregos, e lá encontrou uma vaga que seria a sua única esperança. Dois jovens com seus próprios problemas e preocupações. Um emprego que beneficiaria a ambos. Três crianças. E um só destino que os uniria. Quando uma história de amor têm que acontecer, simplesmente acontece.
Leer másMelanie
— O quê? Como assim? A senhora não pode fazer isso comigo! — olhei para a minha mãe indignada. — Você não consegue parar em emprego algum! Não vou mais te sustentar, Melanie! Já é maior de idade, então se vire! Na minha casa você não fica mais, não mesmo! — Praticamente jogou a grande mala com os meus pertences aos meus pés. — A culpa não é minha! Ah, quer saber? Eu que não vou implorar para ficar. Você só liga para aquele seu namorado nojento que te trai! E eu vou rir muito quando ele te passar a perna, Pam! Ele é um baita de um cretino que só está com você por dinheiro, mesmo você recebendo uma mixaria que você chama de salário! — falei o que estava entalado na cara dela. Pam arregalou os olhos e abriu a boca, pasma. — Dobre a língua quando for falar do Jean, ele... — ELE DÁ EM CIMA DE MIM, MÃE! E CEGA COMO VOCÊ É, NUNCA PERCEBEU! — gritei irritada, apanhei minha mala vermelha e lhe dei as costas. — MELANIE, VOLTE AQUI! — Esbravejou, a ignorei e fui embora sem olhar para trás. Minha própria mãe tinha me expulsado de casa, só porque eu estava desempregada e não podia ajudá-la com as despesas. Mas juro que a culpa não era minha, tentei até o último segundo me manter firme naquele emprego, mas realmente não deu... Infelizmente não deu. Não podia ficar a vida toda servindo como garçonete, sendo assediada pelos clientes pervertidos, e tendo que aturar desaforos, e reclamações do meu chefe... Que ser humano aguenta tantas humilhações? Por isso dei um basta naquilo, pedindo demissão. E claro, Pam não aceitou muito bem. Ficou com raiva e começou a pegar no meu pé dia e noite, me impondo pressão e eu tentei, porém, não estava conseguindo arranjar nenhum emprego... De jeito nenhum. E naquela noite, fui bater no apartamento de Carly, minha melhor amiga. Era inconveniente da minha parte, e infelizmente eu não tinha mais para onde correr. Somente Carly poderia me ajudar e me acolher. E foi o que a amiga fez. Carly morava com o namorado, Gabriel. Era um cara legal, de um coração enorme, e fui recebida tão bem por eles. Mas eu tinha que sair de lá, não poderia passar o resto da vida morando com eles, certo? Eles tinham que ter a privacidade deles e tudo mais, e eu não poderia abusar da gentileza de ambos, vivendo sob o teto deles sem fazer nada para ajudá-los com as despesas, e de jeito algum eu queria ser um fardo para a minha amiga e seu namorado carregarem. Comecei a sair pela cidade, todos os dias à procura de um emprego. Poderia ser qualquer coisa, qualquer coisa mesmo. Estava desesperada para arrumar um serviço e sair do apartamento de Carly. Já era maior de idade, e aos 23 anos, eu tinha que tomar rumo na vida e me estabilizar. Era o certo a se fazer. Por quê era tão difícil arrumar um emprego? Carly e Gabriel sairam numa sexta-feira para algum programa em casal, e eu fiquei em casa, sempre ajudava nas tarefas domésticas e claro, cozinhava para todos nós. Minha amiga trabalhava num salão de beleza e seu namorado era gerente numa loja de auto-peças. Peguei o notebook dela e entrei num site à procura de alguma vaga. Acessei em uma Agência online e cadastrei meus dados, e enviei meu CV. E duas horas depois, recebi uma notificação no meu E-mail. Havia uma vaga. Uma bendita vaga. Respondi a notificação toda esperançosa, havia um pedido de dados básicos e um link com o endereço e o horário da entrevista. 'Vaga para babá: Confirme seus dados e sua resposta novamente.' Confirmei tudo e pronto... Já tinha uma entrevista de emprego para babá, era melhor que nada. Anotei o endereço da casa direitinho no bloco de notas do meu celular e coloquei o aparelho para despertar às 06h. Tinha que estar lá às 07h. E como eu não era a pessoa mais pontual do mundo, era melhor me precaver e acordar cedo. Saí do site e fechei o notebook da Carly. Era uma oportunidade e eu tinha que conseguir aquela bendita vaga. Se eu tinha alguma experiência com crianças? Claro que não. Nenhuma. Porém, o desespero e a necessidade me fizeram tomar aquela atitude, e de acordo com os dados daquela vaga, o tal de Sr. Benson não tinha nenhuma exigência... O pobre homem só poderia estar desesperado por uma babá e aquela era a minha chance. No dia seguinte... Atrasada! Acordei atrasada para a minha entrevista de emprego. Como pude esquecer de colocar o bendito despertador para tocar uns 20 minutos adiantados? Pulei para fora e corri para o banheiro. Tomei uma ducha fria para despertar por completo. Me enrolei na toalha às pressas e fui revirar a cômoda onde estavam as minhas coisas, eu também tinha esquecido de separar uma muda de roupa na noite anterior. Me sequei, borrifei um pouco de desodorante e tentei ao máximo secar meu cabelo com a toalha. Vesti um conjunto de lingerie qualquer e peguei uma blusa de mangas compridas, nada de decotes. Me arrumei numa velocidade absurda, pondo o meu jeans melhorzinho e por fim, calcei minhas sapatilhas simples após domar meus cachos com algumas escovadas, eles teriam que secar naturalmente até eu chegar lá, se eu fosse prendê-los, o meu cabelo ficaria ainda mais embaraçado. Blusa branca. Calça jeans de lavagem escura. Sapatilhas básicas. Maquiagem leve? Tudo okay... Apenas passei lápis de olho e um pouco de brilho labial, o que não ia durar muito nos meus lábios... Por quê era tão docinho e saboroso? Enfiei minha carteira na bolsinha preta com alças longas metalizadas e peguei minha pasta com os documentos necessários, incluindo o meu CV. Saí correndo, torcendo para chegar na casa do tal de Sr. Benson, se fosse preciso, eu iria me ajoelhar e pedir perdão pelo atraso. Oh, não, eu não poderia perder aquela preciosa oportunidade. Parecia até castigo... Acabei esquecendo meu casaco e eu sequer tinha um guarda-chuva. Fiquei pulando e sinalizando feito louca para algum táxi parar para mim. Um infeliz passou em alta velocidade fazendo a água espirrar e me dar um banho além da chuva que estava começando a engrossar. Bufei de raiva, nem adiantava xingar ou chorar. Sem outra alternativa, corri para o ponto de ônibus mais próximo. [...] Quando enfim cheguei no endereço anotado no meu celular, a chuva havia cessado e eu estava tremendo de frio, com a roupa ainda molhada e eu devia estar nada apresentável. Por quê nada era tão simples para mim? Desistir? Jamais! Não mesmo. Era um bairro bonito, com casas com varandas, jardins bem cuidados e cercas pintadas, todas elas no mesmo estilo, típicas casas para famílias com boa renda e do tipo tradicional. O portão baixo estava sem cadeado, olhei para a garagem após passar por ali e atravessar o gramado, seguindo por um caminho bonitinho até a varanda enfeitada com vasos e arranjos de flores pendurados. A casa era grande, de dois andares. Toquei a campainha. Toquei de novo e de novo. E finalmente a porta foi aberta, uma menina quem me atendeu. Devia ter uns 7 anos. Tinha cabelos lisos e castanhos medianos, e olhos castanhos num tom de avelã, pareceu surpresa quando me viu. — PAI! — seu grito soou tão alto que até me assustou. E não demorou muito, um homem surgiu com um bebê nos braços abrindo um berreiro. Logo atrás um garotinho parecido com a menina veio pedalando numa bicicletinha azul com rodinhas. — Ah, graças a Deus! Entre, entre! — pediu apressado. Sem jeito e dando um sorrisinho, entrei murmurando um 'Com licença' e a menina bateu a porta. — Essa daí não vai durar nem dois dias. — A pestinha passou por mim. O bebê em seu colo era uma menininha que não parava de se esgoelar. Uau! O choro dela era potente. — Perdão pelo atraso, acabei tendo alguns imprevistos. — me desculpei envergonhada. — Sem problemas. Isso acontece. — Sorriu dando tapinhas nas costas da bebê que agitava os bracinhos. — Prazer, sou Douglas Benson, e você deve ser a Srta. Paxton, certo? — perguntou ainda tentando acalmar a criturinha escandalosa. — Prazer em conhecê-lo, Sr. Benson. Certo, sou eu mesma! — nem tinha como cumprimentá-lo com um aperto de mãos. — Pode ficar à vontade. — Reparei que ele era um homem bonito, estatura mediana, cabelos e olhos escuros, com barba por fazer. — Ally! — chamou em voz alta. A menina que atendeu a porta apareceu correndo. — O que é? — Ui, ela era atrevida, ele lançou um olhar repreendedor. — Sim, senhor. O que o senhor quer, papai? — parecia entediada. — Traga uma toalha limpa para a Srta. Paxton. — pediu. Ela assentiu meio contrariada e correu para ir buscar a toalha. O menino que era menor estava parado sobre a bicicleta me olhando curioso. — Alyson é a mais velha, tem 7 anos. E esse é o Noah, tem 4 anos e essa pequena chorona no meu colo é a Hannah, tem apenas 9 meses. — sorriu para a filha. — Seus filhos são lindos. — elogiei. — Obrigado! — agradeceu. — O que ela tem? — apontei para a bebê que continuava chorando. — Não sei... — Ele estava sem jeito, agoniado e sem saber o que fazer para acalmar a pequena. Que tipo de pai era aquele que não sabia o que a filha tinha? E onde estava a mãe das crianças? Observei ele deitar ela.Chegamos ao parque, logo Ally e Jake apressaram o Douglas para pegar as bicicletas. Era um comecinho de tarde muito bonita, milagrosamente com o tempo agradável e fresco, o céu estava claro, com nuvens em forma de algodão. Já tínhamos visto que não tinha previsão de chuva naquele dia. Tiramos os bebês das cadeirinhas. — Já está ficando pesadinha, mocinha. — Sorriu para Hannah. Ela mostrou os dentinhos de leite, apertou o nariz dele e soltou uma risada nos contagiando. Ajeitei o Alex dentro do bebê-conforto. — Não vão para longe, crianças! — Avisei para os dois que montaram em suas bicicletas. — Tá, mamãe. — Ally assentiu. — Quero andar de bicicleta com eles, mamãe. — Noah puxou minha blusa. Como a bicicletinha de rodinhas estava com uma roda furada, não levamos. Douglas tinha esquecido de mandar consertar. — Sua bicicleta está em casa, querido, que tal ajudar a mamãe? Pegue a cestinha de doces. — Pedi gentilmente. Separei tudo em três cestas, lanches, frutas e sobremesa
— Não peguem nele, o pai de vocês vai dar banho no gatinho. — Eu já tinha a minha resposta. O animalzinho ficaria com a gente. — Precisaremos de uma caixa de areia, ah, vou levá-lo ao veterinário para ver se tá tudo bem com ele. — Avisei. — Tudo bem para mim se estiver para você também. — Sorriu. Ela foi lavar as mãos. — O Alex já tomou a mamadeira? — Olhou para o nosso filho. Ele tinha os olhos dela. — Uhum, também sujou minha camiseta. — Mostrei a mancha esbranquiçada. Mel riu e me deu um selinho. — Mamãe, ele pode se chamar Cookie? — Noah tirou o filhotinho da caixa. — O nome que você quiser, meu anjo. — Sorriu para ele. O Cookie tinha deixado as crianças contentes. Ver a alegria dos filhos realmente não tem preço. [...] Dias depois... (Melanie) — Querida, está tudo bem por aqui? — Dona Emilia perguntou. Era o aniversário do meu moreno. — Tudo ótimo. Eu só preciso dar uma olhadinha no Alex agora. — Enxuguei as mãos. — A Carly já pegou ele. Ela está com a Mandy, ac
Não devia ter deixado a Mel sozinha com a bebê.Ela com certeza escorregou e se machucou com a queda.1 semana depois...(Melanie)— O que está acontecendo, Douglas? — Notei que ele estava muito agitado.No dia que sofri o acidente em casa, caindo e batendo a cabeça, também bati a barriga durante a queda e tive uma hemorragia. Passei 3 dias internada, foi um milagre o bebê ter resistido.Naquela manhã sofri um mal-estar, uma dor tão forte de cabeça e tonturas, eu estava saindo do banheiro, só lembro de ouvir Hannah chorando antes de desmaiar.— Não é nada, amor. Descanse. — Espiou pela janela.Era mentira. Ele estava todo estranho, até mesmo nervoso.— Fala para mim, eu preciso saber, seja lá o que estiver acontecendo. — Pedi angustiada.Pela sua expressão, se tratava de algo grave.— Confia em mim, está tudo sob controle. — Fechou a cortina.Eu precisava de muito repouso. Meu estado ainda era delicado, eu não podia fazer esforço algum.— É ela, não é? — Já estava há dias desconfia
— Tenho uma sobremesa especial para você, amor. Espero que goste. — Entreguei a caixa com o Cupcake ao moreno. Carly colocou a travessa de Brownie cortado sobre a mesa. Todos começaram a se servir. — É de baunilha? — Ele levantou a caixinha com um laço branco. — Seu sabor favorito. Coco cremoso com baunilha. — Falei. Ele abriu a caixinha com todos atentos nele. Douglas rapidamente olhou para mim e depois olhou para dentro da caixinha. — Vou ser... Pai? — Engoliu em seco. Mandei colocarem uma frase no bolinho. "Parabéns, papai!" Palmas nos saudaram. Eu estava muito feliz. Foi algo tão inesperado. Meu moreno ficou lá parado sem dizer mais nenhuma palavra. Nossos amigos pararam de aplaudir junto com a minha sogra e encerraram a musiquinha de felicitações. Eu fiquei super desanimada. Eles saíram nos deixando à sós. — Pensei que ficaria feliz... — Me senti tão boba por ter armado tudo. Eu só queria fazer uma surpresa fofa para ele. — Acontece que fiz Vasectomia depois qu
— Deixa que eu entrego. — Estendi a mão. Ela balançou a cabeça inconformada. — Filho, você não está me reconhecendo? — Levantou e foi até eles. Mel permaneceu parada com ele no colo, Noah abraçou o pescoço dela e encostou a cabecinha no ombro da minha namorada. — Bebê, olhe para mim, sou eu. A sua mamãe. — Aquilo era deprimente. Ela me olhou em desespero com os olhos verdes lacrimejantes. Eu não podia fazer nada, as pessoas colhem o que plantam. Minha loira pegou a caixa e entregou para o Noah. — Como se diz, Nonoh? — Perguntou com gentileza. — Obrigado. — Ele agradeceu pelo presente. — Quero ver minhas filhas! — Melissa engoliu o choro e me olhou desolada. — Hannah está no berço, Ally deve estar acordada. — Ainda era cedo. — Agora vamos escovar os dentes e colocar seu pijaminha? — Mel passou por nós levando nosso filho. Minha ex-mulher me seguiu calada. Encontramos Ally no corredor. — Princesa, como você cresceu! Já é uma mocinha! — Ela correu para abraçar a filha. Min
Sra. Benson e nossos amigos tinham as bolsas com as mudas de roupas lá no quarto. Eles só iriam embora quando a festinha do Noah acabasse. — A Hannah acordou. — Mandy surgiu com o filho no colo. Me apressei indo pegar a bebê. [...] (Douglas) Os convidados chegaram, a maioria criança. Convidei vizinhos que trouxeram seus filhos e outros amigos que também trouxeram até os sobrinhos. Ver meu filho tão alegre também me deixava feliz. Meu rapazinho estava completando 5 aninhos. Nunca vou esquecer de sua expressão quando Billy e Gabriel chegaram no jardim carregando o bolo que a Mel fez para o meu pequeno. Noah saiu correndo para ver o bolo de três andares. A loira caprichou na cobertura temática, fez até bonequinhos de pasta americana, Minions comestíveis para a alegria da criançada. A mesa do bolo estava repleta de docinhos amarelos e Cupcakes azuis. Ally convidou os coleguinhas e isso incluía o Wesley. Tive que aturar os dois juntos na festinha da Laura. — Quer um pouco de br
Último capítulo