Ainda estou tentando processar toda essa história.
Há lacunas demais, peças soltas que não se encaixam. Mas ao analisar com atenção as palavras dele, sinto que há mais por trás, algo que ele não pretende revelar. E eu sei exatamente por quê: ninguém aqui confia realmente no outro.
É um jogo silencioso, onde cada um protege seus próprios segredos.
O que me resta agora é simples: me curar. Recuperar minhas forças. E, assim que conseguir, traçar um plano. Porque, sinceramente, nenhum dos caminhos apresentados por Long me transmite confiança.
Eu não vou arriscar.
Vai ser do meu jeito. Com cautela. Com estratégia. E sem esperar por milagres.
Volto à análise das páginas que Long me entregou, a expressão fechada enquanto meus olhos percorrem cada linha, cada desenho revelando mais do império silencioso que sustentava o título de "deusa". Aquilo não era apenas uma base era uma gaiola meticulosamente construída.
Agora entendo perfeitamente por que a garota quer sair daqui.
— Eles chamam isso