Mundo ficciónIniciar sesiónRosalie Vitale nasceu dentro da máfia e aprendeu desde cedo a ser obediente às regras impostas pela família. Sempre chamada de Rose, jamais ousaria desafiar os planos traçados para seu futuro. Ela sabia que, no submundo da máfia, um casamento arranjado não era apenas tradição, mas também poder e sobrevivência. Ainda criança, sua mãe firmou um acordo com os DeLuca, garantindo que um dia Rose se tornaria esposa de Martim, herdeiro de uma das famílias mais temidas e influentes. Agora, já adulta e marcada pela perda da mãe, Rosalie se vê diante da obrigação de cumprir a promessa feita em seu nome — ainda que isso signifique sacrificar seus próprios desejos. O casamento por contrato parecia inevitável. . Mas tudo começa a mudar quando um homem surge em seu caminho — alguém intenso, perigoso e impossível de ignorar. Frank é como uma chama proibida que ameaça consumir cada parte dela. Ele não aceita barreiras, não conhece limites. Para ele, Rosalie não é apenas a noiva de outro… é a mulher que ele deseja, e fará de tudo para tomar. Dividida entre a lealdade à família e a paixão avassaladora que a domina, Rosalie se vê prisioneira de um destino sombrio, onde cada escolha pode custar sua liberdade — ou seu coração.
Leer másA mansão dos DeLuca iluminava-se em tons dourados naquela noite. O portão de ferro se abriu lentamente, e o carro que trazia Rose percorreu o caminho ladeado por ciprestes antigos. O coração dela estava em disparada. A vida inteira ouvira que aquele seria o seu destino: casar-se com Martin DeLuca, o caçula da família mais poderosa da máfia. Mas agora que o momento finalmente chegara, tudo parecia diferente.
Ela desceu do carro com passos hesitantes, o vestido leve balançando junto com seu nervosismo. O jantar esperava. As lembranças da última vez que estivera naquela mesa comprida não era muito boas, e por dentro sua mente era um turbilhão.
Martin tinha chegado da Alemanha naquele dia para fechar o acordo de casamento, e o olhar que lançou a Rose foi imediato e intenso ao entrar na sala de jantar e sentar ao seu lado, ele parecia fascinado, quase hipnotizado por sua beleza.
Rose, porém, não conseguia sustentar aquele olhar. Cada vez que tentava encarar seus olhos, uma sombra a puxava para lembranças proibidas — lembranças de Frank.
Sentou-se à mesa, rígida, desejando desaparecer. Seu pai, Antônio Vitale, sorria satisfeito, conversando animadamente com o Sr. DeLuca sobre planos futuros, como se a vida de Rose fosse apenas mais um acordo de negócios.
Martin, ao lado dela, se inclinou levemente:
— Quer mais alguma coisa?
Ela respondeu rápido, sem graça:
— Não… obrigada.
Ele sorriu, com uma calma que a desconcertava.
— Tenho muitos planos para nós, Rosalie… Ah, desculpe, você prefere que eu a chame de Rose, não é?
Rose respirou fundo.
— Sim. Pode ser.
Martin continuou, confiante e doce ao mesmo tempo:
— Você vai gostar da nossa casa na Alemanha.
Rose manteve a educação:
— Tenho certeza que sim.
No silêncio que seguiu, sua mão repousava sobre a mesa. De repente, Martin pousou a mão sobre a dela. Rose levou um susto, quase recuando instintivamente. O gesto simples a transportou de volta aos momentos em que Frank a puxava com força, sempre impondo sua presença.
— Desculpe, não queria assustá-la — Martin disse, rápido, retirando a mão.
Rose o encarou pela primeira vez. Ele tinha um rosto firme, traços belos e um olhar sincero. Um homem que parecia ser tudo o que ela deveria querer. E, ainda assim, por dentro, ela se sentia em pedaços.
“Não posso enganá-lo… Estou perdida”, pensou.
— Não precisa se desculpar — respondeu baixo, tentando esconder a confusão que a corroía.
O jantar terminou, e Martin se levantou.
— Gostaria de conversar melhor com você. Podemos ir até a biblioteca?
Rose assentiu, acompanhando-o. A biblioteca dos DeLuca era imponente, com paredes cobertas de livros antigos e o perfume amadeirado do mobiliário. Rose, maravilhada, sussurrou:
— É linda… nunca tinha entrado aqui.
— Está na nossa família há gerações — ele respondeu, apoiando-se na mesa de madeira maciça.
O silêncio pairou por um instante, até que Martin, com seriedade, perguntou:
— Rose… sei que isso é constrangedor, mas preciso perguntar. Você realmente quer casar comigo?
Ela ficou imóvel. O coração disparou.
— Não quero que você se case comigo só por causa do contrato — ele continuou, firme. — Quero que você case comigo porque deseja isso.
O silêncio parecia eterno. Rose respirou fundo, tomou coragem e deu alguns passos até ficar diante dele.
— Eu quero casar com você — respondeu, mesmo que suas palavras soassem como um peso em sua própria boca.
Os olhos de Martin brilharam. Ele se aproximou, acariciando de leve o rosto dela. Rose fechou os olhos, rendida ao gesto de ternura. Então, sem pensar, foi ela quem tomou a iniciativa: aproximou os lábios e o beijou.
Martin correspondeu, envolvendo-a com cuidado, num abraço cálido, seguro. Rose sentiu-se protegida, mas ao mesmo tempo, dentro de si, sabia: não era mais a mesma.
Porque o fantasma de um beijo proibido — o de Frank — ainda queimava em sua memória.
Um mês havia se passado desde o conselho em Roma. As palavras frias de Don Vincenzo ainda ecoavam na mente de Frank como uma sombra que se recusa a ir embora. A vida voltara ao aparente silêncio no resort, mas havia algo diferente no ar — uma calma tensa, o tipo que precede uma tempestade.Naquela manhã, uma ligação mudou tudo.O advogado da família DeLuca, doutor Salvatore Moretti, convocou Frank e Rose para uma reunião na capital. O tom sério na voz dele não deixava margem para adiamentos.…O escritório era amplo, elegante e silencioso. Livros de capa dura forravam as prateleiras, e um relógio antigo marcava o tempo com um toque seco e preciso. O advogado, de terno escuro e óculos finos, os recebeu com um leve aceno.— Senhor DeLuca, senhora Rose… obrigado por virem. — Ele gesticulou para que se sentassem. — Recebi ontem a confirmação oficial do falecimento de Martin DeLuca. O corpo foi encontrado na fronteira, e o relatório já foi encerrado pelas autoridades locais.Rose baixou os
Havia se passado alguns dias.O vento frio da capital italiana cortava as ruas silenciosas como lâminas. Roma dormia sob um céu encoberto, mas nas catacumbas de um velho palazzo, o verdadeiro coração da cidade pulsava — um coração moldado em sombras, honra e sangue.Frank DeLuca ajustou o paletó preto diante do espelho do quarto no resort. O olhar refletido era de um homem dividido — entre o dever e o amor. Atrás dele, Rose o observava em silêncio, as mãos pousadas sobre o ventre arredondado.— Vai ser perigoso, não é? — sussurrou ela, tentando disfarçar o tremor na voz.Frank virou-se e a envolveu nos braços, beijando-lhe a testa. — É só um conselho, principessa. Falam muito, decidem pouco. — Tentou sorrir, mas o brilho nos olhos o traía.Rose segurou a mão dele. — Frank… eu temo por você. — — Eu sempre volto pra você. — Ele encostou a testa na dela, em um gesto silencioso de promessa.Do lado de fora, Marcello De Santi já o esperava, encostado em um carro preto. Quando Frank saiu,
O sol brilhava alto sobre o mar, e o vento trazia o perfume das flores recém-plantadas no jardim do resort. Era um daqueles dias em que tudo parecia calmo demais — o tipo de calmaria que precede a tempestade.Rose estava na varanda, observando Elena brincar na areia, quando uma das funcionárias da recepção se aproximou com um semblante hesitante. — Senhora Rose… chegou uma correspondência para a senhora. — A moça entregou um envelope pardo, selado, com um carimbo do tribunal.Rose agradeceu com um sorriso leve, sem imaginar o que havia ali dentro. Abriu o envelope com tranquilidade — mas bastou os olhos percorrerem as primeiras linhas para o sangue lhe gelar nas veias.Era uma intimação judicial.O nome de Martin DeLuca estampado no topo do documento fez seu coração disparar. As letras pareciam dançar na frente de seus olhos. “Reivindicação de posse — propriedades e bens vinculados ao empreendimento denominado Resort DelMar.”Por um instante, o mundo pareceu parar. O ar ficou pesado,
Haviam se passado três meses desde aquela noite decisiva no cassino — a noite em que o destino, finalmente, pareceu dar uma trégua a Rose e Frank. Agora, a vida havia encontrado um novo ritmo, um compasso de serenidade e doçura que, por tanto tempo, parecia impossível.Rose vivia no resort ao lado de Elena e de Frank. Por um tempo, Caterina também permaneceu com eles, ajudando nos primeiros meses de adaptação, como se não conseguisse se desligar completamente da mulher que considerava uma filha. O mar, que antes fora apenas um cenário de memórias dolorosas, agora se tornara o testemunho silencioso de dias felizes.As manhãs começavam com o som das ondas batendo suavemente nas pedras e o riso de Elena ecoando pelos jardins. A menina corria de um lado para o outro, os cabelos castanhos claro sendo carregados pelo vento, livre — tão livre quanto a mãe sonhara um dia ser. Frank costumava observá-las de longe, com um sorriso orgulhoso e um brilho nos olhos que denunciava o homem apaixonado
Frank se livrou das roupas com uma urgência — como se cada peça fosse um obstáculo entre ele e o que mais desejava. Havia saudade em cada toque, paixão em cada respiração ofegante. Rose, entregue ao mesmo impulso, o ajudava com os olhos presos nos dele, sentindo o calor crescente entre os dois e o peso de todos os anos que os separaram de se dissolver no instante em que, enfim, voltaram a se pertencer.Ele com o membro duro ela sentia a firmeza dele penetrando em seu sexo já molhada de prazer. Rose gemeu de prazer com a força que Frank se movia dentro dela. De repente, Frank parou. Ficou imóvel, apenas a encarando — os olhos marejados de ternura, como se não acreditasse que ela realmente estivesse ali, tão perto, tão sua. O tempo pareceu suspenso. Rose, tomada por aquele olhar intenso e cheio de amor, não suportou a distância de um segundo sequer; com as mãos quentes de desejo, segurou o rosto dele e o puxou para si, beijando-o com uma paixão que misturava saudade, entrega e um amor
A chuva começou a cair forte, e os relâmpagos iluminavam o céu escuro da noite assim que Rose e Frank saíram do cassino. As luzes de neon refletiam nas poças d’água, tingindo a rua com tons de vermelho e dourado, como se o próprio destino estivesse escrevendo uma nova história diante deles.Frank abriu a porta do carro e fez um gesto para que ela entrasse primeiro. Rose, ainda atônita, mal conseguia acreditar no que havia acontecido — tinha recuperado suas terras, pedido o divórcio e, pela primeira vez em anos, sentia-se verdadeiramente livre.No banco de trás, o silêncio entre eles era carregado de emoção. A chuva batia com força contra o vidro, e o motorista os conduzia pelas ruas molhadas. Rose olhou para Frank, o coração acelerado, e deixou escapar, num tom entre o alívio e a raiva:O motorista deu partida, e o carro deslizou pelas ruas escuras. Rose olhou para Frank, o coração acelerado, e deixou escapar, num tom entre o alívio e a raiva:— Você é um maluco, Frank! — ela exclamo





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