Havia se passado alguns dias.
O vento frio da capital italiana cortava as ruas silenciosas como lâminas. Roma dormia sob um céu encoberto, mas nas catacumbas de um velho palazzo, o verdadeiro coração da cidade pulsava — um coração moldado em sombras, honra e sangue.
Frank DeLuca ajustou o paletó preto diante do espelho do quarto no resort. O olhar refletido era de um homem dividido — entre o dever e o amor. Atrás dele, Rose o observava em silêncio, as mãos pousadas sobre o ventre arredondado.
— Vai ser perigoso, não é? — sussurrou ela, tentando disfarçar o tremor na voz.
Frank virou-se e a envolveu nos braços, beijando-lhe a testa.
— É só um conselho, principessa. Falam muito, decidem pouco. — Tentou sorrir, mas o brilho nos olhos o traía.
Rose segurou a mão dele. — Frank… eu temo por você. —
— Eu sempre volto pra você. — Ele encostou a testa na dela, em um gesto silencioso de promessa.
Do lado de fora, Marcello De Santi já o esperava, encostado em um carro preto. Quando Frank saiu,