Charlotte Grant sempre foi a secretária perfeita: profissional, discreta e imune ao charme devastador de Maximilian Steele, o bilionário arrogante e controlador que comanda sua empresa com punho de ferro. Ele pode ser desejado por todas as mulheres, mas Charlotte nunca deu o gosto de cair em sua rede—até agora. Uma reunião explosiva. Uma discussão acalorada. Um olhar intenso que dura um segundo a mais do que deveria. E então, tudo sai do controle. O que era apenas tensão reprimida se transforma em algo proibido e irresistível. Ele a quer. Ele precisa dela. E Maximilian Steele sempre consegue o que deseja. Mas Charlotte não é uma conquista fácil. Quando um rival poderoso surge para desafiá-lo, Max percebe que pode perder a única mulher que realmente mexe com ele. E como se não bastasse, o passado ressurge para colocar tudo em risco. Agora, ele terá que provar que não é apenas um chefe impiedoso—ele é o homem que fará de tudo para tê-la, dentro e fora dos lençóis. 🔥 Desejo proibido. Possessividade extrema. Um bilionário que não aceita um ‘não’ como resposta. Você está pronta para ser tentada?
Leer másCharlotte
A pilha de papéis nos meus braços era ridiculamente grande, quase um insulto pessoal. Maximilian Steele tinha feito isso de propósito, eu sabia. Ele sabia. Documentos do mês passado? Sério? Era só mais uma das formas dele de testar minha paciência. Como se não bastasse lidar com sua presença intimidadora e aquele olhar frio que me fazia sentir como uma funcionária dispensável, agora eu também tinha que carregar peso extra logo de manhã.
Eu atravessava o lobby da Steele Medical Supplies, a empresa de vendas para hospitais onde eu trabalhava há anos, tentando equilibrar os documentos e o copo de café sem derramar nada. O som dos saltos ecoava pelo chão de mármore e, quando cheguei ao elevador, não precisei olhar para saber que alguns olhares estavam sobre mim. Todos conheciam Maximilian Steele. E todos sabiam que, de alguma forma, ele tinha um prazer sádico em me sobrecarregar.
— Precisa de ajuda? — uma voz masculina perguntou.
Olhei de lado e vi Daniel Reed, o melhor amigo de Max e um dos poucos que pareciam realmente humanos naquele andar.
— Eu estou bem, obrigada — respondi, mesmo que minha expressão dissesse o contrário.
— Aposto que Steele te jogou mais uma missão suicida. — Ele sorriu de canto, abrindo caminho para mim no elevador.
— Ele acha que sou a Mulher-Maravilha. — Revirei os olhos, ajeitando os papéis.
— Ou só quer chamar sua atenção. — Daniel piscou e eu bufei.
— Esse homem não quer minha atenção. Ele quer minha alma.
Daniel apenas riu enquanto as portas do elevador se fechavam.
Quando cheguei à minha mesa, já sabia que Max estava de mau humor. Ele não precisava gritar ou bater portas para demonstrar isso. O ar ao redor dele simplesmente ficava mais pesado, como se o ambiente inteiro absorvesse sua frustração.
— Grant. — Sua voz soou fria e firme assim que passei pela porta do seu escritório.
Ele nem levantou os olhos do computador.
— Sr. Steele — respondi, mantendo a profissionalidade.
Coloquei os documentos sobre sua mesa e cruzei os braços, esperando alguma nova ordem absurda. Ele finalmente ergueu os olhos, e aqueles olhos cinzentos me analisaram com a mesma intensidade de sempre.
— Por que esses documentos ainda não foram revisados?
Pisquei, surpresa.
— São relatórios do mês passado, senhor. Achei que fossem irrelevantes neste momento.
Seu maxilar se contraiu e ele se recostou na cadeira, tamborilando os dedos na mesa.
— Se fossem irrelevantes, eu não teria mandado você analisá-los, teria?
Segurei a vontade de rolar os olhos. Eu sabia jogar esse jogo.
— Vou revisar agora mesmo. — Virei nos calcanhares, pronta para sair.
— Charlotte. — Sua voz me fez parar. — Espero que saiba a diferença entre ser eficiente e ser teimosa.
Eu me virei lentamente e dei meu melhor sorriso profissional.
— Espero que saiba a diferença entre ser exigente e ser irritante, senhor.
Saí antes que ele pudesse responder.
O resto da manhã passou como um borrão de planilhas, análises de contratos e tentação de não jogar meu café quente em Maximilian. Eu não sabia por que ainda estava nesse emprego, mas algo dentro de mim me impedia de sair. Talvez fosse o desafio. Talvez fosse a satisfação de ver o homem mais poderoso que eu conhecia se irritando com minhas respostas afiadas.
Ou talvez fosse o fato de que, apesar de tudo, alguma parte de mim gostasse daquele jogo perigoso.
Não, eu não ia admitir isso.
Pouco antes do almoço, Clara, minha melhor amiga me mandou uma mensagem:
Clara: Já deu um soco na cara dele hoje ou está esperando um motivo maior?
Ri baixinho e respondi:
Eu: Ainda não, mas está na minha lista de prioridades.
Levantei os olhos do celular e vi que Max estava me observando da porta do escritório. Sua expressão era ilegível, mas seus olhos tinham aquele brilho desafiador que sempre me deixava alerta.
— Algo errado, Sr. Steele?
Ele inclinou a cabeça ligeiramente.
— Você está sorrindo. Isso é preocupante.
Cruzei os braços.
— Talvez eu esteja gostando da minha vida fora dessas quatro paredes, eu definitivamente prefiro ela.
Ele deu um pequeno sorriso, mas não era exatamente amigável. Depois de anos, nossa relação já não é a mais equilibrada em palavras e mesmo eu sendo a maior petulante esse homem não me demite.
— Não se acostume muito. — E com isso, ele voltou para o escritório.
Meu coração bateu mais rápido.
Definitivamente perigoso.
Suspirei e voltei minha atenção para Clara.
Eu: Preciso voltar ao trabalho antes que ele me demita de verdade.
Clara: Tenta não matá-lo antes do almoço.
Eu: Prometo tentar.
Minutos depois, peguei a papelada revisada e caminhei até o escritório de Maximilian. Bati na porta e entrei sem esperar resposta, como ele gostava.
— Aqui está tudo revisado, Sr. Steele. Agora vou sair para almoçar se o senhor não for precisar de mais nada! — Coloquei os documentos sobre sua mesa e me preparei para sair.
Ele pegou a pilha sem nem olhar direito, folheou por alguns segundos e, sem aviso, jogou tudo no lixo ao lado da mesa.
Meus olhos se arregalaram.
— Você acabou de… — Minha voz falhou por um segundo. — Você está brincando comigo?
Ele me encarou com um olhar impassível.
— Considere isso um teste. Você passou. Pode ir almoçar.
Fiquei tão furiosa que precisei respirar fundo para não gritar. Cerrei os punhos e me obriguei a sair do escritório sem uma palavra. Mas uma coisa era certa: a guerra entre nós estava oficialmente declarada.
A caminho do restaurante, eu xingava Maximilian mentalmente com todos os palavrões possíveis. Aquele homem era insuportável, arrogante, um completo psicopata corporativo. "Teste", ele disse. Se aquilo era um teste, então ele só podia estar avaliando minha capacidade de não cometer homicídio dentro do ambiente de trabalho.
— Idiota pretensioso… Meu Deus, como pode existir alguém tão cruel e panaca assim no mundo? — murmurei, chutando uma pedrinha no caminho.
Se eu não estivesse tão faminta, provavelmente teria voltado lá para derrubar aquela m*****a cadeira de couro em que ele tanto gostava de se recostar. Mas não. Ele não valia meu tempo. Ainda assim, algo me dizia que eu ainda não tinha visto o pior dele.
O sol desce lentamente por trás das colinas, derramando sua luz dourada sobre o quintal amplo e florido da nova casa. Uma brisa suave dança entre as folhas das árvores, levando o som das risadas de uma criança que corre descalça pela grama.— Mamãããe, olha o avião! — Giovanni grita, apontando para o céu com os olhos brilhando, os cachinhos castanhos balançando ao vento.Charlotte, sentada em uma espreguiçadeira, com uma barriga redondinha sob o vestido de linho claro, sorri com ternura. Sua mão repousa sobre o ventre, onde outro pequeno amor cresce em silêncio. Ela observa o filho correr livre, como se o mundo inteiro coubesse naquela tarde preguiçosa.— Não é avião, campeão. É o Daniel fingindo que sabe pilotar drone! — brinca Maya, sentada no degrau da varanda, com uma taça de vinho na mão e os pés descalços.Daniel, que está mais à frente, tentando controlar um drone que faz curvas estranhas no céu, finge indignação.— Ei! Isso foi quase um pouso perfeito!— “Quase” é exatamente o
Chove devagar lá fora. Aquelas chuvas que mais abraçam do que molham.Estou sentada no sofá da sala, enrolada no meu cardigã velho, com a caneca de chá de camomila já pela metade. Giovanni dorme. Max está no escritório, terminando alguma reunião, mas me lançou aquele olhar antes de subir… o olhar que diz “assim que eu terminar, volto pra você”.Abri meu caderno hoje. O diário que guardei por tanto tempo. Já quase não escrevo mais nele, talvez porque as palavras tenham virado presença. Mas hoje senti vontade. Porque às vezes, o coração transborda tanto, que escrever se torna inevitável.“Nunca achei que amar de novo fosse possível.”Sim. Porque depois de tudo… depois da dor, do abandono, da confusão, eu achei que havia me perdido. Achei que tinha me reconstruído inteira só pra nunca mais me deixar amar.Mas o amor — ah, o amor de verdade — não volta igual. Ele não se repete. Ele não pede licença. Ele se transforma. Ele volta mais maduro. Mais real. Ele floresce em terra que antes parec
Dois anos depoisA vida, agora, tem outro ritmo.As manhãs começam com passos apressadinhos no corredor — Giovanni, sempre o primeiro a acordar, cruzando o chão de madeira com seus pezinhos descalços, rindo sozinho, como se a simples ideia de mais um dia fosse motivo suficiente pra comemorar.A casa no campo nos deu uma paz que eu não sabia que precisava. Longe dos ruídos, do concreto sufocante, da pressa. Aqui, o ar é mais leve. Os sons são outros: pássaros, o rangido das árvores ao vento, a água da chuva batendo no telhado. E as risadas do Gio. Sempre as risadas dele.Acordei com a luz suave da manhã entrando pelas cortinas claras do quarto. Max ainda dormia ao meu lado, o peito nu subindo e descendo devagar. A barba por fazer, os cílios longos, e aquele leve franzir entre as sobrancelhas que só desaparece quando ele sonha comigo — segundo ele mesmo diz.Desci devagar, e encontrei Giovanni na sala, com o cabelo bagunçado, um pijama de dinossauro e os braços estendidos pro alto.— Ma
O sol começava a se pôr lentamente, tingindo o céu com tons de rosa e laranja. A Toscana parecia ainda mais mágica naquele fim de tarde. Estávamos deitados sobre uma manta xadrez, no alto de uma colina da vinícola. O vento soprava leve, bagunçando meu cabelo, mas Max estava tão encantado com a paisagem — ou comigo, talvez — que nem tentou ajeitá-lo dessa vez.Tínhamos uma cesta de piquenique entre nós, ainda com restos de pão, uvas, queijo e vinho. E silêncio. Um silêncio gostoso, que não pesava, não incomodava, só... acolhia. Era o tipo de silêncio que você só consegue dividir com quem tem alma parecida com a sua.Max estava deitado de lado, apoiado no cotovelo, me observando. Os olhos dele tinham aquela expressão suave, cheia de carinho, como se me olhasse e ao mesmo tempo visse o futuro todo refletido ali. A pulseira que ele comprou ainda estava no meu pulso. Eu não tinha tirado nem por um segundo desde a feirinha.— Em que tá pensando? — perguntei, virando o rosto pra ele.Ele sor
Acordamos com o som dos sinos da igreja da vila. Um som suave, que parecia dançar pelo ar como uma música antiga. A luz da manhã invadia o quarto pelas janelas abertas, e Max estava deitado ao meu lado, de olhos fechados, mas com um sorriso tranquilo nos lábios. Um sorriso de paz.Demorei alguns minutos só para observá-lo.Era estranho pensar que aquele homem ali, de respiração calma e expressão serena, já foi o mesmo que um dia me olhou com desconfiança, com orgulho ferido, com raiva. Hoje, tudo nele era diferente. Hoje, ele me olhava como se eu fosse a escolha mais certa da vida dele.E isso... me quebrava e me curava ao mesmo tempo.— Bom dia — sussurrei, passando os dedos pela linha do maxilar dele.Os olhos dele se abriram lentamente, e aquela faísca que eu conhecia tão bem apareceu ali, como se só de me ver, o dia já tivesse começado bem.— Você sempre acorda assim? Linda, cheirosa e perigosa?— Perigosa?— É. Perigosa pro meu autocontrole.Sorri, envergonhada, e ele me puxou pa
Era como viver dentro de um quadro.A Toscana tinha esse ar de sonho antigo, com seus campos ondulados, as parreiras alinhadas em fileiras suaves, as oliveiras retorcidas pelo tempo, como se contassem histórias silenciosas de gerações inteiras. Tudo era verde e dourado. A brisa tinha cheiro de lavanda e uvas maduras. E o silêncio… ah, o silêncio ali era um presente. Um silêncio que não pesava, mas abraçava.Estávamos numa vinícola isolada, uma casa de pedra com janelas de madeira, cortinas brancas que dançavam com o vento, e uma varanda com vista para um mar de vinhas que se perdia no horizonte. Não havia vizinhos. Não havia relógios. Só nós dois. E o tempo, finalmente, ao nosso favor.— Você percebe que estamos num cenário digno de um filme, né? — murmurei, enquanto andávamos devagar por um dos caminhos entre os vinhedos.Max apertou minha mão, entrelaçando nossos dedos com força.— É. Só que o filme é nosso. E eu sou o sortudo que conseguiu o papel principal ao seu lado.— Modesto c
Último capítulo