Charlotte se afastou de mim com um movimento brusco, sua respiração acelerada e os olhos faiscando.
— Se eu for ficar, Maximilian, vai ter que ter mudanças.
Cruzei os braços, analisando-a. Eu já esperava que ela não fosse simplesmente aceitar minha imposição, mas algo em sua postura me dizia que ela não estava apenas exigindo um pedido de desculpas.
— Que tipo de mudanças? — questionei, mantendo minha voz calma.
Ela ergueu o queixo, determinada.
— Eu quero ser respeitada. Quero que meu trabalho seja reconhecido sem precisar provar mil vezes que sou competente. Quero que pare de me tratar como se eu fosse descartável.