O sol começava a se pôr lentamente, tingindo o céu com tons de rosa e laranja. A Toscana parecia ainda mais mágica naquele fim de tarde. Estávamos deitados sobre uma manta xadrez, no alto de uma colina da vinícola. O vento soprava leve, bagunçando meu cabelo, mas Max estava tão encantado com a paisagem — ou comigo, talvez — que nem tentou ajeitá-lo dessa vez.
Tínhamos uma cesta de piquenique entre nós, ainda com restos de pão, uvas, queijo e vinho. E silêncio. Um silêncio gostoso, que não pesava, não incomodava, só... acolhia. Era o tipo de silêncio que você só consegue dividir com quem tem alma parecida com a sua.
Max estava deitado de lado, apoiado no cotovelo, me observando. Os olhos dele tinham aquela expressão suave, cheia de carinho, como se me olhasse e ao mesmo tempo visse o futuro todo refletido ali. A pulseira que ele comprou ainda estava no meu pulso. Eu não tinha tirado nem por um segundo desde a feirinha.
— Em que tá pensando? — perguntei, virando o rosto pra ele.
Ele sor