Mundo ficciónIniciar sesiónSofia Almeida, uma bailarina clássica dedicada, tem sua vida destruída quando testemunha um assassinato em uma noite de gala. Agora, o único homem capaz de mantê-la viva é Matteo DeLuca, o mafioso mais temido de Nova York — o mesmo homem que ordenou o crime que ela viu. Obrigada a se esconder na mansão dele, Sofia descobre que o mundo do crime é mais complexo do que imaginava, e que Matteo não é apenas um monstro — é um homem cercado por cicatrizes, segredos e solidão. Um homem misterioso. Enquanto o perigo se aproxima, uma atração inesperada e irresistível nasce entre os dois, colocando em risco não apenas suas vidas… mas também seus corações. Este casal conseguirá resistir a esse amor? Ou se entregarão intensamente?
Leer másAssim começa esta estranha história . Sofia era uma moça que sempre sonhou em ser bailarina . Desde pequenina já dançava. Se preocupava alucinadamente com a alimentação . Tinha pavor de engordar . Vigiava o próprio peso o tempo todo .
Seu pais não tiveram saída . Acabaram apoiando a filha e matricularam-na na escola de balé. E para a surpresa de zero pessoas na família , Sofia era a melhor aluna da classe. O maior orgulho da professora.
Cresceu sonhando com o sucesso profissional . Se dedicou , se esforçou , estudou muito . Trabalhava incansavelmente para alcançar a perfeição . Seus pés estavam sempre com cicatrizes, esparadrapos e curativos. Mas Sofia não se importava com isso . Queria ser a melhor bailarina que pudesse ser .
Desde os 12 anos , participou de pequenos eventos , concursos , pequenos shows . E com o tempo , foi ficando experiente , cada vez mais acostumada com os palcos , com a platéia . Ganhava flores , presentes de admiradores . Já estava acostumada a tirar fotos com fãs , amigos em geral e professoras que a admiravam.
Mas o maior sonho de Sofia era se apresentar no Teatro Municipal. Sofia perseguia esse sonho . E o grande dia chegou . A música ecoava suave pelo teatro. As luzes douradas dançavam sobre o palco enquanto Sofia com sua tiara prateada e corpo leve como o vento, girava em perfeita harmonia com o piano. Cada movimento foi meticulosamente estudado e ensaiado .
O seu camarim como sempre , cheio de flores e presentes .
- Estou nervosa - disse Sofia , esfregando as mãos .
- Vai dar tudo certo, Sofia . Fique calma . Sua grande noite chegou - respondeu Corina, uma de suas treinadoras.
E deu tudo certo , como sempre . Sofia brilhou, encantou a platéia . Estava linda , radiante . Seus movimentos não tiveram erros . Dançou ao som do piano . Cada movimento leve como o vento , cada passo , cada gesto . Até seu semblante conversava com a música tocada . Suas professoras estavam na primeira fila , aplaudindo, sorrindo e muito emocionadas.
A apresentação de Sofia durou 40 minutos . Foram várias músicas . Estilos diferenciados dentro do estilo clássico do balé. Resultado de muito trabalho . Foram meses a fio ensaiando , trabalhando muito .
Sofia estava radiante , seu sorriso e seus olhos brilhavam . Desde quando era criança ela sempre soube o que queria ser: uma bailarina profissional .
Esta noite era sua noite . Espetáculo no Teatro Municipal . A platéia estava lotada . Todos os ingressos esgotados. Aquela noite tinha tudo para ser a noite perfeita . A noite de seus sonhos . O que poderia dar errado?
Fim da apresentação . A platéia foi ao delírio. Todo mundo em pé aplaudindo Sofia . Aplausos que duraram minutos e mais minutos. Sofia sorriu, se emocionou . O seu sorriso ia de orelha a orelha . Emocionada , tremendo , estava ofegante , cansada . Seus olhos começaram a marejar , chorando de emoção , de alegria , tudo esses sentimentos juntos e misturados . Aquela sensação maravilhosa de sonho realizado , dever cumprido.
Sofia só queria isso : aplausos , sucesso profissional , se sentir orgulhosa de si mesma .
Se curvou diante da platéia , agradecendo os aplausos. Se retirou . Chegando no camarim , suas treinadoras a abraçaram , felizes e emocionadas .
- Parabéns Sofia - disse Corina emocionada.
- Você merece Sofia - disse Aline , sua maquiadora.
- Obrigada . Obrigada por todo o apoio que me deram desde sempre - agradeceu Sofia.
- Já viu quantos presentes você ganhou ?
- Que lindo ! Eu nem esperava.. nem sei o que dizer - Sofia ficou encantada ao ver tantos presentes naquele camarim .
- Esta noite você é a estrela , Sofia . Vá se acostumando . - Disse Aline retocando a maquiagem de Sofia.
- Meu coração vai acabar explodindo de tanta emoção ! Preciso trocar de roupa urgente, transpirei muito.
Sofia também estava cansada . Queria trocar de roupa , e voltar para casa . Precisava dormir, precisava de uma boa noite de sono.
- Sofia , tem jornalistas aí fora do camarim . Vão querer tirar fotos , e entrevistar você . - Disse Carmem, uma das professoras de Sofia .
- Professora Carmem , agora eu não posso. Estou trocando de roupa . Preciso respirar um pouco. A não ser que eles esperem um pouco . Vou ficar uns 10 minutinhos lá fora , vou sair pela porta dos fundos . Eles nem vão perceber .
- Fique tranquila . Eu tento segurar eles . - disse Corina, tentando ajudar.
- Obrigada , pai . Daqui a pouco eu volto .
Sofia só precisava respirar um pouco . Estava cansada . A maquiagem tinha até borrado , estava muito suada . Ao sair pela porta dos fundos, o som de um disparo cortou a noite.
- O que é isso? O que aconteceu aqui? O que você fez? - Sofia estava em estado de choque , tremendo.
- Você não viu nada , não sabe de nada , não ouviu nada . Fica quietinha.
Mas ela viu . Sim . Isso mesmo . Sofia acaba de testemunhar um assassinato . Um crime . Estava em estado de bloqueio. Como se estivesse congelada .
- Eu vi! - ela respondeu sem pensar. - Você o matou!
- Eu disse... você não viu absolutamente nada !
Sofia deu dois passos para trás , tropeçando na calçada, Virou-se e correu.
Ouviu passos atrás dela , estava sendo seguida.
Correu mais rápido, o coração martelando, o som dos saltos ecoando como um relógio da morte.
Virou a esquina e encontrou um táxi parado.
O motorista olhou para ela, assustado, a deixou entrar , mas acelerou assim que viu o homem de terno se aproximando.
As mãos tremiam. Ela não conseguia esquecer o rosto dele. Nem o som do tiro. Aquela noite tinha tudo para ser a melhor de sua vida . O espetáculo que Sofia tanto esperou . Durante meses Sofia se alimentou de uma grande expectativa : a apresentação de sua vida tem que ser perfeita do começo ao fim . Nada pode dar errado hoje.
Agora ela está dentro de um taxi . Acabou de testemunhar um crime. E sua vida corre perigo.
Ela não conseguia esquecer o rosto do atirador , e nem o som do tiro.
Horas depois, na delegacia, o ambiente cheirava a café e papel molhado.
- Então, senhorita Almeida… você está dizendo que viu um homem ser assassinado?
O policial ergueu os olhos de repente.
- Tenho. Por quê?
Ele empalideceu.
Sofia pediu um copo de água , estava muito nervosa .
- E quem é esse Matteo DeLuca?
- O Don da família DeLuca. Um dos mafiosos mais perigosos da Costa Leste. - O delegado suspirou, fechando o caderno. - Se ele te viu... não vai te deixar viva.
O segundo dia de Vanessa na mansão começou como todos os outros: silencioso, organizado, aparentemente inofensivo. Sofia percebeu isso logo cedo, quando atravessava o corredor levando uma bandeja de café para Clarissa. A casa tinha aquele cheiro familiar de limpeza recente, e os passos ecoavam suaves sobre o piso polido. Nada havia mudado — e, ainda assim, tudo parecia diferente.Vanessa surgiu no topo da escada, vestida com a mesma sobriedade do dia anterior. Nada chamativo. Nada fora do lugar. O cabelo preso de maneira simples, os óculos apoiados com precisão no nariz, uma pasta fina sob o braço. Ela descia com calma, como se já conhecesse o caminho, como se já pertencesse àquele espaço.Sofia diminuiu o passo sem perceber.Não havia motivo para atenção especial. Ainda assim, algo dentro dela se contraiu.Vanessa cumprimentou Clarissa com um sorriso educado, quase ensaiado. A conversa foi breve, prática. Palavras medidas. Sofia observava à distância, fingindo ajustar a bandeja, mas
O dia ainda nem havia despertado por completo quando o carro preto cruzou o portão da mansão. Vanessa observava tudo pela janela, com atenção controlada. O céu estava pálido, e a construção surgia imponente, silenciosa, quase hostil. Ela respirou fundo antes de descer do carro, ajustando a alça da bolsa no ombro.Estava vestida de forma discreta: saia abaixo do joelho, blusa clara, sapatos baixos. Elegante sem exageros. Segura sem arrogância. Era exatamente como planejara.Clarissa foi quem a recebeu.— Bom dia. — disse, educada, analisando-a rapidamente com o olhar treinado de quem conhece cada canto daquela casa. — Você deve ser a Vanessa.— Sou sim. — respondeu ela, com um sorriso contido. — Obrigada por me receber.Clarissa assentiu e indicou o interior da mansão.— O senhor Matteo pediu para que você fosse direto ao escritório. Mas antes… — fez um pequeno gesto com a mão. — Vou lhe mostrar a casa. É importante entender como tudo funciona aqui.Vanessa concordou. Enquanto caminhav
A parte da manhã ensolarada estava pairando suave sobre a mansão quando Matteo entrou no corredor que levava ao quarto de Sofia. Os passos dele eram firmes, mas havia algo diferente em sua postura , como se fosse uma leve ansiedade, quase juvenil, que ele não se lembrava de ter sentido antes. Parou diante da porta por um instante, respirou fundo e bateu duas vezes, de forma contida.- Entre - respondeu a voz de Sofia, clara, sem o nervosismo de antes.Matteo abriu a porta e a encontrou perto da janela, ainda usando o uniforme simples que Clarissa lhe entregara mais cedo. Ela segurava um pano nas mãos, mas parou assim que o viu. Os olhos se encontraram, e o silêncio que se formou não era constrangedor , era carregado de expectativa. Um suspense que era bom , uma emoção que fazia bem aos dois.- Sofia… - começou ele, aproximando-se alguns passos. - Quero que você tire o uniforme.Ela piscou, surpresa por um segundo, até que ele completou, com um leve sorriso no canto da boca:- Se arrum
A noite avançou sem pressa, como se a mansão inteira tivesse decidido respeitar o que havia nascido naquele quarto. Matteo não ficou. Não por falta de vontade, mas porque algo dentro dele exigia cuidado. Ele se afastou depois de mais um beijo, lento, contido, como uma promessa que ainda precisava aprender a respirar.- Durma bem, Sofia. - disse, com a mão ainda pousada na porta. - Amanhã… tudo começa de um jeito diferente.Ela assentiu, sentindo um misto de alegria e um medo suave, quase doce.Quando a porta se fechou, Sofia ficou alguns segundos parada no meio do quarto, como se precisasse confirmar que aquilo havia sido real. Tocou os próprios lábios, respirou fundo, e só então se permitiu sorrir sozinha. Pela primeira vez desde que tinha chegado naquela casa, não se sentia prisioneira.Mas nenhuma mudança acontece sem custo.Matteo caminhou pelos corredores em silêncio, o som dos próprios passos ecoando mais do que de costume. Ao entrar em seu quarto, fechou a porta com cuidado, c
O portão da mansão se fechou devagar, engolindo a silhueta de Vanessa enquanto ela atravessava o jardim rumo à saída. A luz das quatro e meia da tarde fazia as folhas brilharem, mas o ar parecia denso demais para aquela hora do dia. Matteo observou pela janela do escritório por alguns segundos, depois virou-se para Morandi.- Acompanhe-a até o portão. - Sua voz saiu calma, mas com aquela firmeza que dispensava explicações.Morandi apenas assentiu e saiu. Ele caminhava ao lado de Vanessa com passos lentos e calculados, ambos mantendo distância o suficiente . Não trocaram olhares. Não se aproximaram. Parecia até que, se seus braços se encostassem por acidente, o mundo terminaria ali mesmo.Sofia estava terminando de ajeitar os vasos de plantas próximos ao caminho que levava à saída da casa. De longe, ela viu os dois. Observou primeiro Vanessa: bonita, discreta, postura impecável. Depois olhou para Morandi. E alguma coisa ... algo quase imperceptível ... fez seu peito se apertar. Não era
A porta do escritório fechou-se atrás de Vanessa com um clique suave, abafando o som distante dos passos de Morandi no corredor. O ambiente era amplo, revestido de madeira escura, iluminado por lâmpadas âmbar que lançavam sombras alongadas sobre as paredes. O cheiro no ar era de couro, tabaco caro e algo mais ...algo tenso, inconfundível, como se aquele cômodo fosse um confessionário para verdades perigosas.Matteo estava sentado atrás da mesa imponente, mexendo em alguns papéis, mas levantou os olhos assim que ela entrou. Por um breve instante, ele pareceu avaliá-la como um general avalia um território desconhecido. Vanessa manteve a postura impecável, as mãos entrelaçadas discretamente diante do corpo, mas sua respiração traía um leve nervosismo.- Sente-se, por favor - disse Matteo, apontando para a cadeira à sua frente.A voz dele soou calma, porém carregada daquele peso característico de quem está acostumado a ser obedecido.Vanessa se aproximou, com passos elegantes e precisos. S





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