Ele nasceu no berço do poder. Ela foi criada sob os holofotes da fortuna. Jae-Min Seo, um CEO coreano de 28 anos com um passado mafioso oculto e um império empresarial bilionário, é forçado a selar um acordo de paz entre clãs rivais ao se casar com Aurora Callahan, uma herdeira ruiva da ensolarada Califórnia, conhecida tanto por sua beleza quanto por sua arrogância indomável. O casamento é uma guerra desde o altar. Ela o despreza. Ele a quer apenas como uma peça de xadrez. Mas o que começa como um jogo de poder e humilhação, torna-se um campo minado de sentimentos quando os dois percebem que, no meio do caos… há desejo. A guerra fica ainda mais intensa quando Skylar, prima de Aurora, entra em cena determinada a conquistar o CEO — custe o que custar. Traições, reconciliações de tirar o fôlego, e reviravoltas que queimam como fogo. Nesta história, amar é mais perigoso do que matar.
Leer más🕐 MONTANHAS DE AKITA — ESTRADA PARA O TEMPLO — 03h12 A caravana avançava devagar pela estrada de neve, iluminada apenas pelos faróis engolidos por névoa. Dentro do principal veículo blindado, Aurora apertava Aerin contra o peito, o coração batendo num ritmo que desafiava cada centímetro de coragem que ainda restava. Ji-Yun, sentada à frente, segurava o Livro da Origem como se fosse a única âncora entre fé e aniquilação. Jae-Min, do lado de fora, liderava cada ponto de vigília com voz de comando que tremia até o último capô da Tríade. — Mantêm as linhas de fogo. Se um só deles se mexer fora do lugar, queimem sem aviso. — rosnou ele pelo comunicador. Um dos motoristas murmurou, tentando segurar o medo: — Senhor, as câmeras térmicas estão falhando. Há algo… nos seguindo… Um estalo de rádio. Silêncio. Aurora abriu a janela lateral, espiando a noite. Um vulto atravessou o feixe de luz — rápido, sem forma definida, como carne despedaçada costurada na escuridão. Ela apenas mu
🕐 VLADIVOSTOK – BASE AVANÇADA DA TRÍADE – 18h03 O vento cortava como lâmina, levantando fragmentos de gelo pelo cais abandonado. Aurora sentia o peso do colete balístico sob o sobretudo negro, enquanto revisava o mapa holográfico preso a um case metálico. Ji-Yun, encostada a seu lado, murmurava cânticos baixos, dedos tingidos de sangue seco de rituais recentes. Jae-Min terminava de falar com um dos generais do braço armado da Tríade no Pacífico. O homem parecia exausto; a cada ordem, o silêncio ao redor parecia mais pesado. — Zakharov não recuou — disse Aurora, voz firme. — Ele se enterrou dentro das ruínas soviéticas na baía. Protege o Portador Vazio como um filho bastardo. Ji-Yun ergueu os olhos, sombras abaixo deles. — E o traidor? Aurora apertou os punhos. Em sua mente, as palavras de Aerin ecoavam: “Ele tem o mesmo cheiro do papai.” — Hoje ele sangra — prometeu ela. --- 🕐 TÚNEIS SUBTERRÂNEOS – 18h49 As ruínas da antiga base soviética eram um labirinto úmido
🕐 HOKKAIDO – BASE TEMPORÁRIA DA TRÍADE – 08h09 O cheiro de incenso ainda pairava no ar, mas não mascarava o odor metálico do sangue que impregnava as pedras. Aurora observava os restos do selo, agora quebrado em quatro partes, espalhado no chão como um espelho que não podia mais ser reparado. Aerin dormia, mas inquieto. Ji-Yun mantinha uma barreira de proteção ao redor do menino, enquanto Jae-Min, de pé, com os braços cruzados, falava ao telefone com a voz grave e fria que ela só ouvia quando o CEO em guerra tomava controle. — Sim. Todas as rotas foram comprometidas — murmurou ele, encarando o horizonte congelado pela janela. — Eles sabiam onde atacar. Sabiam que Aerin estaria aqui. Aurora se aproximou lentamente, puxando o casaco sobre os ombros. — Foi o traidor? Ele assentiu, mas não respondeu de imediato. — E não só isso. A máfia russa se moveu ao mesmo tempo. — Isso é coincidência? — Com eles… nunca. Ji-Yun ergueu os olhos do círculo protetor. — Eles foram pagos. Algu
FRONTEIRA DE SHIKOKU – JAPÃO – 05h19A névoa da manhã era densa, quase sólida. A floresta de cedros ancestrais murmurava palavras esquecidas, e entre elas, uma nova presença se arrastava. Era humano — mas apenas por fora. Suas mãos estavam enfaixadas até os cotovelos, e seus olhos… completamente vazios.Ele andava descalço. O solo queimava sob seus pés, mas ele não sentia dor. Porque não havia mais nada ali.A voz dentro dele sussurrou:— Você não precisa nome. Você é a boca da ruína. Você é o Portador.E o vazio respondeu:— Sim.—🕐 CAVERNA DA ORIGEM – INTERIOR – 06h12Aurora segurava Aerin junto ao peito, ainda ajoelhada diante do altar da Tríade. O colar de selamento agora brilhava com luz dourada, mas o menino estremecia a cada poucos minutos — como se seu corpo estivesse tentando resistir a algo que o chamava de longe.Jae-Min observava em silêncio, mas seus olhos estavam fixos nas paredes. Havia um símbolo novo gravado ali. Um que não existia antes:☿O símbolo do “portador s
🕐 REFÚGIO DE OBSIDIANA – SALA DO SILÊNCIO – 02h14 Aurora despertou sobressaltada. O nome sussurrado na escuridão ecoava ainda em seus ouvidos como um trovão gentil: “Você não lembra… mas nasceu entre fogo e obsidiana.” Sentou-se devagar. O berço ao lado tremia levemente, como se Aerin, mesmo dormindo, tivesse sentido a mesma coisa. Ela passou a mão no cabelo e caminhou até a porta de madeira negra. Quando tocou a maçaneta, esta ficou quente. O símbolo de um olho fechado surgiu ali, como se a madeira respirasse. Ela hesitou. E então abriu. — 🕐 FLASHBACK – LUGAR DESCONHECIDO – DATA INCERTA Ela era pequena. Um quarto sem janelas. Incenso. Vozes em uma língua que não compreendia. Ao seu redor, homens e mulheres vestidos de vermelho recitavam seu nome em coro: — Eilira… Eilira… filha da Tríade… Ela tentava tapar os ouvidos. Tentava fugir. Mas o chão queimava. — 🕐 PRESENTE – REFÚGIO – CORREDORES OCULTOS – 02h22 Aurora desceu os degraus em espiral com
🕐 MONTANHAS DE SADO – JAPÃO RURAL – 04h27A madrugada era espessa e silenciosa quando o carro blindado subiu as estradas estreitas e sinuosas da ilha de Sado, um dos lugares mais isolados do arquipélago japonês. O templo do Cervo Branco havia sido deixado para trás horas antes, e com ele, um rastro de destruição e de sangue não derramado.No banco traseiro, Aurora segurava Aerin junto ao peito. O bebê dormia, envolto em mantos rituais, mas mesmo adormecido irradiava um calor silencioso, uma energia que preenchia o espaço como a batida de um tambor ancestral.Jae-Min, no banco do passageiro, não tirava os olhos da estrada à frente. Seus dedos tamborilavam discretamente o coldre da arma presa à cintura.— Estamos sendo seguidos? — perguntou Aurora, sem levantar a voz.— Ainda não — respondeu ele. — Mas não vamos poder ficar parados por muito tempo.Aurora observou a silhueta do seu companheiro sob a luz da madrugada. O homem que a tinha tomado com fúria e paixão em Seul, o CEO impenetr
Último capítulo