A Mulher Do Fazendeiro!

A Mulher Do Fazendeiro! PT

Romance
Última atualização: 2025-12-13
Brenda Barroz   Atualizado agora
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Resumo
Índice

Amélia nunca imaginou que, em questão de horas, deixaria de ser apenas a filha obediente do carpinteiro para se tornar esposa do homem mais temido da região: Afonso Cobalto. Reservado, inexplicavelmente rico e dono de terras que escondem mais do que plantam, Afonso é um enigma — e um casamento com ele é tanto uma honra quanto uma sentença.   Jogada em uma casa cheia de olhares julgadores, regras rígidas e segredos que ninguém comenta, Amélia precisa aprender a viver ao lado de um marido que mal conhece… e que parece travar uma batalha contra si mesmo cada vez que se aproxima dela.   Enquanto tenta esconder sua insegurança e o medo de ser “devolvida”, Amélia descobre que Afonso carrega cicatrizes profundas — físicas e emocionais — deixadas por um passado cruel do qual ele nunca conseguiu escapar.   Ele, que jamais teve carinho. Ela, que nunca teve escolha.   Entre aulas de leitura, silêncios carregados, noites interrompidas por incêndios misteriosos e funcionárias que testam sua autoridade, a convivência forçada cria algo inesperado: um vínculo frágil, proibido e cheio de desejo contido.   Mas quando rumores, ciúmes e o passado de Afonso ameaçam o início desse amor improvável, Amélia precisará descobrir até onde vai sua coragem… E até onde ele está disposto a ir para finalmente merecer o título que nunca teve:   O de marido.

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Capítulo 1

PRÓLOGO

Nota

O ano, o local e as leis são frutos da minha mente perturbada!

Esta é uma história que foi se desenrolando na minha cabeça, e eu quis compartilhar com vocês.

Espero que gostem!

PRÓLOGO

AFONSO COBALTO

Dediquei minha vida a construir riquezas.

Minha mãe era uma camponesa que acabou engravidando do patrão. Ele já era casado e tinha um casal de filhos legítimos.

Passei boa parte da infância fazendo de tudo para mostrar meu valor ao meu pai, mas era em vão. Eu era apenas o bastardo de Ramires Simões.

— A única coisa que teremos em comum é o sangue. Não pense que dividirei a herança do meu pai com um vira-lata. — Jenny, minha meia-irmã, era uma criança insuportável.

— Prepare um cavalo para mim! —

Eu era basicamente o empregado particular dos meus irmãos. Lembro-me de ajustar a sela para Otávio enquanto engolia minha raiva.

Prometi a mim mesmo que nunca precisaria de nada deles.

E que um dia compraria a terra que eles chamam de lar, só para ter o prazer de expulsá-los da mesma forma que fizeram comigo.

O velho Ramires só permitia a minha presença nas terras porque minha mãe não o aceitava na cama se eu fosse afastado. Mas a tuberculose a levou quando eu tinha treze anos.

Depois disso, fui para a cidade vizinha morar com a única família que me restava: minha tia Carlota, professora, que me incentivava muito.

Comecei a trabalhar para o senhor Conrado em sua pequena fazenda. Eu fazia de tudo lá, e ele me tratava como um filho. Quando morreu, deixou suas terras para mim.

Comprei as fazendas vizinhas, expandi meus domínios e fiquei cada vez mais rico com meus investimentos.

Nunca tive um relacionamento sério, mas frequentava um prostibulo, onde tenho uma favorita, recebo muitas propostas de casamento mais sei que as moças de família tem medo de mim.

Sou um homem grande, e não sou de sorrisos, muitas mulheres têm medo de chegar perto de mim — e isso nunca me fez falta.

Até eu perceber que não tenho um herdeiro direto. Talvez seja hora de arrumar uma esposa.

O velho Ramires tenta a todo custo se aproximar de mim agora que tenho a maior fazenda da região, fornecendo café, leite, queijo e frutas até para o exterior.

Entro na minha caminhonete para ir ao vilarejo prestar condolências à família de um dos meus funcionários.

AMÉLIA DIAZ

O dia chuvoso combinava perfeitamente com o meu estado de espírito.

O silêncio dominava o ambiente enquanto o corpo da minha irmã era velado sobre a mesa da nossa casa.

Seu assassino recebia condolências como se não tivesse feito nada.

Minha mãe se envergonhava por “não ter criado a filha para ser uma boa esposa”. Minha irmã tentou fugir do casamento violento, se apaixonou, e morreu para que o marido tivesse a “honra lavada”.

Meu pai estava sentado num canto, segurando uma garrafa de cachaça, os olhos fixos no caixão branco.

Ele se levantou rapidamente quando um homem entrou pela porta. Era alto, quase tocando o batente. Tirou o chapéu preto revelando o cabelo tão escuro quanto ele. Vestia uma camisa xadrez amarrotada e um cinto com uma fivela pesada.

— Senhor Cobalto, é uma honra tê-lo aqui — disse meu pai, apertando sua mão.

— Soube da perda da sua filha — a voz dele era grossa, e o olhar, vazio.

— Uma vergonha enorme… — meu pai lamentou. — Agora o noivo da Amália desfez o compromisso, e eu terei que carregar mais essa vergonha.

— Logo o povo esquece.

— Amélia, venha até aqui — chamou meu pai. Caminhei lentamente até eles. — O senhor não quer levá-la para esquentar sua cama?

Olhei para meu pai, incrédula.

O homem pareceu ouvir aquilo com naturalidade.

Meu pai segurou meu queixo, obrigando-me a encará-lo. O homem me observou por alguns segundos e negou com a cabeça.

— Agora não é momento de falar de negócios, Diaz — ele disse, tocando o ombro do meu pai antes de se afastar.

As pessoas foram embora uma a uma após o enterro.

Na manhã seguinte, acordei com meu pai na sala conversando com o homem de ontem. Pareciam negociar alguma coisa.

Fui para a cozinha, onde minha mãe arrumava uma bandeja.

— Arrume suas coisas. O senhor Cobalto vai levá-la. — Ela me olhou séria. — Por favor, se comporte. Não nos envergonhe como sua irmã.

— Mãe… eu não quero ir — sussurrei, apavorada

— Ele é um homem importante. Não o decepcione.

Anelim, minha irmã mais velha, tinha 21 anos. Agora, com ela morta, eu era a mais velha. Provavelmente querem se livrar de mim para ter tempo de arrumar casamento para minhas outras duas irmãs, longe das fofocas.

Debater seria inútil.

Arrumei tudo que coube na mala velha.

Quando fui até a sala, meu pai e o homem falavam sobre cavalos.

Minha mãe permanecia ao lado, segurando a bandeja como uma estátua.

Assim que me viram, o homem se levantou.

— Vamos.

Engoli seco e o segui até sua caminhonete vermelha.

Despedi-me dos meus pais com um abraço. Na cabeça deles, estavam salvando duas filhas… sacrificando uma.

— Só isso? — ele perguntou, olhando minha mala.

Assenti. Ele colocou minha bagagem na traseira e abriu a porta para eu entrar.

Havia várias garrafas de cerveja no chão. Elas chacoalharam quando me acomodei, até a porta bater.

Alguns segundos depois, ele entrou do outro lado.

— Qual a sua idade, Amália?

— Amélia — corrigi quase num sussurro. — Meu nome é Amélia.

— Já estava achando que não falava.

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