Mundo de ficçãoIniciar sessãoAmélia nunca imaginou que, em questão de horas, deixaria de ser apenas a filha obediente do carpinteiro para se tornar esposa do homem mais temido da região: Afonso Cobalto. Reservado, inexplicavelmente rico e dono de terras que escondem mais do que plantam, Afonso é um enigma — e um casamento com ele é tanto uma honra quanto uma sentença. Jogada em uma casa cheia de olhares julgadores, regras rígidas e segredos que ninguém comenta, Amélia precisa aprender a viver ao lado de um marido que mal conhece… e que parece travar uma batalha contra si mesmo cada vez que se aproxima dela. Enquanto tenta esconder sua insegurança e o medo de ser “devolvida”, Amélia descobre que Afonso carrega cicatrizes profundas — físicas e emocionais — deixadas por um passado cruel do qual ele nunca conseguiu escapar. Ele, que jamais teve carinho. Ela, que nunca teve escolha. Entre aulas de leitura, silêncios carregados, noites interrompidas por incêndios misteriosos e funcionárias que testam sua autoridade, a convivência forçada cria algo inesperado: um vínculo frágil, proibido e cheio de desejo contido. Mas quando rumores, ciúmes e o passado de Afonso ameaçam o início desse amor improvável, Amélia precisará descobrir até onde vai sua coragem… E até onde ele está disposto a ir para finalmente merecer o título que nunca teve: O de marido.
Ler maisNota
O ano, o local e as leis são frutos da minha mente perturbada! Esta é uma história que foi se desenrolando na minha cabeça, e eu quis compartilhar com vocês. Espero que gostem! PRÓLOGO AFONSO COBALTO Dediquei minha vida a construir riquezas. Minha mãe era uma camponesa que acabou engravidando do patrão. Ele já era casado e tinha um casal de filhos legítimos. Passei boa parte da infância fazendo de tudo para mostrar meu valor ao meu pai, mas era em vão. Eu era apenas o bastardo de Ramires Simões. — A única coisa que teremos em comum é o sangue. Não pense que dividirei a herança do meu pai com um vira-lata. — Jenny, minha meia-irmã, era uma criança insuportável. — Prepare um cavalo para mim! — Eu era basicamente o empregado particular dos meus irmãos. Lembro-me de ajustar a sela para Otávio enquanto engolia minha raiva. Prometi a mim mesmo que nunca precisaria de nada deles. E que um dia compraria a terra que eles chamam de lar, só para ter o prazer de expulsá-los da mesma forma que fizeram comigo. O velho Ramires só permitia a minha presença nas terras porque minha mãe não o aceitava na cama se eu fosse afastado. Mas a tuberculose a levou quando eu tinha treze anos. Depois disso, fui para a cidade vizinha morar com a única família que me restava: minha tia Carlota, professora, que me incentivava muito. Comecei a trabalhar para o senhor Conrado em sua pequena fazenda. Eu fazia de tudo lá, e ele me tratava como um filho. Quando morreu, deixou suas terras para mim. Comprei as fazendas vizinhas, expandi meus domínios e fiquei cada vez mais rico com meus investimentos. Nunca tive um relacionamento sério, mas frequentava um prostibulo, onde tenho uma favorita, recebo muitas propostas de casamento mais sei que as moças de família tem medo de mim. Sou um homem grande, e não sou de sorrisos, muitas mulheres têm medo de chegar perto de mim — e isso nunca me fez falta. Até eu perceber que não tenho um herdeiro direto. Talvez seja hora de arrumar uma esposa. O velho Ramires tenta a todo custo se aproximar de mim agora que tenho a maior fazenda da região, fornecendo café, leite, queijo e frutas até para o exterior. Entro na minha caminhonete para ir ao vilarejo prestar condolências à família de um dos meus funcionários. AMÉLIA DIAZ O dia chuvoso combinava perfeitamente com o meu estado de espírito. O silêncio dominava o ambiente enquanto o corpo da minha irmã era velado sobre a mesa da nossa casa. Seu assassino recebia condolências como se não tivesse feito nada. Minha mãe se envergonhava por “não ter criado a filha para ser uma boa esposa”. Minha irmã tentou fugir do casamento violento, se apaixonou, e morreu para que o marido tivesse a “honra lavada”. Meu pai estava sentado num canto, segurando uma garrafa de cachaça, os olhos fixos no caixão branco. Ele se levantou rapidamente quando um homem entrou pela porta. Era alto, quase tocando o batente. Tirou o chapéu preto revelando o cabelo tão escuro quanto ele. Vestia uma camisa xadrez amarrotada e um cinto com uma fivela pesada. — Senhor Cobalto, é uma honra tê-lo aqui — disse meu pai, apertando sua mão. — Soube da perda da sua filha — a voz dele era grossa, e o olhar, vazio. — Uma vergonha enorme… — meu pai lamentou. — Agora o noivo da Amália desfez o compromisso, e eu terei que carregar mais essa vergonha. — Logo o povo esquece. — Amélia, venha até aqui — chamou meu pai. Caminhei lentamente até eles. — O senhor não quer levá-la para esquentar sua cama? Olhei para meu pai, incrédula. O homem pareceu ouvir aquilo com naturalidade. Meu pai segurou meu queixo, obrigando-me a encará-lo. O homem me observou por alguns segundos e negou com a cabeça. — Agora não é momento de falar de negócios, Diaz — ele disse, tocando o ombro do meu pai antes de se afastar. As pessoas foram embora uma a uma após o enterro. Na manhã seguinte, acordei com meu pai na sala conversando com o homem de ontem. Pareciam negociar alguma coisa. Fui para a cozinha, onde minha mãe arrumava uma bandeja. — Arrume suas coisas. O senhor Cobalto vai levá-la. — Ela me olhou séria. — Por favor, se comporte. Não nos envergonhe como sua irmã. — Mãe… eu não quero ir — sussurrei, apavorada — Ele é um homem importante. Não o decepcione. Anelim, minha irmã mais velha, tinha 21 anos. Agora, com ela morta, eu era a mais velha. Provavelmente querem se livrar de mim para ter tempo de arrumar casamento para minhas outras duas irmãs, longe das fofocas. Debater seria inútil. Arrumei tudo que coube na mala velha. Quando fui até a sala, meu pai e o homem falavam sobre cavalos. Minha mãe permanecia ao lado, segurando a bandeja como uma estátua. Assim que me viram, o homem se levantou. — Vamos. Engoli seco e o segui até sua caminhonete vermelha. Despedi-me dos meus pais com um abraço. Na cabeça deles, estavam salvando duas filhas… sacrificando uma. — Só isso? — ele perguntou, olhando minha mala. Assenti. Ele colocou minha bagagem na traseira e abriu a porta para eu entrar. Havia várias garrafas de cerveja no chão. Elas chacoalharam quando me acomodei, até a porta bater. Alguns segundos depois, ele entrou do outro lado. — Qual a sua idade, Amália? — Amélia — corrigi quase num sussurro. — Meu nome é Amélia. — Já estava achando que não falava.Capítulo cinco AMÉLIA COBALTO Após o almoço eu fui para a cozinha - Gina pode me ajudar a fazer uma lista? o senhor Cobalto quer uma lista do que você precisa. - Claro, vou ver o que preciso, vou falando e a senhora vai escrevendo. Ela me passa um tinteiro e papel, me sinto sem graça encarando os itens, sujo minhas mãos na tinta de tamanho nervoso. Os passos pesados de Afonso vindo em direção a cozinha me deixa ainda mais nervosa. - Me dê a lista – ele estende a mão para que eu entregue o papel, ele olha minhas mãos mais sujas do que o necessário para a tarefa, automaticamente escondo minhas mãos sujas de tinta – Amélia venha comigo, me acompanhe até a cidade, Gina faça a lista e entregue ao Vicente. Ele sai da cozinha e eu o sigo em passos lentos, ele para no meio da sala me observando dos pés a cabeça. - Se troque, vou esperar por você aqui – concordo e subo correndo Deixo a banheira enchendo e vou escolher um vestido, o Afonso está bem vestido,
CAPÍTULO QUATRO AMÉLIA COBALTO Deposito a cesta de pães em cima da grande mesa com outros alimentos, o ambiente era de descontração, os homens conversavam em voz alta. Antes que eu saísse do local meus olhos se encontram com o olhar de reprovação do senhor Cobalto, abaixei minha cabeça e sai o mais rápido que eu pude de lá. Quando estou me aproximando da casa principal vejo minha mãe, aperto o passo, quase correndo para chegar ao seu encontro - Mãe - beijo suas mãos e ela faz o sinal da cruz em minha testa – bom te ver, veio me buscar? - Seu pai veio conversar com o senhor Cobalto- fala de sua forma seca, minha mãe não é uma pessoa ruim só não sabe ou não quer demonstrar sentimentos, se meu pai souber que eu deixei o senhor Cobalto bravo ontem irá ficar bravo comigo- você se deitou com ele? - Eu o desagradei mamãe – uma mistura de medo e vergonha encheram meus olhos de lágrimas Mamãe segurou em meu braço me puxando para um canto mais reservado, chegamos embaixo das esc
CAPÍTULO TRÊS AFONSO COBALTO Esperei até anoitecer para levar a Amélia para cama. Ela não entendeu que eu queria saber se ela era virgem, me deu certeza que era. -Sabe o que acontece entre um homem e uma mulher de forma íntima Amélia? Amélia foi sincera em sua resposta, eu já não aguentava mais para me enterrar nela então mandei que Joana a ajudasse. Tomei quase uma garrafa de whisky até Joana descer, assim que ela desce e corre para a cozinha, eu deixo o copo na mesa de centro e subo. Entrei no quarto e vi Amélia sentada na beira da cama, tirei minhas roupas louco para comer minha bela esposa visivelmente nervosa. Fiquei um pouco irritado por ela não ter deitado como eu mandei, mais não resistiu quando eu a deitei, a Joana escolheu muito bem a roupa para ela, o tecido era fino e abriu facilmente quando desfiz o laço, me dando uma visão maravilhosa dos seu corpo nu, os seios pequenos perfeitos. Ia levá-los a boca mais ouvi o seu soluço, ela esta
CAPÍTULO DOIS AMÉLIA COBALTO A forma firme em que ele me olha e fala com a minha pessoa faz meu corpo estremecer. A Joana me apresentou a casa, caberia duas casas do tamanha da que eu morava com minha família dentro dessa, quando a noite chegou o medo tomou conta de mim. Quando minha irmã se casou mamãe ficou um tempo conversando com ela, mas comigo ela não teve conversa e eu me sinto perdida em como devo agir. O som dos talheres são as únicas coisas que cortam o silêncio desconfortável do ambiente. A carne ao ponto sendo cortada de forma precisa pelo senhor Cobalto, me chamou atenção em como ele sabia usar bem uma faca, tive medo de não saber o que fazer e ser punida, ele é um homem assustadoramente grande, sua fisionomia me deixa em dúvida sobre sua beleza existir. As vezes eu o olho e o acho bonito outras eu fico na dúvida, ele não é feio só não consigo definir se o acho bonito, acho que seu tamanho me assusta. - A comida não te agrada? – ele quebra o silêncio - Ag
CAPÍTULO UM "AMÉLIA DIAZ · Decido finalmente observar o tipo de homem que está ao meu lado. · · — Falo quando acho que serei ouvida — digo olhando para minhas mãos apoiadas no colo. — Senhor… — acrescento, quando o resto da coragem me abandona. · · — O que deixou de dizer por achar que não seria ouvida? — ele pergunta, sem desviar os olhos da estrada. — Diga. · · O tom na última palavra soa mais autoritário. Formulo bem minhas palavras para não parecer desrespeitosa. · · — A minha ida com o senhor, na tentativa de calar boatos maldosos, é uma loucura descabida. Só vai mudar o foco das fofocas… agora dirão que sou a filha que serviu de consolo para o patrão. — Solto um suspiro junto com a respiração que estava prendendo. · · Mesmo sem olhar para ele, sei que está me observando. · · — Entendo seu ponto, senhorita Diaz. · · Depois disso, ele não d
Nota O ano, o local e as leis são frutos da minha mente perturbada! Esta é uma história que foi se desenrolando na minha cabeça, e eu quis compartilhar com vocês. Espero que gostem! PRÓLOGO AFONSO COBALTO Dediquei minha vida a construir riquezas. Minha mãe era uma camponesa que acabou engravidando do patrão. Ele já era casado e tinha um casal de filhos legítimos. Passei boa parte da infância fazendo de tudo para mostrar meu valor ao meu pai, mas era em vão. Eu era apenas o bastardo de Ramires Simões. — A única coisa que teremos em comum é o sangue. Não pense que dividirei a herança do meu pai com um vira-lata. — Jenny, minha meia-irmã, era uma criança insuportável. — Prepare um cavalo para mim! — Eu era basicamente o empregado particular dos meus irmãos. Lembro-me de ajustar a sela para Otávio enquanto engolia minha raiva. Prometi a mim mesmo que nunca precisaria de nada deles. E que um dia compraria a terra que eles chamam de lar, só para ter o prazer de expulsá-los da





Último capítulo