Mundo ficciónIniciar sesiónCAPÍTULO QUATRO
AMÉLIA COBALTO Deposito a cesta de pães em cima da grande mesa com outros alimentos, o ambiente era de descontração, os homens conversavam em voz alta. Antes que eu saísse do local meus olhos se encontram com o olhar de reprovação do senhor Cobalto, abaixei minha cabeça e sai o mais rápido que eu pude de lá. Quando estou me aproximando da casa principal vejo minha mãe, aperto o passo, quase correndo para chegar ao seu encontro - Mãe - beijo suas mãos e ela faz o sinal da cruz em minha testa – bom te ver, veio me buscar? - Seu pai veio conversar com o senhor Cobalto- fala de sua forma seca, minha mãe não é uma pessoa ruim só não sabe ou não quer demonstrar sentimentos, se meu pai souber que eu deixei o senhor Cobalto bravo ontem irá ficar bravo comigo- você se deitou com ele? - Eu o desagradei mamãe – uma mistura de medo e vergonha encheram meus olhos de lágrimas Mamãe segurou em meu braço me puxando para um canto mais reservado, chegamos embaixo das escadas, ela segurou nas laterais dos meus braços com uma delicadeza que me surpreendeu - O que você fez? – tinha preocupação em sua voz – ele te feriu? - Eu me assustei com o ... – procurei palavras para descrever o corpo nu dele, senti meu rosto esquentar pela vergonha e recebi em troca o olhar de compreensão da minha mãe- eu não sabia oque fazer, estava com medo, eu chorei e ele se irritou, saiu do quarto é não voltou mais, eu não queria chorar mamãe, mas perdi minha irmã, vim para essa casa e me casei em menos de quarenta e oito horas - Casou? – minha mãe quase gritou, olhou em volta conferindo se ninguém estava por perto- Então não tem mais volta! A última frase parecia ser mais para ela do que para mim, depois um brilho diferente surgiu em seus olhos como se estivesse planejando alguma coisa - Preciso encontrar seu pai, antes que ele fale com o senhor Cobalto, você não pode voltar já viu as partes dele e está casada, engula o choro e leve seu marido para cama, consume esse matrimônio para não ser devolvida. Ser devolvida não era bom, ainda mais com a possibilidade do meu pai me entregar para outra pessoa para fugir da vergonha. Mamãe passa a mão em meu cabelo arrumando alguns fios atrás da minha orelha, olho para onde ela está olhando e vejo meu pai e o senhor Cobalto andando juntos, meu pai tem um sorriso orgulhoso no rosto e o senhor Cobalto está sério, passo a mão no meu vestido desfazendo um amassado imaginário, mamãe sussurra para que eu arrume minha postura. - Venha vamos entrar, você deve esperar seu marido sempre em casa. - Sim mamãe! – abaixo minha cabeça vamos juntas para a sala da casa principal Mamãe se senta no sofá e sorri. - Essa é sua casa agora, precisamos organizar um chá da tarde e chamar as senhoras, nem acredito que terei a chance de fazer parte das festas da alta sociedade- mamãe tinha um sorriso no rosto que eu nunca tinha visto nela antes, era sincero, demonstrando seu real entusiasmo - Preciso da permissão do senhor Cobalto para organizar um chá em sua casa- digo me sentando ao seu lado - Isso, peça a permissão dele amanhã- ela se aproxima de mim e sussurra- hoje você deita e deixa ele fazer o que quiser com você, sem choro Amélia, chore sozinha depois se precisar! - Os cavalos já foram recuperados estavam a mais de 10 km de distância de suas terras. A voz do meu pai na entrada da casa me fez travar, eu não sabia se continuava sentada ao se levantava quando eles passaram pela porta, ambos retirando seus chapéus, meu pai usava um chapéu marrom já desgastado de tanto uso, já o senhor Cobalto usava um chapéu que parecia estar sendo usado pela primeira vez. Os olhos dele logo encontram os meus e por mais que eu quisesse manter o contar visual, acabo abaixando a cabeça. - Descubra por onde saíram Diaz. - Já reforcei todas as cercas Senhor. - Bom dia senhoras- ele cumprimentou a mamãe e a mim e por um momento estranhei ser chamada assim - Bom dia senhor Cobalto, Agora somos família me chame de Olga – mamãe falou animada - No máximo parentes senhora Diaz! – o tom indiferente em sua voz, cortou por um momento o sorriso de minha mãe, mas ela logo o recuperou. O senhor Diaz e o meu pai foram resolver assuntos da fazenda mamãe me arrastou para a parte superior da casa, ela queria conhecer a casa em todos os detalhes. Quando chegamos em um dos quartos ela fechou a porta. - Você irá de deitar dando acesso a parte inferior do seu corpo, mantenha os braços grudados, ele irá fazer todo o resto, se dê ao respeito, controle os sons, seja uma boa esposa obedeça o seu marido. Sinto meu rosto quente com a vergonha mamãe me da mais algumas instruções, quando ela foi embora, fui para a cozinha ajudar no preparo do almoço. - Tudo pronto, vou arrumar a mesa- Gina avisa pegando algumas louças - Deixa que eu faço isso Gina - Venha vamos juntas- ela me entrega alguns itens – já arrumou uma mesa para uma casa dessas? – nego – vou te ensinar, Venha Estavamos arrumando a mesa quando o senhor Cobalto passou pela porta sujo de terra, passou direto por nós, em alguns minutos ele voltou com roupas limpas e o cabelo molhado denunciando um banho recém tomado. - Já posso servir o almoço senhor? – Gina pergunta a ele que assente com a cabeça e puxa uma cadeira - Sente se Amélia – me sento e ele empurra a cadeira para frente – irei até a cidade depois do almoço precisa de algo? – pergunta se sentando em minha frente - Não senhor! - Afonso, me chame pelo meu nome Amélia- seu tom era impaciente – veja com a Gina o que ela vai precisar e faça uma lista.






