SINOPSE: A HERANÇA DO CEO. Dark Romance +18 Ela só queria dançar para sobreviver. Ele só queria esquecer o próprio sobrenome. Mas quando Alinna subiu ao palco e Caio a viu, o mundo deles explodiu. Ela tem 28. Ele, 18. Ela cuida dos pais doentes, nunca namorou, nunca viveu. Ele é o herdeiro rebelde de um império, cercado de dinheiro, promessas e obrigações. O que começa como um beijo tímido à beira de um riacho se transforma em um desejo impossível de conter. Sete anos depois, o destino os obriga a se encarar de novo. O irmão de Caio — o homem com quem Alinna se casou — morre deixando para eles uma cláusula cruel no testamento: casem-se em seis meses ou vejam a empresa da família falir diante dos olhos do mundo. Ele a ama. Mas não a perdoa por ter se casado com seu irmão. Ela o ama. Mas não o perdoa por tê-la humilhado e julgado por sete anos. Agora, presos entre o amor, o orgulho e a memória de um passado que sangra, eles precisam decidir: Salvam o império... ou se salvam de vez? Mas há uma coisa que ninguém entende: Caio pode ter 18 anos, mas ama como homem. E quando deseja, não aceita dividir.
Ler maisEla estava indo embora. E ele… nunca esteve tão perto de ficar.
Três da manhã. O silêncio da casa era grosso, morno, denso como um quarto trancado demais. A porta bateu com força quando Caio entrou. Camisa branca aberta no peito, jaqueta de couro jogada no ombro. Cheiro de rua, cigarro e desejo alheio grudado na pele. Ele chutou os sapatos pelo corredor, largou as chaves no balcão da cozinha e parou. Luz acesa na sala. Estranhou. Ela nunca deixava luzes acesas. Alinna estava sentada no sofá. Pernas cruzadas, mãos espremidas entre os joelhos. Não chorava mais. Mas chorou tanto que parecia mais leve — não de paz, mas de esgotamento. Ela não olhou pra ele. — Caio… Eu sei que você não se importa. Nem comigo. Nem com a empresa. Nem com nada. Ele parou no meio da sala. Não respondeu. Ela levantou o olhar, firme. — Então escuta com atenção. Amanhã eu vou vender minha parte da empresa. E vou embora. Ele soltou uma risada seca. Aquela que disfarça o pânico atrás dos olhos. — Vai o quê? — Vender. Os sócios me fizeram proposta. E eu aceitei. Ele subiu dois degraus da escada, parou e voltou. O olhar tenso, quente, ofendido. — Você quer me foder, é isso? — Não. — Eu só quero sair dessa prisão. — Eu tô cansada, Caio. Ela não gritava. Ela avisava. Sem rancor, sem drama. Apenas fim. — Se você vender sua parte… eles ficam com o controle. — Sim. — E se eles tiverem o controle… vão falir essa merda. — Sim. — E a gente vai passar fome! — A gente, não. — Eu sei me virar. Já você… Ela o olhou como quem não vê um inimigo, mas um menino perdido. — Você vai ficar sem nada, Caio. Sem cargo. Sem empresa. Sem ninguém. Ele passou a mão no cabelo. Riu de novo. Só que agora o riso veio trincado. — Ah, não me vem com esse tom de mártir… — Não é mártir. — É adeus. Ela se levantou. Camisa de dormir azul. Corpo cansado. Alma seca. Subiu as escadas com passos firmes. Parou no meio e virou-se pra ele. — A reunião é às nove. Só pra te avisar. E minhas malas já estão prontas. De lá… eu não volto mais. Ela engoliu em seco. — Adeus, Caio. — Boa sorte. E sumiu. FLASHBACK… — Você vai se casar com ele? Ela parou. A respiração dela ficou presa no peito. Os olhos brilharam. — Me solta. — O que tá acontecendo com você? — Nada que você precise entender. Ele virou no eixo, a segurou no rosto. — Eu te amo. Não casa com ele. Ela tremeu. Mas não respondeu. — Eu te amo de verdade. — Você não precisa dele. Eu cuido de você. Ela fechou os olhos por um segundo. As lágrimas desciam. Mas ela sorria. Triste. — Mas… eu o amo. — E eu não tenho mais ninguém. — Você terá a mim. — Me escolhe. Só me escolhe. — Desculpa. — Você é uma oportunista. Você só quer o dinheiro dele. Ela balançou a cabeça em negação. — Se você quiser amor de verdade, por favor… não vá. Ela hesitou. — Eu… não posso. Virou as costas. Saiu. E ele caiu de joelhos, as mãos no rosto, o choro engolindo tudo que ele não teve coragem de dizer antes. O presente o engoliu de volta como uma onda gelada. O relógio da sala marcava 3h44. Caio andou até o bar. Pegou a garrafa de uísque mais cara. Encheu o copo até a borda. Virou de uma vez só. O líquido queimou a garganta, mas não queimou a raiva. Ele se apoiou no balcão. Olhou o sofá vazio. Olhou a escada. A mala vermelha no canto da parede. O batom dela na beirada do copo. O cheiro dela ainda no ar. — Até depois de morto, irmão… você quer foder minha vida? —Você sabia? Sempre soube não é? Ou não teria deixado essa merda de testamento. Jogou o copo longe. O vidro estilhaçou na parede. — Que merda. Ele passou as mãos no rosto, respirou fundo, e olhou para cima. Como se o teto pudesse dar uma resposta. Como se o silêncio da casa gritasse mais alto do que ele estava pronto pra ouvir. Subiu. Devagar. Cada degrau mais pesado que o anterior. O corpo cansado, o peito apertado. O eco dos passos dele parecia mais alto que os próprios pensamentos. Parou diante da porta do quarto dela. Ficou ali por segundos. A mão na maçaneta, os dedos tremendo. Girou. Ela se assustou. O lençol subiu até o peito. Os olhos assustados, confusos. Ela piscou como se não soubesse se estava acordada. Ele entrou. Estava sem camisa. O peito suado. O olhar quebrado. — Eu vou. Ela franziu a testa. — Eu fico. Ela se endireitou. — Eu atendo ao desejo dele. Silêncio. Ele respirou fundo. — Se você disser que me aceita. Ela arregalou os olhos. Piscou, como se precisasse de tempo. — Você sabe que esse sempre foi meu sonho. — Mas você não me escolheu. Ela não respondeu. Ele não se aproximou. Ficou ali, no limiar. Sem defesa. Sem máscara. — Eu só quero ouvir. — Você quer? A pergunta ficou no ar. Como tudo o que eles nunca disseram. Como tudo que poderia ter sido. Como tudo que ainda pode ser. “Ela quer o quê? Ele quer o quê? O que está em jogo? Por que esse cara parece implorar por algo que devia odiar?”🥰💋Agradecimentos💋🤩 Quando a dor se revela mestra e a felicidade recompensa quem resiste✨️🌹QUERIDOS LEITORES.🌹✨️ Alinna só queria ser feliz. Queria amar, ser amada, construir algo simples e verdadeiro. Mas a vida, no lugar de atalhos, entregou espinhos. Cada perda, cada lágrima, cada traição. Cada vez que ela achava que era o fim, vinha mais um peso. E o que parecia castigo, na verdade era moldura: a vida não a castigava… estava preparando. Estava ensinando a valorizar a luz que só brilha de verdade depois de muita escuridão. Estava a moldando para reconhecer que a felicidade não é acaso, é conquista.Caio só queria ser livre. Queria viver sem algemas, sem os jogos do destino que pareciam sempre arrancar dele o que mais desejava. A vida deu tudo a ele: riqueza, saúde, um sobrenome poderoso. Mas também arrancou o chão debaixo de seus pés. E o que a vida ensinou? Que nada disso fazia diferença se ele não aprendesse a lutar. Que não importa quantas vezes ele tenha desistido da pr
CAPÍTULO 167 Quando o destino finalmente se curva ao amorCAIO MOREAU BASTIENO sol entrava pelas frestas da cortina pesada da suíte, deixando faixas douradas que riscavam o chão e subiam pelas paredes. Eu estava deitado, mas não dormia. Não tinha como dormir depois da noite que tivemos. Minha cabeça ainda girava entre dor, vitória e uma sensação que eu achava impossível: paz.Olhei para o teto, respirei fundo, e só então percebi o peso leve e doce da cabeça dela sobre o meu peito. Os cabelos espalhados, a respiração lenta, os lábios que ainda carregavam a marca dos nossos beijos. Passei os dedos devagar pelo fio solto que caía sobre o rosto dela, e meu coração doeu — não de medo, mas de gratidão.Gratidão por ela ter ficado. Por não ter desistido de mim quando tudo parecia perdido. Gratidão por não ser só minha esposa agora, mas minha redenção.Alinna ergueu os olhos, sonolentos mas cheios daquela ternura que sempre me desmontava. A voz dela veio baixa, quase um segredo:— Caio… te
CAPÍTULO 166 Quando o amor levanta o impossívelALINNA TAVARESO salão inteiro parecia segurar a respiração. O mestre de cerimônias aguardava, a orquestra parara de tocar e o tempo… o tempo tinha congelado. Eu sentia meu coração batendo tão alto que parecia ecoar nas paredes de vidro da catedral parisiense.E então, o som. O ranger discreto das rodas ecoou pelo corredor. Meu corpo estremeceu antes mesmo de ver.Caio.Ele surgiu na entrada, vestindo um terno branco impecável que refletia a luz como se fosse feito de aurora. O cabelo penteado para trás, os olhos marejados mas firmes. A cadeira de rodas avançou até a ponta do tapete, e cada convidado se ergueu instintivamente, como se fosse um rei entrando no seu próprio trono.Eu chorei. Não consegui segurar. As lágrimas caíram com violência, borrando a maquiagem, mas sem apagar o brilho do que eu via.Lucas, no primeiro banco, deixou escapar um sorriso largo, aliviado, e fechou os olhos por um instante — como quem agradece por dentro.
CAPÍTULO 165 Quando o amor precisa atravessar oceanos para provar que existeALINNA TAVARESO reflexo no espelho parecia o de uma estranha. O vestido branco se ajustava ao meu corpo como se tivesse sido feito para outra mulher, alguém mais firme, mais segura, mais convencida de suas escolhas. Eu, porém, tremia por dentro. Os dedos apertavam o tecido sobre a cintura e o peito subia e descia rápido demais.As mãos da maquiadora se moviam delicadas, pincelando o pó, corrigindo imperfeições, mas nada poderia apagar o que realmente estava estampado no meu rosto: medo.Um ano. Um ano desde a morte de Eduard. Seis meses desde que sua cláusula maldita me empurrou para Caio. E agora… aqui estava eu, em Paris, cercada por flores, jornalistas à espreita, investidores que transformaram minha vida num espetáculo. Mas o meu coração só batia uma pergunta: ele vai vir?Me levantei devagar, afastando a cabeleireira que ajeitava o véu. Caminhei até a janela da suíte presidencial. Lá embaixo, Paris viv
CAPÍTULO 164 Quando a vingança não pede licençaCAIO MOREAU BASTIENO sono tinha sido forçado, pesado. Eu estava exausto, o corpo quebrado de fisioterapia e dor, mas a mente não parava. No escuro, entre sonhos fragmentados e lembranças que me cortavam, eu só queria algumas horas de silêncio.Até ouvir.Um grunhido.Baixo, arrastado, quase um gemido de animal ferido.Meus olhos se abriram, e por um instante achei que era um pesadelo. Me sentei na cama, o coração disparando.E então vi.Sidney.Em pé, no meio do quarto, com um bastão de beisebol nas mãos. O sorriso dele era diabólico, frio, como se estivesse se divertindo com o inferno.Aos pés dele, Nicola Versari contorcia-se de dor, o rosto coberto de sangue, tentando se erguer em vão.— Então você veio, seu puto? — Sidney cuspiu, girando o bastão. — Meu irmão Lucas errou ao te mandar pro Caio, sabia?Minha boca tentou se abrir, mas não consegui falar. Era como se minha mente ainda estivesse presa ao sonho, sem distinguir realidade
CAPÍTULO 163 Quando o vinho revela verdades que o coração não aguenta calarLUCAS SANTOROO bar já estava quase vazio. Paris respirava frio lá fora, mas ali dentro o calor do vinho e da madeira antiga parecia esconder o peso do mundo. Eu girava a taça entre os dedos, sem coragem de beber, enquanto Sidney me encarava com aquele jeito que só ele tinha: como se fosse capaz de atravessar minhas defesas com um único olhar.Ele soltou um riso curto, amargo.— E o que você acha de ainda pegar essa mulher, preparar um casamento e entregar ela pro seu melhor amigo?Baixei os olhos. O vinho refletia a luz amarela como sangue velho.— Sabe, Lucas… — Sidney se inclinou, a voz mais grave. — Você é o cara mais foda que eu conheço. Caio é como nosso irmão. A gente pode fechar os olhos e saber que ele morreria por qualquer um de nós dois. E eu até entendo ele, por um instante, confiar a mulher dele a você. Ele sabia que ela estaria segura. Que seria cuidada, amada… melhor do que se caísse nas mãos
Último capítulo