Mundo ficciónIniciar sesiónCora nasceu para ser perfeita. Filha de um dos conselheiros mais influentes do Reino de [Nome do Reino, ex: Lyra], ela foi moldada desde o berço para ser a personificação da graça, da inteligência e da amabilidade – uma futura dama de companhia, talvez, ou uma esposa invejável. Ela nunca teve permissão para errar. Por isso, foi um choque para toda a corte quando a "amável Cora" se tornou o alvo de chacotas, rebaixada à posição de "impura" por um único boato, uma única noite. A calúnia corria pelos salões de mármore: Cora teria sido vista com um dos Príncipes. A noite era escura, o boato cabeludo e mal contado, e o que teria acontecido a levou a caminhos terríveis. O pior? Cora acredita que a origem de toda a sua desgraça pode ser sua própria inimiga: a mulher que ela chamava de mãe. Para abafar o escândalo e proteger a honra (que já estava destruída), o destino de Cora é selado: ela será forçada a se casar com o Príncipe cujo nome foi arrastado pela lama ao lado do dela. Mas a trama se complica. Em meio ao pavor e à humilhação de um casamento por obrigação, Cora descobre a mais cruel das ironias: por baixo da fachada fria do seu futuro marido, ela encontra algo que nunca esperou. Ela está realmente se apaixonando pelo Príncipe. E agora, ela terá que sobreviver à corte, desvendar quem plantou a fofoca e proteger o seu segredo mais perigoso: o seu coração. Nesta história de traição, segredos de família e casamento por obrigação, a única coisa mais perigosa do que a calúnia é a verdade por trás do amor.
Leer más— Olá. — Cora despertou com uma voz suave, mas com um toque de masculinidade acentuada.
Era um homem. Cabelos escuros, olhos castanhos, e impecavelmente vestido. Segurava uma bandeja de comida e parecia ter a intenção de conversar. A cabeça de Cora doía, suas costas estavam moídas e o rosto, inchado de tanto chorar. — Acho que deveríamos ser apresentados formalmente. — Ele abriu o sorriso mais lindo que ela já havia visto. — Sou Joseph. Mas pode me chamar de José! É assim que meus amigos e familiares chamam. Ela tentou esboçar o melhor sorriso que tinha. Mas como conseguiria? Após toda aquela vergonha. Cora havia perdido um de seus bens mais valiosos naquela noite: a sua virgindade. Joseph era o filho mais velho dos Reis de Niveal, e era conhecido na corte por sua rebeldia. Era o homem que havia partido para ser um viajante, um lutador. Ele, por algum acaso do destino, havia retornado a Niveal para visitar e celebrar a conquista do irmão. Ele sabia que havia sido drogado, e acreditava que Cora também. E, já claro, imaginava que estava encarando sua futura esposa. Cora permaneceu quieta, incapaz de articular uma palavra tamanha a vergonha. Mas ele entendia; uma moça criada para sentir vergonha de si mesma não seria fácil de conquistar. — Você gosta de maçãs? — Ele a pegou e suavemente a encostou na mão dela. Cora analisou aquela grande maçã vermelha. — Quando terminar de comer, teremos de sair e enfrentar tudo lá fora. — Cora engoliu em seco. — Eu vou te proteger de agora em diante. Chamarei sua dama de companhia. — Ele soltou alguns vestidos sobre a cama e, por fim, saiu. Joseph era o tipo de homem inteligente que sabia o que toda Niveal já cochichava. Ele havia presenciado o surto do pai de Cora, mas não imaginava que ele pudesse encostar um dedo naquela pobre criatura. Ao se lembrar, ele conseguiu ver a satisfação no rosto de sua própria mãe (sua esposa), a felicidade em ver a moça ser acoitada e odiada pelo próprio pai. Joseph se recusava a acreditar na hipótese dela ser o monstro da história. Ao passar pela porta do conselho, ele pôde ouvir Max Stor, o Conselheiro, gritar pela honra de sua — agora — querida filha. — Isso é um desrespeito! Cora é uma moça muito bem prendada e inocente. Seu filho rebelde a manipulou! — Max berrava de seu lugar. A sala era composta por seis conselheiros, todos ouvidos semanalmente sobre assuntos do reino; eram juízes, mas a última palavra sempre era do rei. Entre eles, Max, seu futuro sogro e, agora, um homem imprudente que o irritava. Joseph deu uma tossida alta e forte o bastante para que todos o olhassem, ficando ainda mais intrigados. Ninguém mais o conhecia; não se sabia sobre suas riquezas, muito menos sobre suas influências. Apenas boatos. Que, por sinal, eram muito bons. — Com a permissão do rei, estarei colocando meus homens para trabalhar nisso, enquanto começamos os preparativos do casamento. — Joseph pôde ver a boca de Max cair. Seu irmão, Eliot, estava na sala. Não como conselheiro, pois só assumiria aquele lugar após o pai partir. Ele olhava tudo com desdém e extrema arrogância, achando a situação engraçada. Mas Joseph não deixava de ter uma certa inveja: ele tinha conseguido uma das garotas mais fascinantes de Niveal. — Você pretende se casar com a moça, Joseph? — Perguntou Carton, que administrava a parte das colheitas. Max se manteve quieto. — Sim. Sinto muito em proferir essas palavras em frente ao meu futuro sogro e à estimada noiva, mas tivemos uma noite que não poderia ter sido feita antes do casamento. O rei analisou a situação. Pensou em como seu filho havia se tornado um grande homem e seu coração, em meio àquele caos, sentiu-se orgulhoso. — Está aceita a sua proposta. — disse o rei. — Max, você deve começar a preparar o casamento. Max queria chutar o rei gorducho. Gostaria de soltar tudo na cara dele. Sua primogênita, bem-educada e muito querida, seria usada. Antes que ele pudesse falar algo, o rebelde, que ele tanto repudiava, se meteu. — Não será necessário, meu pai. — Ele disse com convicção. — Se Max aceitar a proposta, eu cuido das despesas do casamento e podemos entrar em acordo. — Você pretende se estabilizar aqui em nosso reino? — Disse Rogério, um dos anciãos mais antigos. — Não, meu senhor. — Joseph virou-se para ele e fez uma reverência. — Possuo casas, fazendas e grandes negócios em minha atual moradia. E, por fim, contra a sua vontade e sua obrigação como pai, Max acabou cedendo por sua filha.O calor da fogueira lambia as paredes da pequena cabana, afastando o frio cortante da noite. O pescador, um homem de poucos gestos e olhos atentos, observava Cora. A pele pálida, os lábios roxos e a respiração rasa indicavam o perigo que ela havia corrido. Com cuidado, ele a cobriu com mais uma pele de animal, garantindo que o calor a envolvesse completamente. Ele colocou a última pele de animal que tinha, enquanto analisava o sono leve, talvez nao tão leve como o parecido, mas era algo agradável de se ver. Seu rosto era angelical, por um momento, lembrou de sua ex esposa, Charlotte, qual foi amaldiçoada pelo castigo de ter a filha roubada. Elias afastou o pensamento. Já se faziam tantos anos que havia largado a vida de nobre, desde que sua pequena Aurora havia sumido. Ele analisou as vestes da garota branca e esquia, ele notou que por baixo de toda aquela lama que havia por cima de suas vestes, nao era de segunda -mão ou mal trapilho igual a que ele usava. Pode notar também, que e
O Dilema de JosephO amor. Naquele instante, era algo engraçado para Cora, mas aterrorizante para Joseph. Ele não tinha dúvidas de seus reais sentimentos pela amada. Sabia que seu corpo fervia só de pensar nela, e seus olhos pareciam mostrar seu futuro: aqueles enormes olhos azuis, o rosto angelical, os cabelos dourados e doces. Ah, como ele desejava ver Cora!Anita, por sua vez, andava furiosa, de um lado para o outro, batendo os pés insistentemente no chão, como se pudesse forçar o universo a agir.— Joseph! — Ela berrou, fazendo o príncipe despertar de seu déjà vu. — Você precisa ir falar com aquela megera!Joseph deu de ombros. Estava paralisado. Se Cora pensava que ele e Anita tinham um relacionamento, provavelmente ela já estaria bem longe dali. Tomaz, junto com Joel e alguns oficiais, estava na cidade em busca de Cora. Joseph se levantou e olhou através da janela daquele escritório decorado. Anita continuava balbuciando coisas que ele preferiu nem se dar ao trabalho de ouv
Quando a vida te surpreende, ela faz isso com vontade. Justo quando Cora pensava que a vida estava sendo gentil, que ela finalmente seria feliz com Patrício, surge essa enorme enrascada, esse escândalo. Cora se sentou na penteadeira que havia no quarto cedido por Tomaz, pegou sua caneta e suspirou, escrevendo delicadamente para Joseph."Joseph,Você tem sido amoroso e generoso, um homem de completo respeito, cumprindo o seu dever. Você é o sonho de toda dama, mas você merece uma dama à sua altura, algo que eu, infelizmente, não sou.Eu tenho sonhos, e todos eles incluem me casar com alguém que me ame, me cuide e me proteja, que realmente esteja comigo por vontade própria. Agradeço imensamente o seu empenho em me fazer não parecer uma mulher impura.Eu retribuo esse enorme gesto, sumindo.Obrigada, de coração."Uma lágrima caiu sobre a carta. Ela a entregou ao mensageiro antes de ir se deitar. Ao lado da sua cama, havia outra carta, amassada. Seu coração estava pesado, mas ela sa
O que realmente aconteceuJoseph caminhava, tonto, angustiado e fervendo de calor, em direção ao seu quarto no Palácio, até que encontrou uma garota. Ela estava sentada no chão. Ele não era o tipo de homem que transava com desconhecidas e, claramente, não faria isso agora. Mas ao olhar o rosto dela, que estava rubro e ofegante, sentiu algo maior dentro de si.Fogo. Desejo. Tensão. E até mesmo uma pitada de afeto.Ele puxou a garota para o seu colo. Ela mal respirava, estava fervendo tanto quanto ele, e Joseph se perguntou o que havia naquele vinho que bebeu na cozinha do Castelo. Mas não era hora de perguntas; era hora de ajeitar a garota na cama. Ele a colocou gentilmente deitada em meio aos seus enormes travesseiros. De relance, viu o seu peito, o que fez todo o seu corpo estremecer.Respirou umas quinze vezes, tentando não se aproximar da garota de forma indecente. Foi quando ela o puxou para um beijo feroz e quente. Joseph sabia que podia resistir, mas, sob o efeito de um afr
Joseph se sentou à sua mesa. Sabia que Anita iria com ele, mas não era apenas a confusão com a senhorita que o incomodava.O lucro havia acabado de aumentar; ele precisava começar a reunião com a equipe estrutural para tornar sua fazenda formal e preparada para receber pessoas.E, claro, foi o que ele fez. A reunião foi rápida, mas Joseph não conseguia estar totalmente ali. Mesmo que seu corpo, sua aura e sua presença física estivessem presentes, seus pensamentos iam a Cora, a linda moça com quem logo se casaria. Pensou em seus futuros filhos, algo que ele jamais havia cogitado, enquanto seu amigo e, de certa forma, quem cuidava das partes mais chatas, Felipe, o chamou.— Você está aqui? — Perguntou, sentando-se ao lado do amigo.Joseph sorriu, tentando disfarçar seu pensamento incessante em Cora.— Acho suas ideias proativas.Felipe deu uma gargalhada.— Joseph, acabei de falar tudo o que aconteceu enquanto você estava fora, não falei nenhuma ideia! Onde anda com a cabeça?Jo
Mabel se sentia a pior amiga do mundo. E, provavelmente, ela era. Cloe havia deixado claro que ela deveria entregar o vinho drogado para Cora. E Mabel, com medo de que a própria mãe fosse expulsa da casa, sem um lugar para morar, aceitou.Dois copos de vinho: um para ela e outro, caso algo desse errado. Mabel colocou um sobre a sua mão e deixou o outro na cozinha. Passou descontraída por todos. No lado oeste do Castelo, Cloe olhava, satisfeita. Ela pensava que, além da filha ser desonrada, seria obrigada a ser uma concubina, livrando Helena do casamento com Eliot — algo que ela sempre fora contra, mas que seu marido, por algum motivo, desejava.Ela estava contente, feliz.— Seu primeiro vinho! — Mabel entregou a taça para Cora.A garota a olhou, curiosa.— Eu não bebo. Você sabe. — Recusou amigavelmente.Mabel deu um sorriso descontraído, tentando não demonstrar o nervosismo que a corroía por dentro.— Tome! Assim eu poderei tomar o meu também. — Cora sempre fazia o que Mabel q
Último capítulo