Mundo de ficçãoIniciar sessãoLia, uma jovem batalhadora, descobre que seu pai, Jack, Está devendo a um agiota perigoso. Ao tentar pagar a dívida jdo pai, Lia descobre que o valor é muito maior do que imaginava. A pressão de Durval, o dono da boate, aumenta, forçando-a a se dedicar à dança, tornando-se a melhor dançarina do estabelecimento em troca de pagar a dívida do seu Pai. Apesar de seu esforço, a dívida permanece um fardo insuportável. A morte inesperada de seu pai agrava a situação, deixando-a com uma dívida ainda maior. Para salvar a casa que herdou de sua mãe, Lia busca um segundo emprego. Através de sua vizinha, ela consegue uma vaga como babá na casa de um bilionário, mantendo sua verdadeira vida em segredo, escondendo sua dupla jornada como dançarina e babá para sobreviver e honrar a memória de sua mãe.
Ler maisDois homens enormes estavam parados na porta da minha casa.
—Como posso ajudar? - disse receosa. Os homens olharam ao redor antes de falarem algo. —Procuramos Jack. Ele está em casa? - não sei o motivo, mas meu corpo se arrepiou ao ouvir a voz dele. O grande homem me encarava esperando a resposta. —Está no trabalho. - O segundo homem, que até então se mantivera calado, soltou uma risada discreta. —Você não sabe de nada, garotinha. - Ele empurrou a porta, entrando na minha casa. —Ei!! Se não sair agora da minha casa, eu chamo a polícia!" Antes que eu alcançasse o telefone, um deles segurou minha mão. —Eu não faria isso - disse ele, segurando uma TV, enquanto o bruto do seu amigo pegava as coisas mais valiosas de casa, incluindo um colar da minha mãe. —Não!! Eu me esforcei muito para comprar isso, você não vai levar!! - Ele me empurrou para longe. —O colar da mamãe! essa é a única lembrança dela... —Lia! -a voz de Ana ecoou pela casa. —Diga a Jack que não vamos esperar mais. Ele tem 24 horas para nos entregar o dinheiro, ou o seu Durval vai dar um sumiço nele. Os homens sumiram, levando as coisas de valor da minha casa. —Lia, você está bem? - levantei com sua ajuda. —O que seu pai deve a Durval? - Durval era o dono da maior boate do bairro. As pessoas mais ricas iam naquela boate. —Eu não sei, Ana. Eu vou conversar com meu pai, isso não está certo. - peguei minha bolsa tentando organizar meus pensamentos - Temos que trabalhar. Aquela lanchonete não vai se limpar sozinha! O resto do dia foi um borrão para mim; não conseguia parar de pensar naqueles homens. —Eu vou até o Durval. Ana me encarou antes de começar a falar. —Você não vai sozinha - ela disse com um meio sorriso. —Assim que saímos daqui, vamos ao Lux. - Após o expediente, me dirigi à boate onde se encontrava Durval. —Gostosas!! -, os homens na rua gritaram. —Não me ignora não, gatinha!! —Chegamos - Ana apontou para a porta. "—Pronta? Respirei fundo, tentando controlar a adrenalina que pulsava em minhas veias. O Lux era iluminado por luzes neon que refletiam na rua molhada pela chuva que caía. Ana apertou minha mão. Entramos na boate, o som alto e a multidão nos envolvendo como uma onda. O cheiro de perfume caro e suor se misturava no ar, denso e sufocante. Ana, guiou-me pela multidão até um reservado escuro e isolado. Durval estava sentado em um sofá de couro, rodeado por homens de terno e mulheres com expressões vazias. Ele era maior do que eu imaginava, com um sorriso cruel que não chegava aos olhos frios e calculistas. —Então, a garotinha veio pessoalmente - disse Durval, sua voz rouca e carregada de sarcasmo. Ele gesticulou para que eu me sentasse na poltrona em frente a ele. Ana permaneceu em pé, ao meu lado. —Eu quero saber o que meu pai lhe deve - disse, minha voz firme. -Durval riu, uma gargalhada curta e seca. —Seu pai é um jogador, Lia. Deu um golpe em mim, um golpe grande. Ele me deve uma quantia considerável. —Quanto? -perguntei, tentando manter a calma. —O suficiente para fazer o seu pai desaparecer para sempre, bonequinha - ele respondeu, sorrindo de forma ameaçadora. —Mas, como você está aqui, posso te fazer uma proposta. Meu coração batia forte —Que proposta?, perguntei, sentindo um nó na garganta. —Trabalhe para mim. Aqui no Lux. Pague a dívida do seu pai e ainda tenha um bom dinheiro para você. É uma oferta que você não pode recusar. - Ele se inclinou para frente, seus olhos me analisando. A proposta era absurda, perigosa. Mas a imagem dos homens na minha casa, o medo, o colar... tudo isso me assombrava. Ana me olhou, seus olhos cheios de preocupação. Eu precisava de tempo para pensar. —Eu preciso pensar - respondi, minha voz quase inaudível. —Você tem até amanhã de manhã. - disse Durval, voltando a se recostar no sofá. —Pense bem, Lia. A vida na rua não é tão agradável assim. Saímos da boate em silêncio, a chuva agora caía mais forte, lavando as ruas. A oferta de Durval era tentadora, mas também aterrorizante. Eu não sabia o que fazer. O que meu pai havia feito? E qual o preço que eu teria que pagar? NARRADOR A chuva lá fora ainda era forte. Lia, acompanhada de Ana entra em casa. O lugar ainda estava revirado. O pai de Lia estava na cozinha, sentado, bebendo um gole de whisky. Ele parecia preocupado, distante. Lia respirou fundo, tentando acalmar a raiva que sentia do pai. — Pai, eu preciso saber, o que você fez? - ela perguntou, apesar de está morrendo de medo, lia manteve sua voz firme. Finalmente o pai ergueu os olhos, seu olhar distante. - Eu fiz uns investimentos ruim, Lia. Durval é um homem frio... - Deu uma pausa para tomar um gole de sua bebida. — um investimento ruim que custou nossos pertences? o colar da mamãe?- você nos colocou em risco pai! se colocou em risco!! — Eu sei, filha. foi um erro. - Ele baixou a cabeça. era evidente que ele se sentia culpado. — e agora, Paí? - perguntou com a voz mais calma - o que vamos fazer? o Durval me fez uma proposta - Ele continuou com a cabeça baixa - ele quer que eu trabalhe pra ele. — ele te fez essa proposta? - finalmente ele me encarou. Com um olhar preocupado, perguntou: — ele te fez essa proposta? trabalhar na lux? — sim, na lux. para pagar sua dívida. — não se preocupe, eu vou resolver isso, Lia. Eu vou falar com o Durval, você não precisa trabalhar pra ele. - Lia respirou fundo — tem certeza? - sentou a mesa - consegue resolver? — tenho. confie em mim filha, eu vou resolver isso. Vou trazer de volta o colar da sua mãe e todos nossos pertences. confia em mim? - Lia o abraçou — sim papai. Eu te amo. — também te amo, minha garotinha. - pegou as chaves de casa - não me espere. — Ana vai dormi aqui, não se preocupe. - ele saiu.LIAO homem à minha frente era... deslumbrante. Alto, terno impecável, e uma aura de quem estava sempre no controle. Não era o sorriso caloroso que eu esperava, mas uma expressão neutra, quase impenetrável..— Então você é a famosa Lia? — ele disse, a voz grave e sem inflexões, mais uma constatação do que uma pergunta. Seus olhos, escuros e intensos, pareciam penetrar além da superfície, lendo meus pensamentos, minhas inseguranças. Senti um arrepio percorrer minha espinha. Aquele homem seria o meu chefe?— Sim, senhor. Meu nome é Lia. Maria me indicou.— Maria tem um julgamento questionável, às vezes. Sente-se. — Ele gesticulou para o sofá de couro. — Não sou de perder tempo. Em poucas palavras: por que você?O tom era cortante. Tentei ignorar o nervosismo.— Eu sou técnica em enfermagem, senhor. E amo crianças. Meu currículo mostra que sou responsável, pontual e muito organizada. O que sua filha precisa agora é de estabilidade, e eu posso oferecer isso. E, com todo o respeito, eu pre
Durval olhou para Jack com incredulidade diante da proposta. Jack daria tudo por ele? Era a oportunidade perfeita para ter Lia como sua dançarina por anos. — Não vamos ser radicais. Para você ver o quão benevolente sou, vou emprestar-lhe esse dinheiro, e não precisa se preocupar com os juros — disse Durval, sabendo que Jack não conseguiria ficar longe das drogas. — Digamos que esse negócio dê certo; quero 50% dos lucros, além do meu dinheiro de volta. Jack, apesar da hesitação inicial, sentiu um turbilhão de emoções. A esperança de finalmente realizar seu sonho profissional lutava contra o medo da dependência que o assombrava. A proposta de Durval era tentadora demais para recusar, mas a sombra das drogas pairava sobre ele como um espectro. Ele sabia que a dívida, mesmo sem juros, o prenderia a Durval por um longo tempo, e o sucesso do negócio era incerto. A dependência era uma armadilha, e ele já havia caído nela tantas vezes. Um silêncio pesado pairou entre os dois homens, que
LIA Peguei meu celular e enviei uma mensagem para Ana. Ela era minha prima; sua mãe faleceu há dois anos, seu pai nunca a conheceu e, desde então, ela mora conosco. Eu a considero minha melhor amiga. “Estou aqui. Aceitei a proposta dele e não vou recuar.” — Sua resposta veio imediatamente. “Não vou te deixar sozinha nessa. Estou aqui no bar.” “Bar?” — Perguntei, curiosa. “Sou a mais nova barista da Lux.” — Soltei um suspiro pesado. “Você não tem que fazer isso. Vá para casa.” “O tio Jack acabou de entrar aqui.” — Senti um calafrio. O que meu pai estava fazendo aqui? Já não tinha feito dívida o bastante? “Ana, preciso saber onde ele está. Onde exatamente meu pai está?” “Estou perto do balcão, aquele próximo à entrada. O tio está numa mesa no canto, parece esperar alguém. Está nervoso.” A informação me deixou ainda mais apreensiva. Meu pai nervoso? Isso significava que a situação era mais grave do que eu imaginara. Ouço uma voz atrás de mim: — Lia! Sua vez. Apr
Alexandre voltou sua atenção para a empregada, que continuou: — Ela tem 20 anos, é uma moça trabalhadora e muito honesta. — Qual a formação profissional dela? Tem algum curso? Faculdade? — Ela terminou um curso de enfermagem, mas ainda não ingressou na faculdade. Trabalha para complementar a renda familiar. — Entendo. E como é o seu relacionamento com ela? Há algum tipo de problema? — Não, senhor Alexandre. Não há nenhum problema. Ela é uma excelente vizinha, sempre disposta a ajudar. É organizada e responsável. — Não sou de aceitar indicações de pessoas que não sejam qualificadas para este cargo, mas estou disposto a conhecê-la. Espero-a amanhã às 9h, pode ser? Se ela se mostrar competente e apresentar as referências necessárias, podemos prosseguir. A empregada sorriu aliviada. — Sim, senhor Alexandre. Ela estará aqui amanhã às nove horas em ponto. Já a avisei e ela está muito ansiosa pela oportunidade. — Ótimo. Peça a ela que traga seu currículo e as referências. Não
Dia seguinte "Do outro lado da cidade... NARRADOR Alexandre batia os dedos nervosamente na mesa, a caneta rolando entre eles. A cada batida, um suspiro curto escapava de seus lábios tensos. Ele se levantou, a cadeira raspando no chão, e começou a juntar suas coisas com movimentos bruscos. — Maria, não se preocupe. Chego em breve. — murmurou, o peso da irritação evidente em sua voz. — Karine!! — A secretária surgiu em segundos, como se estivesse esperando por aquele chamado. — Sim, senhor? — perguntou ela, os olhos atentos a qualquer sinal de sua impaciência. — Cancele todas as minhas reuniões e peça ao motorista para me esperar no saguão. Vou para casa. — A secretária saiu, deixando-o sozinho com sua frustração. — Lorena... você não tem jeito. Uma hora depois… Alexandre abriu a porta e seus olhos pousaram na babá de sua filha, um quadro de tinta colorida sobre um vestido branco. Lorena, estava ali perto, com um sorriso travesso nos lábios, observando a cena com uma mi
Dois homens enormes estavam parados na porta da minha casa. —Como posso ajudar? - disse receosa. Os homens olharam ao redor antes de falarem algo. —Procuramos Jack. Ele está em casa? - não sei o motivo, mas meu corpo se arrepiou ao ouvir a voz dele. O grande homem me encarava esperando a resposta. —Está no trabalho. - O segundo homem, que até então se mantivera calado, soltou uma risada discreta. —Você não sabe de nada, garotinha. - Ele empurrou a porta, entrando na minha casa. —Ei!! Se não sair agora da minha casa, eu chamo a polícia!" Antes que eu alcançasse o telefone, um deles segurou minha mão. —Eu não faria isso - disse ele, segurando uma TV, enquanto o bruto do seu amigo pegava as coisas mais valiosas de casa, incluindo um colar da minha mãe. —Não!! Eu me esforcei muito para comprar isso, você não vai levar!! - Ele me empurrou para longe. —O colar da mamãe! essa é a única lembrança dela... —Lia! -a voz de Ana ecoou pela casa. —Diga a Jack que não vamos esperar mais. El
Último capítulo