Mundo ficciónIniciar sesiónLia, uma jovem batalhadora, descobre que seu pai, Jack, Está devendo a um agiota perigoso. Ao tentar pagar a dívida jdo pai, Lia descobre que o valor é muito maior do que imaginava. A pressão de Durval, o dono da boate, aumenta, forçando-a a se dedicar à dança, tornando-se a melhor dançarina do estabelecimento em troca de pagar a dívida do seu Pai. Apesar de seu esforço, a dívida permanece um fardo insuportável. A morte inesperada de seu pai agrava a situação, deixando-a com uma dívida ainda maior. Para salvar a casa que herdou de sua mãe, Lia busca um segundo emprego. Através de sua vizinha, ela consegue uma vaga como babá na casa de um bilionário, mantendo sua verdadeira vida em segredo, escondendo sua dupla jornada como dançarina e babá para sobreviver e honrar a memória de sua mãe.
Leer másAlexandre foi levado para uma pequena sala de interrogatório. O Dr. Castro, seu advogado de longa data, estava sentado à mesa, parecendo mais cansado do que chocado.— Alexandre. O que você fez?— Eu não fiz nada, Castro! Foi Clarice! Ela a golpeou e forçou Lídia a me denunciar. É uma armação para garantir a custódia do Pedro e me arruinar. Você precisa ligar para Lia. Ela sabe a verdade sobre a chantagem.— Eu já falei com Lia e Lavínia. Elas estão cuidando de Lorena. Mas, Alexandre, legalmente, isso é um desastre. Sua esposa tem lesões visíveis e a denúncia é formal. Seus motivos para o divórcio são fortes, mas os motivos dela para incriminá-lo... são mais visíveis agora.— Mas e o pai de Lia? A chantagem? O controle de Clarice sobre o hospital?— Isso é motivo de extorsão, Alexandre, não é sua defesa contra uma acusação de agressão. Precisamos de um álibi para as 19h30, quando o incidente foi alegado.Alexandre respirou fundo, tentando controlar o tremor nas mãos.— Não tenho um ál
O cheiro de mofo, suor velho e desinfetante barato atingiu Alexandre no momento em que ele foi empurrado para dentro da Delegacia Central. As algemas em seus pulsos eram uma humilhação física, um símbolo brutal da armação de Clarice e Lídia.Ele foi fichado rapidamente, tiraram suas impressões digitais, e o pavor de Lorena gritando em seu abraço ainda ecoava em seus ouvidos. A imagem do rosto machucado de Lídia pairava em sua mente — ele não a odiava o suficiente para bater nela. Ele a desprezava, sim, mas a violência não era o seu método. Clarice havia orquestrado a cena com uma frieza diabólica.Ele foi levado para uma cela fria, suja e mal iluminada. A porta de aço bateu com um som cavernoso, selando sua prisão.O choque inicial deu lugar a uma fúria gelada.Lídia me traiu, me fez casar com ela, e agora, ela me coloca aqui.Ele se sentou no catre de metal. Ele era Alexandre Bittencourt, um dos homens mais influentes do país, e estava trancado por uma mentira cruel orquestrada por s
ALEXANDREAlexandre estava no escritório, revisando os documentos do hospital que Clarice controlava, tentando encontrar uma falha legal para desligar a chantagem, quando o alarme de segurança disparou. Pouco depois, ouviu-se a batida estrondosa na porta da frente.Ele saiu do escritório, confuso. Lia saiu do quarto de Lorena, que já estava de pé, assustada.Ao descer as escadas, Alexandre viu dois policiais fardados na porta, a luz azul e vermelha da viatura piscando na chuva fina. Lavínia e Marcelo, que haviam acabado de chegar para o jantar, estavam paralisado.— O que está acontecendo aqui? — Alexandre exigiu, descendo o último degrau.O sargento deu um passo à frente. — Alexandre Bittencourt? Estamos aqui para efetuar uma prisão por denúncia de agressão doméstica.O choque foi avassalador.— Agressão? Que tipo de agressão?!Nesse momento, Clarice apareceu no topo da escada, majestosa em seu horror, amparando Lídia, que estava envolta em um roupão.Alexandre levantou o olhar.Líd
Três meses após o parto prematuro de Pedro, Lídia estava física e emocionalmente esgotada. Ela estava fraca, e seu puerpério era marcado pela frieza cortante de Alexandre e pela presença sufocante de sua mãe, Clarice.Alexandre mal a olhava. Ele passava os dias trancado no escritório ou dedicava seu tempo a Lorena e ao bebê Pedro. Quando falava com Lídia, era sobre logística ou o estado de saúde do filho. Não havia mais a fúria da traição, mas um vazio muito pior.Lídia estava no quarto, vestindo um robe de seda, observando-se no espelho. Ela não via mais a mulher que Alexandre havia desposado; via uma estranha, uma mãe, uma esposa rejeitada.— Ele não me ama, mãe. — Lídia disse, voltando-se para Clarice, que estava arrumando as flores. — Ele nunca amou. E ele está apaixonado pela babá. Eu ouvi o que você disse no hospital.— E daí? — Clarice respondeu, sem pestanejar. — Apaixonado não é o mesmo que casado, Lídia.— Eu não aguento mais! A frieza dele é pior do que a raiva. Eu vou me s
LIAEu tentava assimilar a confissão de Alexandre no corredor escuro quando o Dr. Castro e Lavínia irromperam, chamando-o de volta à sala de espera. Lídia estava fora de perigo, o bebê estável, mas a tensão legal e familiar era palpável.Eu estava voltando da cantina com um café, o corpo exausto, quando notei o novo furacão na sala de espera: Dona Clarice. A mãe de Lídia, uma mulher de ferro, vestida como se fosse a governanta do mundo.Eu me preparei para o inevitável, mas fui pega de surpresa pela frieza cirúrgica de Clarice.— Ah, a babá. Ou devo dizer, a heroína. Você salvou meu neto. Pena que não salvou a sua reputação.Alexandre se virou, tenso, ao lado de seu advogado. — Dona Clarice, por favor.— É só Clarice, Alexandre. E acabei de tomar uma decisão.Clarice caminhou até o centro da sala. Ela ignorou o advogado e focou a atenção no genro.— Lídia vai ter um puerpério difícil, Alexandre. Ela precisa de paz. E isso inclui o afastamento de qualquer fonte de estresse.Ela me enc
LIA Eu estava sentada em uma cadeira dura no corredor frio da UTI Neonatal, coberta por um cobertor de emergência. A adrenalina havia passado, deixando para trás apenas a exaustão e o cheiro fraco de antisséptico e sangue. O filho de Alexandre e Lídia estava na incubadora; prematuro, mas lutando. Meu pai estava no andar de cima, ainda sob a ameaça velada de Lídia. Lavínia e Marcelo estavam por perto, me observando com uma admiração que me fazia sentir estranha. Eu havia acabado de dar um tapa em sua cunhada e salvado a vida do sobrinho deles. O silêncio foi quebrado por um estrondo na porta de emergência. Alexandre. Ele irrompeu no corredor, o cabelo despenteado, o casaco amarrotado. Ele parecia um predador, buscando respostas. — Lavínia! O que diabos aconteceu?! Onde está Lídia?! — Calma, Alexandre! — Lavínia se levantou, tentando acalmá-lo. — Ela está na UTI. O parto foi prematuro. — Eu quero saber como isso aconteceu! Eu a deixei bem! Ele procurou rostos culpados e então





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