Ela é uma Advogada, com um coração partido, Quatorze anos mais nova. Ele é um empresário viúvo, com dois filhos que têm praticamente a mesma idade que ela. Agnes Dempsey, foge para Hamilton Forest em greensboro. Depois de acidentalmente descobrir que o homem que amava a traía com a sua irmã mais nova, e que a sua mãe sempre soube de tudo. Agnes tenta se isolar do mundo e fechar o seu coração para o amor, para sempre. Mas tudo que a mocinha faz assim que chega na cidade é cair acidentalmente numa série de momentos vergonhosos com um viúvo bonitão que sempre a tira do sério, e que sem que ela perceba, acaba ganhando o seu coração.
Leer másA luz do sol cintilava na água, suspirei satisfeita por ter encontrado aquele lugar, quando cheguei na beira do rio. O ar era mais fresco e o lugar era calmo. Aquele era o tipo de lugar que transmitia paz, estava feliz de estar aqui, mesmo sendo em um momento não muito agradável para mim.
Estava tudo tão calmo e o cintilar da luz do sol na água, deixando tudo ainda mais calmo e belo. Não pude resistir à vontade de entrar na água e nadar. Com movimentos rápidos, tirei todas as minhas roupas e as coloquei em cima da raiz do enorme carvalho que pairava sobre mim. Eu estava em uma parte em que o rio parecia ser mais fundo, o que tornava perfeito para um mergulho. Me aproximei da beira e me inclinei para frente, depois mergulhei. Foi maravilhoso sentir a água deslizando pela minha pele, enquanto eu subia de volta para a superfície. A temperatura da água estava realmente boa e... e... Me perdi dos meus próprios pensamentos, quando percebi que não estava sozinha. Havia um homem que também estava na água e tudo indicava que ele também estava nu. O encarei por alguns segundos perplexa por não ter percebido antes. Comecei a pensar em varias maneiras diferentes de como sair de dentro da água, sem ele me ver completamente pelada. Estava me esgueirando aos poucos até uma parte em que ele não conseguisse me ver, quando o ouvir falar. — Eu sei que falei que o mundo era pequeno, mas, realmente não esperava lhe encontrar aqui... Aurora. — O que?! — Gritei em pensamento. Essa voz era do homem rude, que eu havia jogado café, no dia anterior. Voltei meu rosto para ele no mesmo instante. — Você! — Pelo que vejo, você se lembra de mim. Fico feliz que não tenha me esquecido. — O senhor está me seguindo? Pergunto um pouco abismada, com a possibilidade de tal homem estar realmente me seguindo. — Eu não! Por que eu faria isso? Fico um pouco aliviada. — Você até é bonita, mas, não é bonita o suficiente para que eu cometa uma loucura dessas. Abro a boca para falar algo rude, mas paro pela metade e reformulo a minha frase. — Pelo que vejo, o senhor continua um poço de gentileza. — Sou sempre gentil, minha querida amiga. Ele fala isso com um pouco de diversão na voz. Reviro os olhos e dou de ombros. — Sim, claro... Como o senhor é um homem tão gentil e distinto, sei que irá se virar, para que eu possa sair da água. — Porquê? Entrou na água sem roupa Aurora? Seu tom divertido e a pitada de malícia usada na pergunta me deixam inquieta. Tenho vontade de sair da água, pegar as minhas roupas e sair correndo para longe daqui, mas, não tenho coragem o suficiente para desfilar nua, para esse cara. — Porquê a pergunta? O senhor está sem as suas? Perguntei curiosa, mesmo já sabendo a resposta. — Creio que você sabe muito bem que estou sem elas, assim como eu sei que a senhorita também está sem as suas. — Se realmente sabe, pode fazer o favor de se virar. — Não estou com vontade. Mesmo estando dois metros de distancia um do outro, não posso deixar de ver aquele maldito sorriso divertido em seu rosto. — Pensei que o senhor usufruísse de boas maneiras. — As minhas boas maneiras tiraram férias, então, não se preocupe. Não pretendo me virar. — Está brincando, não está? — Claro que não, não costumo brincar com esse tipo de coisa. — Você é um idiota sabia! — Não é a primeira vez que me chamam disso, e posso garantir que já me chamaram de coisas piores. Ele fala com um sorriso no rosto, e isso faz com que eu sinta uma onda de raiva. — Você... — O quê? Tento controlar a minha raiva. — Quer saber? Você não vale a pena! Começo a nadar até o lado mais raso do rio, até chegar na beira. Saio de dentro d’água e, tento caminhar sem tropeçar nas pedras enquanto, escondo que estou envergonhada o bastante para desejar morrer nesse exato momento, ou eu simplesmente poderia cometer um assassinato. — Essa é uma opção bem interessante. — Penso. — Mas, não quero ter que ir presa por causa de um bastardo como esse. Solto um longo suspiro de frustração, enquanto me abaixo e pego as minhas roupas. — Foi isso que você e essa sua bunda linda decidiram? Posso sentir o deboche na sua voz. — Isso! Ria, da pobre garota que teve que desfilar nua para você. Termino de me vestir. Olho para frente e o que vejo me deixa realmente entusiasmada. — Sabe Micael, eu vou te contar um pequeno segredinho... Falo, enquanto calculo a distância entre mim e a pilha de roupa daquele bastardo. — É mesmo? Olho para ele, ele ainda está na água, quase no meio do rio. Mesmo que ele nade igual um peixe, ainda não vai dar tempo de ele me alcançar. — O mundo dá volta amigo, e o karma sempre persegue quem merece. E você merece muito... Lhe dou um dos meus melhores sorrisos e começo a correr meio desajeitada por cima das pedras, até chegar na pilha de roupa, que estava sob uma pedra. Quando ele percebe o que realmente está acontecendo, já é tarde demais. Estou com as roupas dele em minha mão. — Espera! Aurora, você não vai fazer isso que eu estou pensando, vai? — Não sei... — Continuo. — Eu estou pensando no quanto vai ser engraçado, você voltar para casa “totalmente pelado”. — Aurora... — Não adianta me olhar com cara feia, você que procurou. Agora tenha um bom caminho de volta para casa. — Se você fizer isso, eu juro que vou te matar, garota. — Hahaha, tente me encontrar primeiro idiota. Começo a sair de pressa do caminho das pedras e a correr na mesma direção na qual eu vim, ouço a voz dele alterada, atrás de mim. — Aurora! Sua garota louca! — Você ainda não viu nada amor, haha. — Volta aqui sua maluca! Aumento ainda mais a velocidade, enquanto desvio dos galhos das árvores que aparecem no caminho. — Eu não poderia parar nem que a minha vida dependesse disso. — Nem de brincadeira, que eu vou ser pega por um louco daquele.TRÊS ANOS DEPOIS:Greensboro:Eu sorrio ao ver a minha família reunida ao redor da mesa, todos rindo e conversando. É um momento perfeito, um momento que eu sempre sonhei em ter. Estamos em greensboro, na pequena cidade onde eu e Micael nos conhecemos e nos apaixonamos, a cabana onde tivemos momentos únicos, foi reformada para acomodar a grande família que nos tornamos, e agora é um lugar onde a nossa família pode se reunir e criar novas memórias.Coloco a travessa com a sobremesa na mesa e me sento ao lado de Micael, que está segurando a mão da nossa filha mais velha, Aurora. Ela é uma menina linda e inteligente, com os olhos do pai e com a mesma cor de cabelo que eu. Dominic, o nosso filho mais novo, está dormindo nos braços do meu pai, que está sorrindo de orelha a orelha.Dália, a namorada do meu pai, está conversando com a minha irmã e Oliver, que agora são um casal. É incrível como a vida pode mudar em tão pouco tempo. Dois anos atrás, Oliver e Arabelle estavam casados, mas agor
Depois de termos matado boa parte da saudade, decidimos fazer uma pausa e relaxar um pouco. Comemos a pizza juntos, rindo e conversando sobre nossas vidas. Micael tomou um banho e trocou de roupa, enquanto eu guardava os meus materiais de trabalho. Agora estamos deitados juntos no sofá, assistindo ao filme "Velozes e Furiosos 5". Eu estou com a cabeça apoiada no ombro de Micael, e ele estava acariciando meus cabelos com dedos suaves.— Eu estou tão feliz em ter você de volta — disse eu, com um tom de voz suave.— Eu também estou feliz em estar de volta — respondeu Micael. — Eu sinto que estou em casa quando estou com você.Eu sorri e me aconcheguei mais perto dele.— Eu sinto o mesmo, sinto que estou exatamente onde devo estar.Micael continuou a acariciar meus cabelos, e eu senti que estava relaxando mais e mais.— Você é tão linda, Agnes — disse ele, com um tom de voz apaixonado. — Você é a mulher mais linda que eu já vi.Eu sorri e me senti corar. Micael riu e me beijou na testa.—
Me doeu deixar Agnes, para voltar para Chicago, mesmo sabendo que ela estava bem. Foi incrível perceber o quanto eu já estava dependente de uma linda garota, que é determinada, inteligente, um pouco brava, e também alguns anos mais nova que eu.Quando ela jogou aquele líquido sujo que é o café do meu irmão, em mim, eu nunca poderia imaginar que acabaria entregando o meu coração para ela, para a mulher que me fez voltar pelado para casa do meu irmão, depois de ter saído correndo feito uma louca, com as minhas roupas.Ela até tentou me assassinar uma vez, mas se falo isso, ela diz que estou sendo dramático demais. Mas não importa, porque eu sei que ela é a mulher certa para mim. E agora, após três meses e meio sem a ver pessoalmente, finalmente consigo me livrar dos projetos pendentes da minha empresa e volto para Nova Jersey.Depois que desci do avião, tomei a liberdade de visitar Augusto Dempsey, o pai de Agnês. Eu queria ver como ele estava se recuperando após todo o estresse que hav
Chego na clínica, e acabo encontrando Elisandra sentada num banco debaixo de uma árvore enorme, com o livro “A escolha”, de Nicola Sparks, sobre as pernas, enquanto observa os pequenos patos nadarem no lago mais à frente. Me sento ao seu lado, e por um tempo ficamos em silêncio.— Como está hoje, Elisandra? — pergunto, quebrando o silêncio.— Um pouco melhor que ontem, eu acho — responde ela, com um tom de voz baixo e triste.Continuamos a conversar, falando sobre coisas banais, como o tempo e o livro que ela está lendo. Mas posso sentir que há algo mais profundo por trás de suas palavras, algo que ela não está disposta a compartilhar.Até que ela para e finalmente olha para mim, e me pergunta o motivo de eu a ter perdoado.— Por que você me perdoou, Agnes? — pergunta ela, com um olhar curioso e um pouco triste.— Eu não consigo odiar você, Elisandra — respondo, com um tom de voz suave. — Sei que você estava sendo guiada por nossa mãe, e sei o quanto você estava sofrendo.Elisandra ol
Dois meses se passaram, desde do incidente. O meu pai acordou duas semanas depois, e no momento ele está andando com a ajuda de uma cadeira de rodas, mas o médico garantiu que daqui a alguns dias ele vai conseguir voltar a andar. É um processo lento, mas eu estou feliz em vê-lo se recuperando.Já Elisandra, é uma história diferente. Ela precisou ser internada numa clínica psiquiatra, depois que tentou se jogar da janela do décimo andar, do quarto de hospital. Ela ficou completamente descontrolada, ela falava apenas duas frases: "Me perdoa", e "Não quero viver". Mesmo eu garantindo que a perdoava, ela continuou pedindo perdão e se machucando.Deixá-la sozinha era perigoso demais, uma vez que tentava acabar com si mesma a qualquer oportunidade que tinha. Houve algumas tentativas, antes de tentar se jogar, mas foi só depois, que decidi que ela precisava ser internada. A clínica, onde a coloquei, é um bom lugar, Elisandra fica boa parte do tempo nos jardins, deitada na grama, ou sentada
Corri para o banheiro, tentando disfarçar o meu desespero. A ligação desconhecida havia me deixado em um estado de pânico. Poderiam ser Simon, ou Silver. A raiva crescente invadia o meu peito na mesma medida que o medo e o desespero. Saber o que eles e a minha própria mãe fizeram à minha irmã e ao meu pai, me fazia querer arrancar seus olhos e pendura-los virados do avesso, com uma estaca perfurando seus corações. Ao mesmo tempo que desejava não os ver nunca mais na vida.Nunca tive um bom relacionamento com a minha irmã, mas nunca quis ver ela tão quebrada, como está agora. E tudo o que eu mais quero agora, é que o meu pai acorde e me chame de sua linda garotinha."Quero ouvir a sua voz".Lágrimas escapam dos meus olhos, que começam a arder. Eu me sinto tão perdida e sozinha, sem saber o que fazer ou para onde ir.Depois de tirar a camisa emprestada de Micael do corpo, entro no box e ligo o chuveiro. O jato de água quente me envolve, e eu começo a lavar o meu corpo, enquanto controlo
Último capítulo