Mundo ficciónIniciar sesiónEntre o Ódio e o Desejo Tessa Grant nunca acreditou em finais felizes. Depois de ser traída e ferida pelas pessoas em quem mais confiava, ela aprendeu a erguer muros — até conhecer Demian Kim, o homem que derrubou cada um deles com um simples olhar. Rico, poderoso e acostumado a controlar tudo ao seu redor, Demian é o tipo de homem que desperta fascínio e medo na mesma medida. Mas quando o destino cruza seu caminho com o de Tessa, a atração entre eles se torna um campo de batalha — feita de provocações, segredos e um desejo impossível de conter. Entre encontros intensos, mal-entendidos e um passado que ameaça destruí-los, Tessa tenta resistir ao magnetismo perigoso de Demian. Mas tudo muda quando um antigo amor obsessivo ressurge, colocando sua vida em risco — e Demian se torna sua única salvação. Agora, entre o ódio e o desejo, entre a razão e o instinto, Tessa precisará decidir se deve fugir dele… ou se entregar de vez ao homem que pode ser tanto sua ruína quanto seu refúgio. 🔥 Um romance de tirar o fôlego, onde paixão e perigo caminham lado a lado — e amar pode ser o mais arriscado dos jogos.
Leer másO som da porta se fechando ainda ecoava pela casa quando percebi o que havia acontecido.Ela se foi.Fiquei parado por longos segundos, olhando o espaço vazio, esperando que, de algum modo, Tessa voltasse, que sua voz soasse de novo pelo corredor, que ela mudasse de ideia. Mas o silêncio respondeu no lugar dela.Peguei o café ainda morno que estava sobre a mesa e despejei na pia da cozinha. A calma que dominava o dia inteiro se dissolveu, e no lugar dela veio o desconforto conhecido: o peso da perda.Eu havia prometido a mim mesmo não estragar aquele momento. Não estragar o que eu tinha com ela.E, no entanto, bastou um telefonema para lembrar a Tessa de quem eu realmente era, alguém cercado de sombras, de histórias mal resolvidas e fantasmas que nunca ficavam quietos.Andei pela casa em silêncio. O jardim, onde havíamos rido horas antes, agora parecia um cenário apagado. A sala, onde ela havia me olhado com aquele brilho de tranquilidade, parecia fria de novo.Sentei-me no sofá, com
A luz do amanhecer atravessava as cortinas do quarto quando abri os olhos. Por um instante, esqueci onde estava. O cheiro de café, o toque suave dos lençóis, o calor de um ambiente que não era meu, tudo parecia um sonho. Mas então ouvi a voz dele.— Bom dia, dorminhoca. — Demian estava encostado na porta, uma xícara de café na mão e aquele meio sorriso que eu já começava a entender. — Achei que você fosse dormir o dia inteiro.Sentei-me devagar, o corpo ainda dolorido, mas infinitamente melhor que na noite anterior. — Eu precisava.Ele se aproximou, estendendo-me a xícara. — Aqui. Com mel, do jeito que você gosta.Peguei o café, surpresa. — Você lembra disso?— Eu lembro de mais coisas do que você imagina. — A voz dele soou baixa, quase íntima.Ele se inclinou, e antes que eu pudesse dizer qualquer coisa, roçou os lábios nos meus, um beijo leve, rápido, quase uma saudação. — Bom dia.Fiquei sem palavras. O gesto foi tão natural que o coração simplesmente esqueceu como bater.— Bom dia
Não lembro a última vez em que um quarto pareceu tão silencioso.O som da chuva, que ainda caía lá fora, era um lembrete distante de que o mundo seguia, indiferente ao caos que havia me atravessado. Mas dentro daquele quarto… tudo estava quieto.Tessa dormia.Ela estava deitada em meus braços, o rosto apoiado no meu peito, respirando de forma leve, como se finalmente tivesse encontrado descanso.O peso do corpo dela era quase nada, mas a presença, essa sim, era esmagadora.Eu a observava em silêncio, com medo até de piscar e perder um segundo daquilo.As mechas do cabelo dela estavam espalhadas pelo travesseiro, a pele ainda pálida, marcada, mas calma. Eu nunca imaginei que algo tão simples quanto vê-la dormir pudesse me desmontar por dentro.A noite anterior ainda girava dentro da minha cabeça como uma tempestade.O momento em que a encontrei, ensanguentada, tremendo no chão frio; o som da voz dela dizendo meu nome; o olhar que implorava por ajuda. E depois, quando finalmente estava
O primeiro som que escutei ao despertar foi o tic-tac distante de um relógio. Depois, o farfalhar leve da chuva, ainda insistente, batendo contra os vidros da janela.Por um instante, não soube onde estava. O teto branco, o cheiro de lençóis limpos e o calor que me envolvia eram estranhos e reconfortantes ao mesmo tempo.Quando tentei me mover, um gemido escapou dos meus lábios. O corpo inteiro doía, como se cada músculo tivesse se tornado uma lembrança viva da noite anterior.E então tudo voltou, o rosto de Arthur, o som da chuva, a luta, o medo, a voz de Demian gritando o meu nome.Abri os olhos de vez e o vi, sentado em uma poltrona ao lado da cama, a cabeça apoiada na mão, como se não tivesse dormido. O olhar dele estava perdido, mas ainda assim alerta, como um guardião em vigília.— Demian… — minha voz saiu rouca, fraca.Ele se levantou imediatamente, aproximando-se. — Ei. — O tom dele era baixo, quase um sussurro. — Está tudo bem. Você está segura agora.Aquelas palavras, tão si
Eu nunca vou esquecer a cena que encontrei quando cheguei naquele lugar deserto e escuro.A chuva desabava como se o céu tivesse decidido castigar a terra. No meio da lama, Tessa estava caída, ensanguentada, o corpo frágil tremendo de frio e dor. E aquele maldito caminhava em direção a ela com as mãos prontas para terminar o que começou.Naquele instante, algo dentro de mim quebrou.Eu não pensei. Eu não hesitei. Eu simplesmente ataquei.A cada soco, a cada impacto dos meus punhos contra o rosto dele, eu sentia a raiva acumulada explodindo. Não era apenas por ela ter sido ferida, era pelo simples fato de alguém ousar tocar nela. Nela. Ele não tinha esse direito. Ninguém tinha.Se tivesse ficado mais alguns segundos sob minhas mãos, eu teria acabado com ele ali mesmo. Mas o covarde fugiu, e, pela primeira vez na vida, não corri atrás. Porque Tessa estava caída no chão, e nada, absolutamente nada, era mais importante do que ela.Quando a ergui nos braços, senti o peso leve dela contra m
A noite estava fria, pesada, como se algo no ar já anunciasse a tragédia. Eu saí do trabalho mais tarde do que o habitual, o estacionamento estava deserto, o vento úmido anunciando que a chuva não tardaria. Apertei o casaco contra o corpo, com a estranha sensação de que alguém me observava.No início, pensei que era apenas minha imaginação. O efeito de noites mal dormidas, de memórias que não me deixavam em paz. Mas, quando ouvi o som de passos atrás de mim, o arrepio na minha pele confirmou: não era paranoia.— Tessa. — A voz masculina me fez gelar.Virei devagar, e meu coração afundou. Era Arthur. Meu ex, que jurei nunca mais ver. O mesmo que, anos atrás, mostrara um lado sombrio, doentio, controlador. Eu havia me livrado dele a duras penas, mas ali estava ele , parado diante de mim, o sorriso frio iluminado pelos postes fracos do estacionamento.— O que você está fazendo aqui? — perguntei, tentando soar firme, embora minha voz tremesse.— Vim te buscar. — Ele deu um passo à frente.










Último capítulo