Mundo ficciónIniciar sesiónDamian Alexander Ashford, 32 anos, é um magnata americano marcado pela traição da ex-namorada Sabina Hale Marwick. Sabina o abandona para viver com um sheik árabe e, ao engravidar, tenta enganar o príncipe dizendo que as crianças são dele. No parto, nascem duas gêmeas loiras e de olhos azuis — idênticas ao pai biológico, Damian. Humilhado, o sheik Hassan Al-Masri rejeita as bebês e envia guardas para devolvê-las ao verdadeiro pai. Em Londres, a jovem humilde Yasmin Whitfield, 19 anos, é obrigada a carregar as gêmeas e entregá-las na porta da mansão do magnata. Com pena das bebês, ela oferece ajuda — e Damian a contrata como babá. O que começa como um acordo temporário se transforma em um laço profundo entre Yasmin, as gêmeas e o magnata amargurado. Enquanto enfrentam ameaças do sheik, a obsessão de Sabina e o peso do passado, Damian descobre em Yasmin a mulher que devolve luz ao seu mundo — e a mãe que as bebês precisavam.
Leer másSete meses atrás
Damian Alexander Ashford empurrou a porta da cobertura em Kensington com a mesma exaustão que carregava havia semanas. O jantar de negócios tinha sido longo, os relatórios se estendiam pela madrugada, e a mente dele, embora afiada, parecia carregada demais até para organizar pensamentos simples. Tudo o que queria era tirar o paletó, sentir a água quente cair sobre os ombros e ouvir a voz suave da mulher que escolhera para dividir a vida. Sabina sempre dizia que gostava de vê-lo chegar, repetia que o sorriso dele era a parte favorita do dia dela, que o som das chaves na porta significava segurança, futuro, estabilidade. Mas naquela noite havia algo errado. O apartamento estava silencioso. Não era o silêncio normal de uma casa grande — o silêncio que pesava, e não acolhia, mas afastava, a música que sempre estava tocando, como ela costumava colocar. Só um vazio estranho, que subiu pelo corpo dele como um presságio. Damian franziu o cenho, largou a pasta em cima do sofá e deu dois passos para dentro quando viu. Sobre a mesa de mármore, perfeitamente alinhada, como se fosse parte da decoração, estava uma única folha dobrada ao meio. Nada mais ao redor, nem um objeto fora do lugar. Apenas a carta. O nome dele estava escrito com a letra elegante de Sabina, aquela caligrafia que ele reconheceria até no escuro. — O peito dele afundou de um jeito quase físico. — A respiração falhou, como se o corpo soubesse antes da mente o que estava prestes a acontecer. Ele não queria tocar no papel. A ponta dos dedos roçou o envelope, e ele sentiu o coração endurecer, preparando-se para um golpe que já parecia inevitável. — Ainda assim, abriu a carta com cuidado — como quem tenta prolongar um segundo a mais antes da queda. E então leu... “Damian, Você tem dinheiro, mas você nunca será um príncipe.” As palavras, simples e afiadas, atravessaram o ar como lâminas. Damian piscou, uma ardência estranha tomou seus olhos. — Ele levou a carta mais próxima do rosto, como se tivesse lido errado, mas a letra era nítida, cruel, firme. — Continuou a leitura com a sensação desconfortável de estar sendo dilacerado com cada linha. “E eu descobri que não quero ser apenas a esposa de um magnata, vou ser uma princesa.” O golpe seguinte veio como um soco no estômago: “Um sheik de Dubai pediu minha mão, ele pode me oferecer o que você não pode: status real.” Era como se a sala inteira tivesse encolhido. O ar rarefeito queimava na garganta. Damian levou a mão à mesa, apoiando parte do peso, tentando recuperar alguma estabilidade. “Nosso casamento seria em duas semanas considere cancelado.” O noivado, cuidadosamente planejado casa escolhida juntos, convites quase prontos. A lua de mel foi discutida na semana anterior. E agora tudo estava cancelado. Assim, sem hesitação. “Não me procure. Esqueça que eu existo.” O final era uma sentença fria, desumana, calculada: “Adeus, Damian seja feliz.” A carta deslizou dos dedos dele, tocou o chão sem ruído, a queda do papel pareceu simbolizar a queda dele. Por alguns segundos, ele não se moveu, respirou. Ficou ali, parado, encarando o vazio como se tentasse convencê-lo de que aquilo não era real. Mas era. Brutalmente real. Um homem de bilhões, admirado, disputado por investidores, mestre no jogo corporativo, mas absolutamente sem valor para a única mulher que havia amado de verdade. O silêncio daquele apartamento, antes desconfortável, agora era ensurdecedor. A traição doía como faca — mas não era só isso. Eram as palavras. As malditas palavras. “Você não é um príncipe.” A frase martelou na cabeça dele, repetida como um insulto que não precisava ser dito em voz alta para destruir. Ele nunca prometeu ser príncipe. Nunca tentou. Tudo o que ofereceu foi amor, estabilidade, parceria. Mas para ela, aquilo não bastava. Pela primeira vez em muitos anos, o implacável Damian Alexander Ashford sentiu algo que não sabia identificar. Não era raiva, nem orgulho ferido ou humilhação, foi apenas perda. Perda de algo que ele acreditava ser verdadeiro. E naquele momento, sem saber, seu destino já estava sendo reescrito. Silenciosamente. Implacavelmente. Com precisão cruel e perfeita. O fim que Sabina deixou sobre a mesa — era o início de tudo o que ele jamais imaginou viver.DECISÃO, REAÇÕES E PRIMEIRAS CONEXÕESO silêncio no saguão da empresa havia se transformado em algo mais profundo do que a simples curiosidade dos funcionários. A atmosfera era quase reverente, como se todos estivessem segurando a respiração. Um bilionário, conhecido por dominar tudo ao seu redor, estava ali, aprendendo a segurar uma mamadeira pela primeira vez. Enquanto isso, uma jovem de origens humildes, com mãos calejadas e uma voz suave, lhe ensinava o básico sobre a humanidade.Damian observou Yasmin enquanto ela cuidava da outra bebê. Havia algo em seu jeito — seguro, atento, gentil — que o desarmava de uma forma que ele não podia compreender. Apesar da sua juventude, ela demonstrava mais maturidade em seus gestos do que ele tinha em toda a sua vida. A pergunta silenciosa ressurgiu em sua mente: como Sabina fez isso comigo? E por que agora? Mas ele não podia se dar ao luxo de se perder em suas reflexões. As meninas estavam ali, vivas e vulneráveis, depende
Ele releu o bilhete uma última vez, como se as palavras pudessem mudar se ele insistisse.“As gêmeas são suas……não posso ter meu nome ligado a elas……cuide das SUAS FILHAS.”A caligrafia de Sabina queimava como ferro quente.Ele fechou os olhos por um segundo, respirou fundo e soltou o papel devagar, sentindo o peso da criança nos braços ganhar outro significado.Quando ergueu o olhar, encontrou a jovem parada à sua frente, ainda ofegante, ainda tensa, ainda segurando a outra bebê como se o mundo pudesse roubá-la a qualquer momento.Damian a encarou com mais atenção.— É a segunda vez que eu me encontro com você — disse, a voz rouca. — E nas duas… em momentos nada agradáveis.Os olhos de Yasmin se arregalaram, confusa, até que o reconhecimento surgiu.— O senhor… é o homem do carro — murmurou, corando. — O que eu ofereci rosas no semáforo.Ele assentiu, sem desviar o olhar.— Me diga o seu
O silêncio no saguão da empresa parecia palpitar quando Damian finalmente encontrou sua voz. —Diante de Yasmin, uma mulher com roupas modestas, ele vislumbrou uma cena incomum: duas crianças, que claramente não pertenciam a aquele ambiente corporativo — e muito menos a ela. — Eram dois recém-nascidos, cuidadosamente envoltos em mantas luxuosas, adornadas com detalhes apenas acessíveis a famílias extremamente ricas. — O choque paralisou seu corpo. — Quem entregou essas crianças a você? — Damian indagou, mantendo um tom firme, embora a confusão em seu olhar fosse inegável. Yasmin engoliu em seco; seus braços tremiam, mas ela segurava os bebês com extremo cuidado, como se temesse que qualquer movimento brusco pudesse machucar aquelas vidas diminutas, que não deveriam estar em seus braços. — Senhor… — ela começou, esforçando-se para articular as palavras. — Eu estava lá fora, vendendo minhas flores, quando duas mulheres se aproximara
Ele releu o bilhete uma última vez, como se as palavras pudessem mudar se ele insistisse. “As gêmeas são suas… …não posso ter meu nome ligado a elas… …cuide das SUAS FILHAS.” A caligrafia de Sabina queimava como ferro quente. Ele fechou os olhos por um segundo, respirou fundo e soltou o papel devagar, sentindo o peso da criança nos braços ganhar outro significado. Quando ergueu o olhar, encontrou a jovem parada à sua frente, ainda ofegante, ainda tensa, ainda segurando a outra bebê como se o mundo pudesse roubá-la a qualquer momento. Damian a encarou com mais atenção. — É a segunda vez que eu me encontro com você — disse, a voz rouca. — E nas duas… em momentos nada agradáveis. Os olhos de Yasmin se arregalaram, confusa, até que o reconhecimento surgiu. — O senhor… é o homem do carro — murmurou, corando. — O que eu ofereci rosas no semáforo.
A Entrega — Yasmin Whitfield estava ajoelhada na calçada fria, reorganizando as flores murchas em seu cesto improvisado.O vento de Londres cortava como navalha, e mesmo assim ela tentava sorrir para cada pessoa que passava.Ela vivia disso, da gentileza, do que sobrava no mundo.Mas naquele momento, algo mudou no ar.Passos pesados ecoaram atrás dela.Dois… três… quatro.Como botas militares cruzando um campo de batalha.E então uma voz — dura, grave, carregada de um sotaque árabe que parecia acostumado a dar ordens, não a recebê-las.— Você. Levante-se.Yasmin virou-se devagar, com o coração já acelerado.Duas mulheres enormes, vestidas de preto, armadas até os dentes.Guardas.Que não pertenciam àquele país.— P-Posso ajudar? — ela perguntou, a voz quase inaudível.Uma das guardas não respondeu.Simplesmente empurrou um embrulho grande, pesado, quente, contra o peito dela
Dubai— Nesse mesmo momento, Sabina Hale Marwick girava lentamente diante do espelho dourado do palácio, observando seu reflexo sob três ângulos diferentes.— O vestido azul-celeste que vestia — feito de seda pura e bordado à mão — moldava seu corpo como uma lembrança de seu novo título: quarta esposa do Sheik Hassan Al-Masri, a esposa mais jovem, a mais bela e a favorita entre todas.— Suas pulseiras de ouro tilintavam ao ritmo de seus gestos enquanto ela aplainava a barriga grávida, sorrindo para a própria imagem como se contemplasse a realização de um sonho. —O vasto quarto, iluminado por lustres de cristal e ostentando cortinas pesadas vindas diretamente de Marrocos, parecia girar ao seu redor. —A cama circular, que mais parecia um trono, completava a cena de opulência, com servas a acompanhando silenciosamente, carregando bandejas repletas de frutas, perfumes e joias. Sabina desfrutava desse tratamento com um deleite que à primeira vista pod
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