prometida ao dono do morro

prometida ao dono do morroPT

Romance
Última actualización: 2023-09-23
Ane Santos   Completo
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10
3 Reseñas
67Capítulos
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Resumen
Índice

Desde pequena, Emily teve que lidar com um destino que não foi ela que escolheu. Seus pais eram pessoas ruins e fariam de tudo por drogas, incluído: prometer a filha pra o dono do morro em troca desses entorpecentes e moradia. Quando completou 18 anos, Emily já sabia que seu destino era se casar com o novo dono do morro e esse destino ela não queria de jeito nenhum. Então, ela decide que irá se esconder até que o rapaz a esqueça. Léo passa semanas atrás de uma garota que ele só viu 1 vez no baile funk e que no dia seguinte descobriu que é sua prometida. Será que os irão se encontra? Ou será que ela conseguirá fugir com a ajuda de sua melhor amiga?

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Capítulo 1

capítulo 1 - O Preço da Liberdade

PRÓLOGO

EMILY

Desde que me entendo por gente, convivi com o cheiro azedo do vício. Minha mãe, uma fantasma movida a crack, trocava o corpo por migalhas e nunca soube o que era amar de verdade. Meu pai não era santo, mas, para o bem ou para o mal, vivia cego para as atividades dela.

Aos dois anos, fui largada na porta da minha avó materna, que me criou até os oito. Foram os únicos anos de paz que conheci. Mesmo com poucas lembranças nítidas, sei que ali estava segura.

A tragédia veio com a morte da vovó. Fui forçada a voltar para o inferno particular de meus pais. Minha mãe, que dizia que eu tinha arruinado a vida dela, me abandonou de novo meses depois, deixando a desculpa esfarrapada de que iria "arrumar um emprego" para nos sustentar.

Eu me afundava nos estudos e passava as noites na casa de Amanda, minha melhor amiga. A mãe dela virou minha segunda família. O dia eu passava na escola, o único lugar onde eu podia ser apenas Emily.

À medida que eu crescia, meu pai me colocava para fazer os trabalhos de casa. Com doze anos, ele me forçou a assumir o lar. Eu cozinhava, limpava a casa, e tinha que conciliar isso com o meu turno na escola e o trabalho no restaurante. Minha vida era basicamente: Estudar, trabalhar e cuidar da casa. Eu era a empregada da casa, não a filha.

POV EMILY

Mais um dia no balcão, mais uma cota de exaustão. Volto para casa, vazia como sempre. Meu pai sumiu sem deixar recados. Sem cabeça para encarar o fogão, decidi ir atrás de Amanda. Estava faminta e, sinceramente, a companhia dela era o único prêmio que eu tinha no fim do dia. Meu pai ultimamente tem chegado bem tarde e nem procura nada pra comer, só dorme.

Cheguei na casa dela e fui arrastada para a lanchonete da esquina. Um lugar que eu sempre passava, mas nunca entrava. Tinha que economizar cada centavo.

— Finalmente você vai ficar de maior, hein? Já pode ser presa, visse! — Amanda riu, estendendo um pedaço de pizza. O lanche era por conta dela; o namorado dela, o Victor, era braço direito do novo chefe. — E aí, bebê, você já sabe quem vai assumir o lugar do Jeff, né?

— Sei, o filho dele — respondi, tentando parecer displicente. O desânimo já estava cravado na minha testa.

— Ei, porra, presta atenção! Não vai acontecer aquela parada que você tá pensando. Isso foi há muito tempo. Seu pai disse que largou o vício, não foi? Então, pronto! Tu não sai do meu lado, eu entro no meio e ninguém te tira de mim!

A bravura dela era confortante, mas a realidade era um punhal frio.

— É, Amanda, eu sei... Mas ainda tô com o pé atrás. A partir da meia-noite de hoje, vou viver nessa ansiedade de ser prometida a um cara que nunca vi na vida. Aquele boato desde os meus nove anos, todo mundo aqui no morro sabe... Acha que alguém vai me deixar ir embora se ele vier me buscar? Não vai! Mas obrigada por não me abandonar.

Falei baixo, quase um sussurro. A situação era estranha demais para ser compartilhada com a clientela da pizzaria.

— Para de ko, Emily, ninguém vai te prender nessa porra, não!

— Ela olhou para a rua. — Porra, esses vermes não deixam o morro em paz! — Viaturas da polícia passavam. — Vai vazar tudinho...

Amanda pegou o celular na bolsa.

CELULAR ON

— Diga, Mago, tem umas viaturas subindo pra boca agora, acabaram de passar na pizzaria que eu tô com a Emy. avisa os caras.

A voz do outro lado era apressada, mas calma:

— Oi, vida. Fica de boa e quando terminar aí, vai direto pra casa, hein? Beijo. Fala pra Emily que eu mandei um alô.

CELULAR OFF

— Amanda, é melhor a gente ir, não? — perguntei. Ela prendeu o cabelo vermelho em um coque.

— Vamos pra sua casa primeiro. Pegar suas coisas. Você vai dormir lá em casa, e de lá a gente vai para o lugar que eu prometi te levar.

Eu, que quase nunca saía da favela, teria uma noite de folga na Zona Sul, talvez em uma casa de show.

Comemos, pagamos e fomos para minha casa pegar minhas coisas, e depois pra dela.

— Como hoje é especial, vou usar esse vestido aqui — falei, segurando o único vestido decente que eu tinha.

Amanda me olhou com a chapinha parada no ar.

— Bota um short, amiga.

— Mas a gente não vai para uma casa de show? Pra que roupa curta?

— Tá doida, fia? Tomou seu remédio hoje? — Ela ironizou. — Minha irmã, eu vou fazer o que na Zona Sul se todo mundo tá vindo é para a favela comemorar a posse do Leonardo? Fica suave, já te disse que não vai acontecer nada.

O sorriso dela me desarmou.

— Tudo bem, Amanda. Tudo bem!

Me arrumei em um piscar de olhos. Pegamos duas motos-táxi. Morávamos na entrada do morro, então era só uns dez minutos até a quadra. O barulho da música, o funk, ficava mais intenso a cada metro.

— Chegamos! — Amanda desceu da garupa, se despediu do mototáxi. — Glamourosa... Rainha do funk, poderosa, olhar de diamante. Vamos, Emi! Você tem que se divertir hoje, e eu vou garantir isso.

— Fala, minhas piranhas lindas!

— Júlia já chegou dançando. — Vamos ficar aqui fora?

— Não, vamos entrar logo, por favor — pedi, abraçando as duas.

— Arrasa, mulher! — Amanda agitava enquanto várias mulheres desciam até o chão.

— Isso aí! — Victor, o namorado da Amanda, surgiu, beijando Ela.

— Iae, minha cria. Iae, Emily. Não sabia que tu vinha hoje, não. Você nunca vem! Parece que tá se escondendo do mundo. Disse Dando uma risada sem graça

O riso dele me acertou em cheio, como uma farpa na ferida.

— Olha, prestem atenção. Falando sério, não fiquem aqui no meio dessa multidão. Quero vocês lá em cima, no camarote. Agora! Antes do Leonardo chegar. O homi tá um bicho hoje.

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Claudia Merenciano
Estou gostando muito, a historia é muito boa, mss demors para posta novos capítulos.
2023-09-18 04:13:38
3
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Francioly Lorona
Tô amando a história.
2023-09-04 22:16:13
2
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Ane Santos
...️...️...️...️...️...
2023-07-24 11:47:49
8
67 chapters
capítulo 1 - O Preço da Liberdade
capítulo 2- O Camarote e a Primeira Faísca
capítulo 3 - A Queda do Camarote
capítulo 4- Transtorno na Madrugada
capítulo 5 - O Ônibus da Madrugada
capítulo 6 - Duas Semanas de Paz
capitulo 7 - Traição no Salão
capítulo 8 - O caçador chega
capítulo 9 - O Silêncio da Estrada
capítulo 10. - A Cobrança na Sala de Casa
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