Olivia Martin acabou de se formar em um curso avançado de secretariado e de línguas, e resolveu ir comemorar essa sua conquista com as algumas amigas em uma noite com muita dança e bebidas. Filha mais velha de uma família de classe média, com pais extremamente conservadores, ela apostou alto na sua formação em segredo. Contudo, a garota não contava que uma transa de uma única noite resultasse em uma gravidez inesperada. Agora Olivia precisa encarar a sua família de frente e contar para todos a verdade. * Uma gravidez indesejada. * A rejeição da sua família. Ollie está sozinha no mundo agora e vai tentar sobreviver na cidade grande. Meses depois, ela dá a luz dois meninos gêmeos e as portas começam a se abrir para a sua vida. Athos Mazza é um CEO de uma mega empresa de advogados. Um homem extremamente poderoso, pretencioso, arrogante, controlador e muito temido por todos que o cerca. Em uma viagem de negócios ele decide ir para uma danceteria e enquanto toma a sua bebida para aliviar o estresse de um dia cheio de trabalho, ele se encanta pela uma jovem e linda desconhecida. Contudo, Athos não é um homem que promete amores, nem mesmo é adepto a relacionamentos de longo prazo. Uma transa casual é tudo que ele quer. * Um reencontro inesperado. * O poder e o medo andando de mãos dadas. Olivia precisa esconder os seus filhos do seu chefe para livrá-los das garras de um pai dominador.
Leer másOlivia
— O que você acha de sairmos desse barulho? — Essa pergunta mudou a minha vida de uma forma irreversível. Tudo começou quando eu finalmente concluí o meu curso de secretária e línguas estrangeiras. Pela primeira vez na minha família uma mulher tinha um diploma e mesmo contra a vontade do meu pai, eu iria trabalhar e ser independente. Nesse mesmo dia quebrei várias regras de uma família tipicamente tradicional e rígida, e saí para festejar com as minhas colegas do curso. Na minha mente seria algo tão rápido que os meus pais jamais perceberiam. Contudo, entre um gole e outro, o tempo voou e logo me vi envolvida em uma dança com um belo e atraente estranho. O seu cheiro era inebriante e ele exibia uma sensualidade que eu podia sentir a flor da pele. Então, após a nossa terceira dança veio o tal convite. O que eu posso dizer? Eu estava envolvida demais com aqueles pequenos beijos no meu pescoço e com o seu hálito que insistia em aquecer a minha pele. Na maneira como ele aspirava o meu cheiro, esfregando a ponta do seu nariz pela minha garganta e nos cabelos. Pelo toque suave dos seus dedos que deslizavam subindo e descendo pelas minhas costas. A sua intensidade que me abraçava e que era tão sufocante quanto delirante. E por um instante me senti envergonhada de sentir um desejo tão descabido por esse estranho. — Me desculpe, mas eu gostei de você e só queria poder tocá-la mais... intimamente. — A sua sinceridade era realmente algo que me assustava. Contudo, devo admitir que eu queria muito sentir o seu toque mais íntimo em mim. No entanto, havia dois problemas comigo. Um, eu nunca havia saído com um estranho antes e dois, eu nunca havia ficado com um homem sozinha antes. — Eu prometo, que você vai gostar muito! — Sua promessa veio junto com um beijo provocante e ardente que me roubou a capacidade de respirar. Portanto, me vi aceitando o seu convite inesperado e momentos depois, eu estava as portas de um quarto luxuoso de um hotel, com um requinte de espantar qualquer jovem simples como eu, e elas se abriram para mim. Contudo, não tive tempo de absorver qualquer detalhe da decoração daquele cômodo, pois as suas mãos tomaram posse do meu corpo de um jeito avassalador e a sua boca começou a devorar a minha com uma fome inexplicável. O meu corpo obedeceu ao seu comando sem nenhum protesto, ele ardeu em chamas e as minhas funções mais básicas já não me obedeciam mais. Tudo dentro de mim ficou bagunçado. Minha respiração pesou dentro do meu peito onde o meu coração batia endurecido, saltando ferozmente lá dentro. O calor tomou conta de tudo e eu ofeguei violentamente, me afundando na luxúria que as suas mãos experientes exigiam de mim.
— Oh! — Um gemido alto escapou da minha boca quando ele começou a explorar algumas partes mais específicas do meu corpo e tudo dentro de mim parecia derreter como a larva de um vulcão em erupção, tamanho o fogo que se acendia dentro de mim. — Oh! — Meus sons se tornaram cada vez mais altos, quase escandalosos quando ele sugou ávido a minha intimidade, causando-me uma sensação ímpar e me fazendo explodir direto na sua boca.
— Agora é a minha vez, linda! — Ele disse tão áspero, desafivelando o seu cinto quando eu ainda não havia recuperado as minhas forças e em uma fração de segundos, o estranho estava se enfiando dentro de mim. Uma ardência incomoda me acometeu no mesmo instante e eu prendi a respiração em busca do alívio da minha dor. Em meio as minhas pálpebras pesadas, fitei o seu olhar perverso que me encarava em uma análise minuciosa e havia um sorriso de lado no canto da sua boca. — Você está bem? — Sua voz parecia distante agora, porém, dava para sentir a firmeza do seu timbre. Se eu estava bem? Eu jamais saberia dizer nesse momento, pois por mais que tudo pareça grosseiro demais, eu ansiava por mais da sua promiscuidade.
— Sim, eu estou! — sibilei baixo e ofegante, e na ânsia, ergui a minha mão para tentar lhe tocar. Contudo, ele as segurou, mantendo-as acima da minha cabeça, fazendo de mim refém dos seus desejos mais insanos e meneou a sua cabeça fazendo um não cheio de reprovação para mim.
— Não se mexa, linda! — O estranho ordenou e começou a se mexer com força, chegando cada vez mais fundo dentro de mim. No ato, ele tapou a minha boca com a sua, aumentando o seu ritmo delirante, tornando-o cada vez mais forte e mais bruto, me deixando enlouquecida debaixo dele. Um rugido alto, porém, estrangulado escapou da sua garganta, seguido de outro e mais outro, e quando senti que me partiria em mil pedaços, ele parou o beijo castigante e exigente, e me assistiu cair em queda livre, gozando logo em seguida.
***
Na manhã seguinte...
Respirei fundo, abrindo apenas uma brecha de olhos me sentindo incomodada com a claridade que vinha do lado de fora e com um resmungo, virei-me em cima da cama para fitar o teto branco. Lembranças da noite passada me absorveram imediatamente e eu sorri me sentindo diferente. Talvez um pouco usada. E só de pensar que fiz tal coisa me causa até um calafrio. Que os meus pais nunca descubram tal coisa. Rogo, soltando outra respiração e me sento no colchão percebendo que estou sozinha dentro do quarto agora. De alguma forma me sinto frustrada. Sério, não havia chance de esperar qualquer coisa dele. Contudo, a sensação de ter sido usada não saía do meu pensamento.
... Pelo amor de Deus, Ollie, onde você está?!
Fito a mensagem da minha irmã caçula e sorrio, enviando uma resposta para ela.
... Indo para casa agora. Quando chegar te conto tudo.
Recolhi rapidamente as minhas roupas no chão, me vesti com a mesma pressa e deixei o quarto luxuoso para trás. Dentro do ônibus, as horas me deixavam nervosa. Os meus pais têm o hábito de acordar cedo e de ir para a igreja. Portanto, eu tinha pouco tempo para chegar em casa antes que eles percebessem a minha ausência. Então, assim que desci do coletivo, corri feito uma louca pelas ruas do bairro de classe média e entrei em casa pela porta dos fundos.
— Ah, graças a Deus! — Kim sibilou soltando o ar pela boca e se deixou cair sentada em uma cadeira da cozinha. Por sua vez, a porta da frente se abriu e os meus pais passaram por ela acompanhados do Edie, um amigo da família. — Corra para o banheiro e se livre dessas roupas e dessa maquiagem! — Kim rosnou para mim um tanto apreensiva e eu saí de fininho para dentro de um corredor que me levaria para a escadaria.
— Oi, filha, onde está a sua irmã? — Escutei mamãe perguntar assim que alcancei o terceiro batente. Contudo, não parei e fui direto para o nosso quarto. Me livrei das minhas roupas e tomei um banho rápido, voltando para o café da manhã logo em seguida. — Olha ela aí! — Mamãe disse com uma estranha animação na voz. — Veja, Edie, ela não é linda? — Fitei rapidamente a minha irmã do outro lado da mesa, mas ela deu de ombros sutilmente.
— Sim, ela é realmente muito linda, Senhora Martin! — Um detalhe sobre Adele Martin, a minha mãe. Ela é a casamenteira aqui do bairro e já realizou mais de cinquenta casamentos. E eu só espero não ser a sua próxima vítima. Quer dizer, Edie Durand é um dos rapazes mais lindos e cobiçado daqui e qualquer moça faria qualquer coisa apenas para se casar com ele, menos eu. A explicação é bem lógica. A família Durand assim como a minha família são tradicionais demais para o meu gosto. Ou seja, na visão dos chefes dessas famílias as mulheres devem ter suas ocupações apenas com seus maridos, a casa e os filhos. Portanto, trabalhar está fora de cogitação. Eu definitivamente não quero isso para mim e foi por esse motivo que fiz um curso completo de secretariado e línguas estrangeiras escondida do meu pai, a final, sonho em arrumar um emprego para ser independente. Na minha ideia original, assim que conseguir isso, a Kim virá morar comigo.
— Querida, por que não serve uma xícara de café para o nosso visitante? — Mamãe pede com uma cordialidade singular e antes de obedecê-la solto uma respiração pela boca, forçando um sorriso para o rapaz. Depois, a conversa inteira na mesa concentra-se apenas na minha pessoa. O quanto sou prendada, obediente, uma boa filha e sobre o homem de sorte que se casaria comigo.
Viram o que eu disse?
***
Algumas horas depois...
— Escute, Olívia. — Edie diz assim que chegamos ao pequeno portão da minha casa. Ele segura as minhas mãos e beija as suas costas calidamente. Respiro fundo e penso em recolhê-las, mas ele continua. — Eu estive conversando com o seu pai mais cedo. Você já fez vinte e dois anos e já está na idade de se casar... — Puxo imediatamente as minhas mãos das suas e os seus olhos me fitam confusos. — Ollie, as nossas famílias são distintas, nós pensamos do mesmo jeito e... — Esse é o problema. Penso determinada a dar um basta nisso. O Edie é realmente uma gracinha, mas eu não nasci para ser apenas uma dona de casa e a mãe de uma penca de filhos. — Eu pedi permissão para os seus pais para namorar com você.
— Edie... eu sinto muito, mas eu... não estou preparada para namorar agora. Eu...
— Não se preocupe, eu sou um rapaz respeitador e não vamos namorar por muito tempo, porque quero me casar com você o quanto antes. — Meneio a cabeça fazendo um não para ele.
— Eu sinto muito, Edie, mas eu tenho outros planos para a minha vida agora! — disse de uma vez e não esperei pela sua resposta, simplesmente corri e entrei em casa, encontrando o sorriso satisfeito no rosto da minha mãe e um olhar repreensível no rosto do meu pai.
Prólogo 2 Artêmis Três anos antes... ... Para Athos! Para o carro, porra! Grito completamente apavorado enquanto ele acelera como um louco no asfalto molhado. ... PARA! VOCÊ VAI NOS MATAR, CARALHO! Berro dessa vez, mas é tarde demais e o controle da toda a situação escapa das minhas mãos sem que eu possa detê-lo. ... — Oi, querido! — Escuto o som baixo da voz de Corina bem do meu lado e com uma respiração profunda abro os meus olhos, percebendo que estou em um leito de hospital. — O que aconteceu? — pergunto aturdido, olhando para os fios colados no meu corpo e depois para as máquinas que não param de fazer barulho. — Onde estou? — inquiro apavorado, arrancando os fios e logo as máquinas começam a protestar. — Calma, Artêmis, fique calmo por favor! Você sofreu um acidente e precisa ficar parado. — Ela pede segurando as minhas mãos que não param de se mexer. Entretanto, lembranças de algumas cenas de terror preenchem a minha mente. Vidros quebrados, pessoas se aproximando de
Prólogo 1KimUm ano e meio antes...— Kim? Kim venha aqui, filha. Temos algo para te falar. — Escuto mamãe gritar do andar de baixo e sem ânimo encaro o teto do meu quarto.— Já estou indo, mamãe! — respondo com um tom sobressaltado para ela me ouvir e ansiosa, pulo para fora da minha cama.Desde que a Ollie saiu de casa há alguns dias tudo aqui ficou quieto demais, não importa o quão eu seja animada, nada é mais como antes.— Kim, venha logo, filha! — Ela insiste com uma animação que eu desconheço e empolgada, saio com pressa do quarto. — Vai ser o melhor a fazer, querido. — A escuto dizer para o meu pai à medida que desço os batentes da escadaria e isso me faz desacelerar. — Não podemos correr o risco de perdê-la para esse mundo cruel como aconteceu com a sua irmã.Suspiro.Está acontecendo de novo. Penso sentindo o meu coração se comprimir dentro do meu peito.— Ah, você está aí, querida! — A Senhora Martin fala com um tom doce na voz que também não reconheço. Quer dizer, ela não
AthosAlgumas semanas...— Está na hora de saber quem está escondidinho na barriga da minha adorada esposa, meu amigo — falo cheio de ansiedade me levantando da cadeira do meu escritório em casa, após dar alguns conselhos amorosos para o meu amigo, que agora parece mais animado. A verdade, é que estou louco para descobrir que esperamos mais um garotinho e assim teremos um belo time aqui em casa para fazer as nossas bagunças. Com o Levi e o Liam dando os primeiros passos e descobrindo o ambiente ao seu redor tenho andado bem distraído quando estou fora do escritório e eles sempre me dão motivos para sorrir todos os dias.— Espero que seja uma garotinha para brincar com a minha em um futuro próximo. — Desperto dos meus devaneios quando Romão fala parando bem do meu lado.Ele não pode estar falando sério. De verdade Romão Nunes não faz ideia de onde está se metendo. Penso após um curto debate que eu interrompo para ir ao encontro da minha linda e grávida esposa, que nesse exato momento e
Barbara— Ah é? — Sorrio secando as lágrimas, lançando lhe um olhar cheio de expectativas. Romão vai até a cômoda, abre a primeira gaveta e tira um embrulho quadrado, porém, fino de lá. — O que é isso?— Abre pra ver. — Não meço distância para rasgar o embrulho de papel e um quadro branco com uma mensagem surge diante dos meus olhos.Você é a joia preciosa do papai e da mamãe.Sorrio amplamente.— Tem um prego ali naquela parede. Você pode ir colocá-lo lá? — Romão pede apontando para o outro lado do quarto e ansiosa, vou pôr o objeto no lugar, deslizando as pontas dos meus dedos nele em seguida.— Eu amei cada detalhe dessa sua surpre... — Paro de falar quando me viro para olhá-lo e o encontro de joelhos bem diante de mim. — Romão o que você...— Eu sempre me perguntei quando esse momento chegaria para mim, Babi e ele finalmente chegou. Eu te disse uma vez e não tenho problema algum de repetir cada palavra. Eu não vivo sem você, Barbara e me casar com a mulher da minha vida é o meu ma
Barbara— Espera, esse não é o caminho para a serra. Para onde está me levando, promotor? — ralho quando ele entra em uma avenida larga e movimentada, mais propriamente no lado sul da cidade.— Está com medo de ser sequestrada por mim, minha dama indomável? — Me pego sorrindo.— Na verdade, eu adoraria ser sequestrada por alguém como o Senhor, mas...— Alguém como eu? — Ele para no sinal vermelho e aproveita para me olhar nos olhos.— Você é a minha perdição, Romão Nunes. Então sim, eu gostaria de me perder com você em qualquer parte desse mundo.— Vem cá! — Sua mão se apressa em segurar na minha nuca e logo sou atraída para um beijo demorado, parando apenas quando algumas buzinas começam a reclamar atrás de nós e rindo desse alvoroço lá fora, Romão pisa no acelerador. — Está vendo o que você faz comigo?— Não vai me dizer para onde está me levando?— Olha só, nós ainda vamos para o nosso fim de semana na serra, mas antes, eu tenho uma surpresa para você.— Ah não! — resmungo. — Romão
BarbaraAlgumas semanas depois... — Amor, está pronto! — Romão grita lá da cozinha, porém, sorrio me olhando no espelho. Temos uma viagem longa em algumas horas e com certeza ele espera que eu saia desse quarto arrumada e pronta para sair, mas não. Na verdade, estou realmente de banho tomado e propositalmente deixei os meus cabelos úmidos, e soltos. Pus uma calcinha minúscula e vesti apenas uma camisa sua, e arregacei as mangas compridas que insistiam em cobrir as minhas mãos.Eu sei, estou brincando com fogo, mas fazer o que? Eu quero mesmo é me queimar.— Babi? — Ele volta a chamar e o meu sorriso travesso se amplia assim que abro a porta do quarto para ir ao seu encontro. Como era de se esperar, o meu promotor cobiça faminto o meu corpo começando dos meus pés descalços, parando demoradamente em algumas curvas e para bem nos meus olhos. — O que está tentando fazer, advogada? — O seu tom falsamente duro me faz dar de ombros seguido de um gesto desdenhoso.— Eu não estou fazendo nada
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