Cloe encarou Joseph. Ele sabia.
— O que você quer saber?
— Por que você usou Patrício para entregar uma carta maldosa que a fizesse fugir, sabendo que ela estava emocionalmente frágil?
Cloe soltou uma risada seca e desesperada, mas logo controlou-se.
— Você está perto da verdade, Joseph. Perto demais.
— Os olhos azuis — Joseph sussurrou, a voz tensa, ignorando a arrogância dela. — Ela é idêntica à irmã de Anita. A falecida. Por muito tempo eu achei que estava louco. Você sequestrou a filha dos Moreau, a herdeira que desapareceu anos atrás, para se casar com o Duque Stor, não é?
Cloe respirou fundo, a expressão dividida entre o choque de ser desvendada e a satisfação de expor seu triunfo.
— Sim, eu a roubei! O Duque Stor só casaria comigo se eu garantisse uma linhagem. Eu não podia conceber na época, e Cora, a órfã temporária, era perfeita. Era fácil apagar o rastro dos Moreau. Eu me casei, ganhei um nome, tive Helena. O ladrão que a roubou está na cadeia há anos,