Hayla Baker só queria sobreviver à rotina caótica da empresa da família. Gregori Klaus, CEO de uma das maiores redes de hospitais, só queria uma secretária que não o tirasse do sério. Mas quando os dois colidem — literalmente — o que começa como um embate entre chefe e assistente se transforma em um jogo perigoso de tensão, segredos e desejo. Entre ameaças sombrias, traições internas e uma paixão proibida, confiar pode ser fatal... e resistir, será impossível.
Leer másEla…O som dos helicópteros surgiram como um rugido distante no horizonte, um barulho que cortou o silêncio familiar da ilha e fez meu coração saltar no peito. Era como se a promessa do meu pai finalmente estivesse se materializando. Klaus e eu corremos para a clareira onde havíamos feito nossas fogueiras de SOS. O vento forte das hélices chicoteava nossos cabelos e levantava areia, mas tudo o que eu conseguia sentir era alívio misturado com nervosismo. Uma insegurança que não era natural em minha vida. Quando os helicópteros pousaram, uma equipe desceu rapidamente, todos uniformizados e com posturas profissionais. Antes que eu pudesse sequer entender o que estava acontecendo, o líder do grupo se apresentou: — Setor de segurança da Baker and Baker. Estamos aqui para resgatá-los. As palavras atingiram Klaus como um raio. Ele me olhou com as sobrancelhas erguidas, claramente surpreso, mas não disse nada. Havia me
Ela…Acordei com um som estranho, insistente e cortante, como um bip que parecia não pertencer ao silêncio habitual da ilha. Me mexi devagar, ainda envolta na letargia do sono e na lembrança da noite passada. Klaus estava ao meu lado, seu braço firme ao redor da minha cintura, mas o som nos despertou por completo.Havíamos saído da praia no meio da noite, arrumei nossos sacos de dormir como uma cama e nos deitamos juntinhos para dormir. O som continuava insistente.Klaus foi o primeiro a reagir, sentando-se rapidamente e olhando ao redor, alerta como sempre. — É o iPad — ele disse, a voz grave ainda carregada de sono. Vi Klaus se levantar, o corpo forte e ágil se movendo na direção onde havíamos feito nosso jantar na noite passada. O Iped estava sobre uma pedra grande que servia como banco.Meu coração começou a bater mais rápido. O iPad? Como isso era possível? Sem sinal, sem bateria... tinha sido inútil por s
Ela…A brisa era morna, suave contra minha pele, trazendo o cheiro familiar do mar e o som rítmico das ondas quebrando na praia. A lua cheia parecia maior do que eu já tinha visto antes, iluminando a areia com um brilho prateado. Tudo ao nosso redor era natureza crua, indomada, selvagem, mas, ao mesmo tempo, havia uma intimidade na forma como Klaus me olhava que parecia colocar o mundo inteiro em pausa. Depois do beijo que nos conectou de uma forma que eu nunca pensei ser possível, não havia volta. Algo dentro de mim tinha se quebrado e se reconstruído ao mesmo tempo. Eu queria lutar contra isso, contra ele, mas era impossível negar o que estava acontecendo. Klaus ainda segurava minha mão, seus dedos entrelaçados nos meus como se não quisesse me soltar. Quando nossos olhos se encontraram novamente, foi como um chamado, um convite silencioso que eu não conseguia recusar. — Hayla... — sua voz era baixa, rouca, um sussurro carreg
Ela… A noite já estava perfeita demais para ser verdade. Klaus tinha se superado com o jantar. A cada gesto dele, algo em mim parecia derreter um pouco mais. Era impossível não reparar na atenção que ele havia colocado em cada detalhe: as frutas cortadas com precisão, as velas tremeluzindo ao nosso redor, o cuidado com que ele me serviu. E então, quando achei que a noite terminaria naquele clima tranquilo, ele se levantou, foi até sua caixa de sucatas e voltou com o iPad em mãos.Eu o observei com curiosidade enquanto ele mexia no aparelho. Apesar de tudo, Klaus ainda tinha um jeito de me surpreender. — Você ainda acha que isso funciona? — perguntei, rindo de leve. Ele ergueu os olhos e me lançou aquele olhar meio desafiador que só ele sabia fazer. — Sempre há uma chance — respondeu, ligando o aparelho. E então, algo que eu jamais esperaria aconteceu: música. O som era suave no início, como se as ondas do mar
Ele…Os passos de Hayla desapareciam ao longe, afundando na areia enquanto ela caminhava em direção à outra ponta da praia. Um hábito dela, esse de se afastar para refletir. Um jeito de fugir, talvez, ou de encontrar forças. Não importava o motivo, eu aproveitei a oportunidade. Desde que chegamos a esta ilha, a sobrevivência ditou cada uma de nossas ações. Comida, água, abrigo – era como se fôssemos duas peças em uma máquina, funcionando para manter o básico. Mas, enquanto eu a observava lutar com suas frustrações dia após dia, percebi que ela precisava de algo mais. Algo que a lembrasse de quem ela era, de quem nós éramos antes de tudo isso. Então, decidi agir. A ideia veio como um raio.Com passos rápidos, me dirigi ao acampamento improvisado. Na caixa de suprimentos e destroços que havíamos recuperado do avião, ainda havia algumas velas que achei em uma das bagagens. Não eram muitas, mas suficientes para o que eu tinha em mente. Peguei também o melhor dos nossos rec
Ela… A brisa da manhã carregava consigo um cheiro salgado e úmido, lembrando-me constantemente de onde eu estava. Sentada na beira da praia, meus pés descalços enterrados na areia morna, eu encarava o horizonte. O azul do mar parecia se estender infinitamente, misturando-se ao céu num ponto inalcançável. Aboli a possibilidade de voltar onde Klaus havia encontrado o resto da cabana. Não iria nos colocar em risco de forma desnecessária. Não sabíamos a quem pertencia ou pertenceu o lugar. Achei melhor manter nossa atenção onde estávamos e ficar atentos a qualquer coisa diferente. Um ponto que me lembrava o quanto eu estava longe de tudo que um dia considerei lar era aquela imensidão de água ao nosso redor. Eu havia perdido a noção do tempo. Dias? Semanas? Talvez meses? Cada amanhecer trazia um misto de esperança e frustração. Esperança de que aquele seria o dia em que seríamos resgatados. Frustração ao ver o sol se pôr e perceber que continuávamos presos aqui, nessa ilha que
Último capítulo